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COMENTÁRIOS DA LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA

SEGUNDO TRIMESTRE DE 2021


Auxiliar da Lição 7
Aliança no Sinai

Aliança no Sinai

 Foco do estudo: Êxodo 19:4

Esboço

Depois de ter vivido entre os egípcios, cuja religião ensinava que a salvação era adquirida pelas obras das mãos humanas, Israel perdeu de vista quem Deus é. Eles acreditavam que sua obediência a Deus garantia sua salvação e que a redenção surgia de seu próprio mérito, não de seu relacionamento pessoal com Ele.

Comentário

“Quando uma águia quer ensinar seus pequeninos a voar, [...] cutuca uma das aguiazinhas e, com seu bico, a empurra para fora do ninho. A aguiazinha começa a cair, e a grande águia voa por baixo, abre as asas, pega a pequena nas costas e voa uma milha no ar. Quando você mal consegue ver a águia como um ponto no céu, ela vira de lado e a pequena aguiazinha cai, e vai esvoaçando talvez uns cem metros. Enquanto isso, a águia circula ao redor da aguiazinha e, embaixo dela, a toma em suas asas e a carrega no ar novamente. Depois de lançar a aguiazinha para fora novamente e deixá-la ir, a aguiazinha desce cada vez mais – às vezes a trinta metros do solo. Novamente a grande águia pega a pequena nas costas e sobem mais uma milha. Aos poucos, a aguiazinha aprenderá a voar. A águia sabe quando a aguiazinha está cansada; ela põe a pequena águia no ninho, empurra a próxima e começa de novo” (Paul Lee Tan, Encyclopedia of 15.000 Illustrations [Enciclopédia de 15.000 Ilustrações]. Dallas, TX: Bible Communications, 1998, p. 3.050, 3.051).

Nas asas de águia

Com Suas afiadas garras da graça, a Águia da Montanha da eternidade tirou a aguiazinha hebraica do ninho da opressão egípcia. No Mar Vermelho, a aguiazinha desabou em pânico ao ouvir o som do solo tremendo com as rodas das carruagens ao perceber a aproximação dos perseguidores. Enquanto a fé da aguiazinha palpitava, ela avistou dois muros abertos nas águas do Mar Vermelho, que se erguiam em gloriosa atenção, saudando a onipotência da majestosa Águia. Entre os muros de água reluzente, uma estrada seca havia sido criada de forma sobrenatural, apontando à trêmula aguiazinha uma passagem segura.

O padrão de salvação

Assim como a expressão hebraica go’el em Êxodo 6:6 revelou Cristo como o Parente-Redentor de Israel, há quatro termos gregos do Novo Testamento que expandem o conceito de Cristo como nosso Parente-Redentor: “Existem quatro palavras diferentes usadas para denotar ‘redenção’ no Novo Testamento grego: agoridzo, exagoridzo, lutroo e apolutrosis. [...] 

“A primeira palavra para ‘redenção’ [agoridzo] nos diz que Jesus Cristo veio à Terra observar o estágio da nossa decadência e para inspecionar pessoalmente nossa escravidão a Satanás.

“A segunda palavra para ‘redenção’ (exagoridzo) declara que Jesus não veio apenas para inspecionar nossa condição, mas para nos remover permanentemente do poder de Satanás.

“A terceira palavra para ‘redenção’ (lutroo) nos diz que Jesus estava tão dedicado a nos libertar do domínio de Satanás que estava disposto a pagar o preço do resgate com Seu próprio sangue. [...]

“A quarta palavra para ‘redenção’ (apolutrosis) nos diz que, além de nos libertar permanentemente do domínio de Satanás, Jesus nos restaurou à posição de ‘filhos de Deus’. Agora estamos totalmente restaurados e feitos co-herdeiros com o próprio Jesus Cristo” (Rm 8:17; Rick Renner, Dressed to KillA Biblical Approach to Spiritual Warfare and Armor [Vestido para Matar: Uma Abordagem Bíblica para a Guerra Espiritual e a Armadura]. Tulsa, OK: Teach All Nations, 2007, p. 81, 98, 99; estude 1Co 6:20; Gl 3:13; 4:4, 5; Ef 1:7; Tt 2:14; 1Pe 1:18, 19; Ap 5:9; 7:23).

A aliança do Sinai

Na aliança do Sinai (Êx 19:5, 6), havia três elementos centrais, ou pontos, que Yahweh revelou quando Se dirigiu ao antigo Israel em relação à Sua vontade ordenada para eles. O primeiro elemento dessa aliança foi o desejo expresso de Deus de fazer da nação hebraica um tesouro pessoal. “Em contraste com outros tipos de bens, a saber, aqueles que não podiam ser movidos, como imóveis, Israel tornou-se, pelo amor e afeição de Deus, Seu tesouro móvel” (Gerhard M. Hasel e Michael G. Hasel, The Promise: God’s Everlasting Covenant [A Aliança Eterna de Deus], p. 65).

