vila rica

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA

SEGUNDO TRIMESTRE DE 2021


Auxiliar da Lição 5
Filhos da promessa

Foco de estudo: Mateus 28:20

Esboço

As alianças de Deus são eternas. Embora Noé, Abraão, Moisés e outros tenham mor-rido, as promessas divinas ainda continuam sendo cumpridas. Sua promessa de salvação ainda se estende a nós se decidirmos abrir nosso coração a Ele.

Comentário

Quando Yahweh anunciou que Ele era o escudo de Abrão (Gn 15:1), isso significava que Ele seria seu protetor. O termo escudo apontava para a garantia de proteção de Yahweh a Abrão. Apesar de imaginar que Eliézer se tornaria o filho de sua herança, um filho especial nasceria do ventre de Sarai e produziria uma linhagem abraâmica, que seria incontável como as estrelas.

Seu escudo

“Depois destes acontecimentos, a palavra do SENHOR veio a Abrão numa visão, dizendo: ‘Não tenha medo, Abrão; Eu sou o seu escudo, e lhe darei uma grande recompensa’” (Jay Green, ed., The Interlinear Hebrew/Greek English Bible, v. 1, p. 32; ver Gn 15:1).

“O ‘escudo’ ou a proteção mencionada aqui não se refere à proteção física na guerra ou proteção física contra infortúnios. Em vez disso, refere-se à proteção contra a possibilidade de que a promessa da aliança não se cumprisse por meio de Abraão e de sua futura semente. [...] Se somos a semente de Abraão (e todos os que têm a fé de Abraão são semente dele), então também temos a certeza de que Deus será nosso escudo” (Gerhard M. Hasel e Michael G. Hasel, The Promise: God’s Everlasting Covenant, p. 44).

A promessa do Messias: parte 1

Depois que lhe foi negada a entrada na Terra Prometida, Moisés ficou em pé no suntuoso cume do fim de sua odisseia e recebeu uma visão do Messias vindouro: “Recebeu permissão para olhar através do tempo e ver o primeiro advento de nosso Salvador. [...] Contemplou a humilde vida de Cristo em Nazaré, Seu ministério de amor e compaixão, Seus milagres e Sua rejeição por uma nação orgulhosa e incrédula. [...] Viu Jesus sobre o Monte das Oliveiras, chorando ao despedir-Se da cidade que Ele amava. [...]

“Moisés viu que, apesar disso, Deus não tinha rejeitado a descendência de Abraão. Os gloriosos projetos que Ele havia Se comprometido a realizar por meio de Israel seriam cumpridos. Todos aqueles que, por intermédio de Cristo, se tornassem filhos da fé seriam contados como semente de Abraão” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 475, 476).

A promessa do Messias: parte 2

Em Gênesis 3:15, o Cristo pré-encarnado predisse o advento messiânico, que prove-ria expiação para a raça humana; para provar aos reinos sem pecado que não havia desculpa para o fracasso de Adão e para validar a combinação imortal da lei e do evangelho por meio do Calvário.

A queda de Adão produziu na humanidade um novo paradigma do mal. A posteridade de Adão adoeceu com uma tendência mental natural para se rebelar contra a soberania divina. Logo, visto que o pecado não pode ser mera transgressão, deve ser descrito como uma condição espiritual psicótica que se enfurece contra a soberania divina. Em Mateus 1:21, foi feita a promessa de um Cristo vindouro que nos curaria da doença da esquizofrenia espiritual. Nascida fora de Cristo, a raça humana desenvolve uma condição de psicopatologia espiritual. Cristo veio para que pudéssemos ser curados por meio de uma “transfusão de sangue” com base em Sua morte no Calvário.

Assim, Cristo Se tornou o Monogenes, ou “Filho unigênito” (Jo 3:16), no sentido de que entrou no cosmos como o Único de Sua espécie, sem qualquer comparação. Em Nazaré, o segundo Adão começou Seu humilde ministério em um mundo caído e corrupto, em contraste com a perfeição do Paraíso, onde o Adão original falhou. Esse Deus-Homem, que foi tentado em todas as coisas, teve êxito contra as ciladas do pecado (ver Gn 3:15; 1Co 10:13; 15:21, 22; Hb 4:15, 16; Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 700).

