[1] - “’El, o Deus de poder e autoridade, e Shaddai, o Deus das riquezas inesgotáveis, riquezas que Ele deseja conceder aos que as buscam com fé e obediência” (Lição da Escola Sabatina, Abr/Mai/Jun 2021, Ed. Adultos–Professor, p. 47).
Segunda-feira, 19 de abril
YAHWEH, o EU SOU, se manifestou a Abrão ao chamá–lo (Gn 12:1); ao chegar à Terra indicada (12:7); ao repetir a promessa da posse das terras que via (13:14); na reafirmação de cuidá–lo e protegê–lo (15:1) e que bençãos anteriores garantiam as bençãos prometidas (v. 7). Abraão entendeu que Deus cumpriria Suas promessas em decisões e ações próprias (v. 18), considerando as impossibilidades humanas. Então o SENHOR lhe revelou outro nome, EL SHADDAI , ou seja, “EU SOU O DEUS TODO–PODEROSO” (Gn 17:1), composição do nome “EL”, a identificação básica para Deus (v. Elohim, El Caná, El Elah, El Olan, etc.) e que significa “forte” ou “poderoso” e “SHADDAI” cuja melhor tradução é “Todo–Poderoso” (v. Is 13:6; Jl 1:15).
Para que Abraão não mais duvidasse da promessa do EU SOU QUEM SOU, que somente se cumpriria pelo poder e força do Deus TODO–PODEROSO. Apesar de seus noventa e nove e dos noventa anos de Sara, o herdeiro e cumprimento da promessa viria de geração deles. A garantia é o EL SHADDAI. O SENHOR deu apenas uma condição a Abraão “anda em minha presença, e sê perfeito” (Gn 17:1), reafirmando que ele seria “pai de muitas nações”, e mudando seu nome de Abrão – “pai exaltado” para Abraão – “pai de muitas nações”. Pois sua descendência criaria nações e muitos se tornariam reis (Gn 17:1–6).
A apresentação como o DEUS TODO–PODEROSO também ocorreu a Jacó, após sua luta com o anjo do SENHOR (Gn 35:11), e ao Jacó abençoar Judá e seus irmãos ao levarem Benjamim para o Egito (Gn 43:14) e, ao ministrar, antes de sua morte, as bençãos proféticas a seus filhos (Gn 49:25).
Pense: “O patriarca [Abraão] ia para onde quer que Deus indicasse ser seu dever; atravessou o deserto sem temor; penetrou em nações idólatras com o único pensamento: ‘Deus falou; estou obedecendo à Sua voz; Ele me guiará e protegerá’” (EGW, TI, v. 4, p. 524).
Desafio: Conhecer o Deus EU SOU, EL SHADDAI e Seus nomes que use para nossa salvação.
Na Bíblia Deus tem nomes com significados espirituais e teológicos. Também o nome das pessoas tinham significância espiritual, moral e ética. Como citado no domingo “Para os hebreus, o nome sempre foi um indicativo das características pessoais ou do pensamento e das emoções de quem dava o nome e, às vezes, das circunstâncias em que era dado”. Natã significa “Dom de Deus”, Joel “Javé é Deus” e Daniel “Deus é Juiz”. E, havendo uma mudança de situação e vida, os nomes também eram mudados.
Abrão foi chamado Abraão; seu neto Jacó, foi chamado Israel que significa “que lutou com Deus” (Gn 32:28). A José Faraó chamou Zafenate–Paneia que significa “Salvador do mundo”, e Daniel e seus companheiros de servidão à corte babilônica, Hananias (o SENHOR responde), Misael (Quem é igual a Deus?) e Azarias (quem Jeová ajuda) tiveram seus nomes mudados pelo chefe dos eunucos para Beltessazar – (o deus Bel protege tua vida); Sadraque – (decreto de AKU, deus da lua); Mesaque – (quem é como AKU, deus da lua?) e Abednego – (Servo de Nebo, deus da elevação).
Deus muda os nomes das pessoas nas narrativas bíblicas, para salvação dessa pessoa e das demais sob sua influência contemporânea ou futura. Sempre foi uma mostra da graça, misericórdia, amor e compaixão de Deus pela humanidade. As ações de Deus nunca foram por uma pessoa única, embora Ele o fizesse, ainda que o resultado fosse apenas aquela pessoa salva, mas a intenção clara, definitiva e registrada em Sua Palavra é “3que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1Tm 2:3–4).
Pense: “Deus está relacionado com os fios da nossa existência. Ele conhece todo o pensamento do coração, cada ato da vida. Portanto, lutemos para viver em harmonia com Ele. Busquemos alcançar um elevado padrão. […] Anjos celestiais nos ajudarão e, mais do que isso, Cristo nos ajudará” (EGW, OA [MM 1983, 02/02], p. 41).
