vila rica

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA

SEGUNDO TRIMESTRE DE 2021


ição 05 – Filhos da promessa
Por Gerson Benedito Prado
Sábado, 24 de abril
Introdução
Na história do mundo, como já vimos, o SENHOR dá à humanidade, comprovando Seu compromisso de amor e desejo de que todos cheguem à salvação (1Ts 5:9), declarações e demonstração de apego e interesse pessoal.
Neste sentido temos afirmações de integridade e fidelidade do SENHOR às Suas promessas, tanto quanto providências e ações que não realizaríamos não fosse a intervenção da força, proteção e agentes celestiais, determinados por Deus.
Do mesmo modo, Jesus Cristo, que cumpriu a missão de mostrar à humanidade o real e permanente caráter do Pai, prometeu “E eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos” (Mt 28:20). Promessa que não assegura que todos os projetos, planejamentos e ações humanos se concretizarão, e sim que, depositando total confiança e fé na direção que o SENHOR deseja dar a nossas vidas e passos, sempre teremos a garantia da vitória.
É nesta direção as reflexões que faremos sobre o tema dos “filhos da promessa” para que encontremos as respostas às questões (1) que significa que o SENHOR é o escudo de Abrão – e nosso? (2) De que forma Abrão, depois Abraão, seria uma benção “para todas as famílias” da Terra, lembrando que essa promessa atinge todo o tempo de vida humana na Terra? (3) Qual a relação entre a promessa de ser benção a todas as famílias e a promessa de ser uma “grande e poderosa nação”? (4) E o que significa a promessa de que o SENHOR engrandeceria o nome de Abrão?
Que como prometido pelo Senhor Jesus, o Espírito Santo nos faça encontrar as respostas e aplicações para nossas vidas, individual e coletivamente, como povo do SENHOR.
Pense: “Jesus, precioso Salvador! Certeza, solicitude, segurança e paz se acham Nele. Ele dissipa todas as nossas dúvidas, o penhor de todas as nossas esperanças. […] Jesus é a plenitude de nossas expectativas” (EGW, RC [MM 1986, 07/01), p. 13).

Desafio: Fazer de Jesus o companheiro diário e vitalício, a água e a sombra, a proteção e escudo da vida.

 

Domingo, 25 de abril
O seu escudo
Promessas divinas têm aplicação imediata e se estendem a toda a humanidade no tempo.
A expressão “não tenha medo” (Gn 15:1, NAA) aparece 59 vezes. Dita pelo SENHOR a Abrão, também por anjos e mensageiros ou entre pessoas. Falando a Abrão, o SENHOR juntou à certeza, à coragem, à promessa de proteção “EU SOU o seu escudo”, isto é, Sua presença, Seu amor e compaixão, assegurando a vitória.
Abrão saíra de Ur para uma terra desconhecida. Seu sobrinho Ló foi aprisionado. Guerreou com os capturadores de Ló, vencendo–os. Encontrou–se com Melquisedeque, rei e sacerdote de Salém, a quem entregou seu dízimo, sendo abençoado. Contudo, não tinha descendente, e morrendo, seus bens ficariam para um servo que nascera em sua casa.
Nesse contexto tem a visão em que o SENHOR o encoraja a confiar. Ter fé integral, assegurando “EU SOU o seu escudo”, e que lhe conferiria “excedente recompensa” (Escritura Kadosh), a qual é: a presença de Deus, Sua provisão e aprovação.
Deus como escudo também foi prometido por Moisés a Israel (Dt 33:29), por Davi ao fugir da perseguição de Saul (Sl 18:30) e porque Deus sempre o protegera (Sl 144:2) e no salmo dos filhos de Corá (Sl 84:11).
Deus não nos protege das vicissitudes do viver, mas, garante a vitória nas circunstâncias humanamente impossíveis. Abrão, com noventa e nove anos e a infertilidade da esposa, creu que não mais geraria filhos. A visão e promessa foram feitas a Abrão, mas está disponível a todos que confiem no SENHOR e saibam que as promessas são para todos que creiam. Não significa isenção de sofrimentos físicos, emocionais ou morais, mas, Jesus carregou todos que pudessem nos prejudicar no caminho ao reino eterno.
Pense: “Quando Seu povo estiver no maior perigo, aparentemente incapaz de resistir ao poder de Satanás, Deus operará em seu favor. As limitações do homem são a oportunidade de Deus” (EGW, ME, v. 2, p. 373).
Desafio: Aceitar, crer e se entregar à proteção do escudo que é Deus, a cada instante da vida.