Engrandecerei o seu nome

Em gritante contraste com os excepcionais, embora presunçosos, construtores de impérios nas planícies de Sinar, Abraão evitou a autodeificação, embora Deus tivesse prometido engrandecer seu nome. “Se Ninrode é o líder político secular arquetípico do mundo pós-diluviano, Abraão é seu líder espiritual. Abraão é [...] o instrumento de Yahweh para o cumprimento de Seu propósito para a humanidade.

“Com Abraão, a história mundial segue um rumo diferente; Deus estabelece um novo padrão. Abraão é o aceno do futuro para os seres humanos e para todas as nações. Yahweh indica aqui Sua indiferença às linhagens. [...] 

“Dá-se início a uma nova linhagem de crentes no único Deus. Abraão, um afroasiático que vivia na área de influência de Ninrode, é escolhido por Yahweh para ser Seu servo para abençoar seus irmãos por meio de sua semente. [...]

“Um homem agora deve agir em nome de Deus e da humanidade. [...] O plano e sua inclusão nele não se baseiam na etnia, mas no relacionamento da aliança” (Charles E. Bradford, Sabbath Roots: The African Connection [As Raízes do Sábado: A Conexão Africana], p. 77-79).

Aplicação para a vida

Para reflexão: Um conto rabínico sobre a travessia do Mar Vermelho diz: assim que o mar começou a afogar os egípcios, os anjos no céu começaram a aplaudir, dançar e celebrar. Então a voz triste de Deus interveio, dizendo: “A obra das Minhas mãos, Minha criação, afundou no mar!” O amor de Deus é tão grande que Ele não tem prazer na destruição, mesmo dos mais ímpios.

1. O amor divino se estende a todos, até mesmo à pessoa que quebra Sua lei e Seu coração. Como esse amor se manifesta na relação de aliança que Ele procura estabelecer com cada indivíduo? Como esse amor continua a se manifestar quando alguém rejeita a oferta divina? Qual é a defesa de Satanás quando Deus demonstra tanto amor?

2. Por terem sido oprimidos por um poder estrangeiro, o povo judeu queria um Messias que os libertasse. Jesus, entretanto, veio a este mundo para morrer numa cruz, não para ocupar um trono. Como Sua missão se ajustou à oferta da aliança de Deus para nós?

3. Deus tinha muitos planos para Israel, mas quase todos eles falharam. Você acha que o Senhor quer nos usar como pretendia usar Israel? Explique. O que devemos fazer individualmente e como igreja para que possamos “ouvir” Sua voz e ser Seus instrumentos?

4. Com a vinda do Messias, o povo esperava sinais e maravilhas, milagres e misticismo. De que forma somos assim hoje? Como é possível perdermos os sinais sutis da segunda vinda de Cristo? Sendo um corpo, como a igreja pode dar passos positivos no senti-do de ser um povo preparado e expectante?

5. Quando você aceita a salvação de Deus, começa a jornada de se tornar mais e mais como Cristo a cada dia. Que ferramenta você usa para medir seu progresso? O que você acha que Deus usa para medir seu progresso? Charles Swindoll descreve a luta pelo cresci-mento espiritual de uma pessoa como três passos para frente, um passo para trás. Se for esse o caso, como prosseguir sem desanimar? Em Gênesis 15:1, Deus diz a Abrão que Ele é sua “grande recompensa”. Em que sentido Deus e nosso relacionamento com Ele não são apenas um meio para um fim, mas o fim em si mesmo?

6. Deus disse a Jacó em Gênesis 28:14 que Sua bênção faria com que o mundo inteiro fosse abençoado. Uma bênção pode realmente ser uma bênção se não for compartilhada de alguma forma? Explique.

7. A aliança original de Deus com Abrão parecia sugerir que Ele tinha em mente os descendentes diretos de Abrão. Mais tarde, porém, ficou claro que Deus tinha em mente diversos grupos e indivíduos unidos pela fé comum. Deus mudou de ideia? Comente.

8. O fato de Deus ter escolhido um nômade desconhecido em um lugar remoto (até mesmo naquela época) sugere que o que Deus valoriza no ser humano é muito diferente do que valorizamos sobre nós mesmos e os outros. O que Deus pode ter visto em Abrão?