O segundo ponto dessa aliança era que Yahweh planejava fazer de Israel um reino de sacerdotes. Em outras palavras: “Cada israelita, de uma forma ou de outra, deveria ser um agente sacerdotal de Deus para trazer bênçãos às nações do mundo inteiro e ministrar às suas necessidades” (The Promise: God’s Everlasting Covenant [A Aliança Eterna de Deus], p. 66). O terceiro ponto nessa aliança focalizou o desígnio de Yahweh de que Israel se tornasse uma nação santificada. Em essência, o Israel da aliança da graça se tornaria uma entidade sagrada. Já sabendo que o antigo Israel logo quebraria a aliança (Êx 19:7, 8), Yahweh iniciou a aliança do Sinai. Por quê? (estude Êx 32).

Deus e Israel

“Agora, se Me obedecerem e cumprirem a Minha aliança, vocês serão o Meu povo. O mundo inteiro é Meu, mas vocês serão o Meu povo, escolhido por Mim. Vocês são um povo separado somente para Mim e Me servirão como sacerdotes. É isso o que você dirá aos israelitas” (The Interlinear Hebrew-English Old Testament, v. 1, p. 192; ver Êx 19:5, 6).

“O evangelho é a lei revelada, nada mais nem menos. [...] A lei aponta para Cristo, e Cristo aponta para a lei. O evangelho chama os seres humanos ao arrependimento. Arrependimento de quê? Do pecado. E o que é pecado? É a transgressão da lei. Portanto, o evangelho chama os seres humanos [...] de volta à obediência à lei de Deus” (Ellen G. White, “A lei e o evangelho”, The Signs of the Times, 25 de fevereiro de 1897).

Promessas, promessas...

“Se a fé e as obras adquirissem o dom da salvação para alguém, o Criador estaria em obrigação para com a criatura. Eis aqui uma oportunidade para a falsidade ser aceita como verdade” (Ellen G. White, Fé e Obras, p. 20).

Esta é outra forma de expressar essa verdade: não é fé e obras; não é fé ou obras. É uma fé que atua. Revelamos nossa fé por nossas obras; as obras fortalecem a fé.

APLICAÇÃO PARA A VIDA

Para reflexão: Durante a última semana de 1999, salon.com publicou uma história intitulada “A Galeria da Vergonha”. Ela falava das dez figuras esportivas mais desonrosas daquele ano. A lista incluía tudo, desde alguém que foi preso por assassinato até outra pessoa que foi pega com drogas. Eram homens que haviam firmado contrato com seus times e torcedores. Eles começaram suas carreiras com a melhor das intenções: jogar bem, viver com honra e se mostrar dignos das assinaturas em seus contratos. Mas acabaram desonrando seu compromisso.

Antes de firmar contrato com alguém, é importante conhecer o caráter dessa pessoa. O que há no caráter de Deus que nos faz sentir confortáveis em entrar no relacionamento de aliança com Ele? Você acha que Ele primeiro examina nosso caráter antes de entrar em um relacionamento conosco? Explique.

1. Na maioria das parcerias, os benefícios para ambas as partes são equivalentes. No entanto, quando Deus faz parceria com um ser humano pecador, o relacionamento começa terrivelmente desequilibrado, visto que Deus traz muito mais para a parceria do que jamais poderíamos oferecer. Como é possível estar sujeito a Ele e ainda ter o privilégio de ter uma sociedade com Ele? Explique.

2. Antes de assinar um contrato, você deve ler todas as exigências e as letras miúdas. Mas quando Deus faz uma aliança, Ele é muito claro. Não há letras pequenas ou leitura nas entrelinhas. Suas palavras são uma série de definitivos: “Eu os livrarei [...] Eu os libertarei da escravidão e os resgatarei [...] Eu os farei Meu povo e serei o Deus de vocês” (Êx 6:6, 7, NVI). Em resposta, o que você trará para a parceria? Se você estivesse no lugar de Deus, quão confortável se sentiria entrando em uma parceria com alguém como você?

3. Os contratos são personalizados para se adequarem às partes interessadas, ao tipo de negócios envolvidos, etc. De que maneira Deus personalizou Sua aliança com você? Como você mostra apreço pelas “concessões” que Ele fez no caso de você quebrar Seu contrato? De que forma o papel de Deus como seu amigo afeta o papel Dele como seu parceiro? Existe um conflito entre as duas funções? Explique. Deus reconhece nossa fragilidade (Sl 103:13, 14). Isso significa que Deus desculpa os pecados? Sabemos que Deus perdoa pecados. Qual é a diferença?

4. A ideia de Deus descer ao nosso nível humano é mais clara no Novo Testamento, e as pessoas muitas vezes assumem que Deus era distante e inacessível no Antigo Testamento. Por que essa concepção é imprecisa?

5. Muitas das instruções dadas a Israel após o Êxodo podem parecer irrelevantes e antiquadas hoje, e é claro que pelo menos algumas delas não se aplicam diretamente a nós. Como você acha que os regulamentos e rituais dados após o Êxodo funcionaram para ensinar as lições que Deus queria que o povo aprendesse? Como sabemos o que ainda pode se aplicar a nós hoje?

6. Muitos comentaristas da Bíblia consideram a promessa coletiva de Israel de obedecer a Deus (Êx 19:8) como arrogante e equivocada. Por quê? Você consegue pensar em outras respostas que poderiam ter sido mais apropriadas? O que distingue a verdadeira obediência da obediência falsa ou equivocada?