 

Segunda-feira, 26 de abril
A promessa do Messias: parte 1
A promessa a Abrão, ao sair de sua terra e ir a uma terra desconhecida, foi “em ti serão benditas todas as famílias* da terra” (Gn 12:3; 28:14). Ao repetir a promessa, o SENHOR ampliou para as nações “todas as nações* da terra” (Gn 18:18; 22:18; 26:4). [*povos na NVI].
A promessa alicerça a esperança de uma nação poderosa e dominante, Israel, cuja missão era ser bênção, revelando o caráter do verdadeiro Deus e Seu plano de salvação, a cumprir–se no Descendente de Abraão, Jesus (Mt 1:21), que na cruz resgatou a dívida que contra nós é cobrada (Cl 2:14), nos tornando herdeiros e descendência de Abraão (Gl 3:29).
Eva ouviu a promessa de que sua “descendência” salvaria a humanidade da servidão do pecado, também Abrão, suplementando a promessa a Noé de que o arco de Deus no céu O lembraria para não mais destruir a criação por águas, porque no “descendente” de Eva a salvação é cumprida e Ele veio ao mundo através de Abraão. Jesus é o Messias, Ungido, Renovo, Raiz de Jessé, que resgata nossa vida para vivermos com Ele a eternidade. Sem Jesus, nem arco-íris ou não dilúvio teriam significado, pois é Ele quem assegura a vida eterna, ao ressuscitar e garantir nossa ressurreição, e desejar tomar conosco a ceia no Céu (Mc 14:25).
Jesus é a união entre a descendência de Abraão e os herdeiros pela fé, cumprindo Ele a promessa de ser benção a todos os povos, nações e famílias, em Abraão (Gl 3:8–9) e isso se realiza ao a pessoa confirmar publicamente que aceita Cristo como seu único Salvador, pelo batismo (Gl 3:27–29).
Pense: “Cristo se tornou uma mesma carne conosco, a fim de que possamos nos tornar um só espírito com Ele. É por essa união que ressurgiremos do sepulcro – não somente como manifestação do poder de Cristo, mas porque, mediante a fé, Sua vida se tornou nossa” (EGW, DTN, p. 388).
Desafio: Receber a Cristo em tua vida, que é a benção que o SENHOR tem para todas as famílias.

 

Terça-feira, 27 de abril
A promessa do Messias: parte 2
A promessa a Abraão não termina com a vinda do Messias, pois Ele mesmo anunciou uma continuidade a realizar–se posterior à Sua ressurreição: o Seu retorno para cumprir totalmente a promessa, quando a humanidade desfrutará a real felicidade, estando junto à fonte de vida, amor e graça, o SENHOR.
Buscamos a felicidade neste mundo contaminado pelo pecado e atacado por Satanás, que deseja destruir na humanidade a imagem de Deus. Líderes humanos têm proclamado métodos para a humanidade encontrar e permanecer em estado de felicidade, mas a real felicidade está em viver com, por e em Cristo.
Esse estado permanente de felicidade somente ocorrerá quando Jesus cumprir a promessa feita a Seus seguidores (Jo 14:3). Promessa que é crida em toda a história da igreja e chamada de “a grande esperança” como assegurou Paulo aos Tessalonicenses (1Ts 4:16–18) e garantiu Jesus na carta à igreja de Filadélfia (Ap 3:12).
Reflexão: Algumas das promessas de Deus comparadas à situação atual do mundo, vê–se que a felicidade está em crer no que o SENHOR garante que nos proporcionará: (1) a certeza de que Ele mesmo exterminará a morte e enxugará toda lágrima (Is 25:8); (2) preparou coisas inimagináveis, porque ama incompreensivelmente Sua criação (1Co 2:9); e (3) dará como habitação à humanidade uma cidade–paraíso, com o rio da água da vida e a árvore da vida, onde não haverá maldade, dor ou sofrimento, porque o trono de Deus e do Cordeiro estarão ali e cada um terá um novo nome, símbolo da nova vida com Deus (Ap 22:2–5).
Pense: “Embora a vergonha e degeneração pelo pecado sejam grandes, ainda maior será a honra e exaltação pelo amor redentor. Aos seres humanos que lutam por conformidade com a imagem divina, será concedido um suprimento do tesouro celeste, uma excelência de poder que os colocarão acima dos próprios anjos que jamais caíram” (EGW, PJ, p. 163).
Desafio: Desenvolver em sua mente um “rascunho” do quadro que as promessas de Deus pintam.

 

Quarta-feira, 28 de abril
Uma grande e poderosa nação
A promessa e benção a Abraão tinha como propósito não apenas o homem Abrão e sua descendência, mas abrangia o objetivo de ser refletida e derramada sobre toda a humanidade “por meio dele serão benditas todas as nações da terra”, e apontava para a formação de uma nação especial, grande, poderosa, sacerdotal (Gn 18:18). Ao incumbir Abrão de ser uma benção o SENHOR determinou que ele fosse influente e para tanto engrandeceria seu nome (Gn 12:2).
A mesma benção foi repetida a Isaque e a Jacó, de que se tornariam “grande e poderosa nação”, mas só a Jacó foi revelado que essa promessa somente seria cumprida no Egito, após mais de quatro séculos de permanência ali e muitos desses anos sob servidão (Gn 46:3).
Ao povo israelita, através de Moisés, no Sinai, o SENHOR declara que a descendência de Abraão se tornara nação e, se guardassem a aliança de Deus, seriam para Deus “possessão peculiar […] reino sacerdotal e nação santa” (Êx 19:5–6); mas o propósito de Deus era que fossem luz atrativa às nações, povos e reis, chamando–os para a glória do SENHOR (Is 60:1–3). Como atenderiam a essa missão? Guardando e observando os mandamentos de Deus, que fazem de cada pessoa um destaque em sabedoria e entendimento e exemplo de vida (Dt 4:6–8), atraindo pessoas, famílias, etnias e reinos para a adoração ao verdadeiro Deus, transformando o santuário do SENHOR em casa de oração para todos os povos (Is 56:7).
Reflexão: A mesma afirmação sobre a nação israelita também foi aplicada à igreja de Deus. (Veja 1 Pedro 2:9).
Pense: “Alguns dos professos atalaias de Cristo convidam o inimigo a penetrar nas fortificações e misturar–se com eles, e em seus esforços para satisfazer–se, acabam com a distinção entre os filhos de Deus e os de Satanás” (EGW, TI, v. 5, p. 14).
Desafio: Ser nação santa, povo peculiar de Deus e refletir Sua luz e graça sobre todos que nos são próximos.

 

Quinta-feira, 29 de abril
Engrandecerei o seu nome
Para Deus o engrandecer o nome é, como Ele e Seus reveladores e poderosos nomes, manifestar um caráter puro, santo, justo, de amor a Deus, a si mesmo e ao próximo, além de desenvolver fé inabalável na Palavra de Deus e ser obediente a tudo que Deus pede e ordena, com humildade e submissão ao comando e controle de Deus.
E é neste sentido que Deus se compromete a engrandecer o nome de Abrão, tornando–o uma benção, uma referência de obediência e fé, um exemplo de generosidade e amor ao próximo (Gn 12:2). Paulo confirma que Abraão não fez nenhuma obra que o justificasse perante Deus, mas obedeceu, porque creu “e isso lhe foi imputado como justiça” (Rm 4:1–5). Temos que considerar que a fé se demonstra pelas obras e são essas que atraem as pessoas para Deus, pois é através delas que mostramos no que cremos. As obras não nos justificam, e sim a graça, que aceitamos pela fé (Tg 2:21–24).
A fé não está em grandes obras ou monumentos que pareçam atingir o céu, mas na obediência, na calma espera e fidelidade ao que Deus pede. Deus não está num escritório de contabilidade calculando quanto ou que obras você fez ou faz, mas em Seu trono de amor, compaixão e graça, querendo que todos se salvem.
Há uma batalha entre Cristo e Satanás pela salvação da humanidade, mas a decisão é de cada um, pelo seu livre–arbítrio (1Co 4:9) para dizer quem vence, ou seja, de que lado da batalha você ficará.
Pense: “Seu caráter [de Abraão] era marcado pela integridade, generosidade e hospitalidade. Ele impunha respeito como um poderoso príncipe entre o povo. Sua reverência e seu amor a Deus, e sua estrita obediência no cumprimento de Sua vontade atraia para si o respeito de seus servos e vizinhos” (EGW, HR, p. 75).
Desafio: Pelo nosso livre–arbítrio praticar ações que revelem nossa obediência e fidelidade a Deus.

 

Sexta-feira, 30 de abril
Pontos para reflexão
Como Eva que viu em Caim o cumprimento da promessa de um Salvador, Abraão, por não ter filhos quando o SENHOR lhe fez a promessa de uma descendência, imaginou primeiro que o herdeiro seria o servo Eliézer que nascera em sua casa e, depois, persuadido por sua mulher, Sarai, gera um filho em uma concubina, Ismael, achando que ele seria o herdeiro.
Abraão buscou a obediência e a submissão ao SENHOR e acreditou na promessa, mesmo que impossível para o raciocínio humano, ele com 99 anos e sua mulher com noventa, tiveram o filho da promessa. Porém, não seria esse o descendente que cumpriria todos os propósitos de Deus, mas sim o Ungido, o Messias.
Abraão recebeu a promessa de ser uma e poderosa nação, que ele não viu acontecer, mas acreditou na Palavra do SENHOR e isso lhe foi imputado por justiça, e somente quatrocentos anos depois sua descendência se tornaria uma nação.
Sua descendência arrolaria reis e grandes nomes, mas nenhum maior que o nome do Senhor Jesus. E continuaremos a estudar sobre “a descendência de Abraão”, refletindo sobre os tópicos “escolhidos entre todos os povos”, “o acordo sobre a terra”, “Israel e a aliança”, “O remanescente” e “o Israel espiritual”. Que o Ajudador prometido pelo Senhor Jesus seja nosso mentor no estudo da Palavra de Deus.
Pense: “A prova à qual Abraão foi submetido não foi pequena […] Contudo, ele não hesitou em obedecer ao chamado. Não teve perguntas a faze com respeito à terra da promessa […] O lugar mais feliz da Terra para ele seria aquele em que Deus quisesse que ele estivesse” (EGW, PP, p. 126).
Desafio: Estar entre os descendentes de Abraão, pela fé, e ser tão obediente e submisso quanto ele foi.