Desafio: Não importa o nome terrestre, deseje e lute pelo nome celestial que Jesus Cristo te dará (Ap 2:17).
Quarta-feira, 21 de abril
A verdade é revelada na Escritura ou pela iluminação em doses terapêuticas. Algumas razões para esta pedagogia Divina: (1) A distância entre o pensamento Divino e o humano; (2) Nossa finita capacidade de compreensão comparada às razões Divinas; (3) o conhecimento da Verdade pode resultar em orgulho e vanglória humanos; (4) O amor e a Salvação são tão infinitos quanto a Divindade. Por isso, a revelação é dosada pelo Espírito Santo, ministrada por um pedagogo (Gl 3:24–25) para nos conduzir a Cristo, nos transmitindo a Palavra e a aliança de Deus.
Ao propor aliança à humanidade e a Abraão, o SENHOR o fez por etapas. Primeiro, revelou graça ao escolhê–lo, sem exigir qualificação, apenas que aceitasse, confiasse totalmente e prestasse completa obediência à Palavra, que receberia o cumprimento da promessa (Gn 12:1–2). Abraão obedeceu sem questionar (Hb 11:8). Segundo, Abraão deveria apresentar um sacrifício de animais como adoração e obediência. A pronta obediência confirmou a promessa (Gn 15:7–18). Terceiro, o SENHOR se apresentou a Abraão como “o Deus Todo-Poderoso”, Forte e Poderoso, e realizo minhas promessas com a Minha força e o Meu poder e para Mim não há impossibilidades. Por isso, você terá novo nome (Gn 17:1–14). O Deus EL SHADDAI é o único que pode nos fazer descendentes e herdeiros da promessa (Gl 3:7, 29).
E na revelação da Verdade, o SENHOR nos deixou a mensagem de advertência e chamado para cumprir a Sua promessa em nós, se ouvirmos e obedecermos a mensagem (Ap 14:6–7).
Pense: “Muitos, planejando um futuro brilhante, sofrem um desastre completo. Deixem que Deus faça os Seus planos para vocês. Como criancinhas, confiem–se à guia Daquele que ‘guarda os pés de Seus santos’ (1Sm 2:9). Deus não conduz jamais Seus filhos de maneira diferente da que eles escolheriam se pudessem ver o fim desde o princípio, e discernir a glória do propósito que estão realizando como Seus colaboradores” (EGW, CBV, p. 479).
Desafio: Deixe Deus dirigir Tua vida e caminhos e confie na revelação da Verdade que recebeu.
Quinta-feira, 22 de abril
Temos afirmado que a aliança é sempre ação de Deus e sob a égide da graça divina. No entanto, embora totalmente graça, como é aliança, requer a existência de aceitação e acordo da outra parte, no caso da eterna aliança de Deus, a humanidade.
E qual a parte desse “acordo”, que por vezes é chamado de pacto, e em outros momentos de aliança? Como dito acima, de Deus é oriunda a graça, parte intrínseca e inalienável da aliança; e do ser humano a obediência e aceitação integral da Palavra de Deus.
Foi assim com Abraão. Primeiro ele ouviu o chamado e a exigência de obedecer e orientar sua casa, isto é, sua família, por consequência, sua descendência, a obedecer. É o conceito de fé – crer que o que você “ouve”, através da Palavra, a Bíblia, é a voz de Deus, o que a aliança pede, e, obras – que são as ações refletoras de nossa fé e do amor de Deus em nós. Em segundo, soube que quando o SENHOR fala com ele e lhe diz “Eu o tenho escolhido” é a graça revelada (Gn 18:19). Que méritos, habilidades ou predicados tinha Abraão que pudesse alegar diante da santidade de Deus? Que conhecimento ou compreensão da administração do Universo e do controle sobre as criaturas tinha que pudesse argumentar com Deus? Nada! Somente pela graça pode ele ser escolhido. Mas, sua fé e obediência o fizeram ser o expansor da graça sobre todas as famílias e, para os que cressem com a mesma fé, herdeiros de sua descendência e bênçãos. Porque a fé se revela nas obras (Tg 2:17). E, se houver fé e obediência, o SENHOR cumprirá tudo “o que a respeito dele tem falado” (Gn 18:19).
Pense: “E se a lei estiver escrita no coração, claramente ela moldará a vida. A obediência – nosso serviço e compromisso de amor – é o verdadeiro sinal do discipulado” (EGW, CC, p. 60)
Desafio: Na obediência e nas boas obras de salvação, revelar a graça e o amor de Deus ao próximo.
O arco–íris é sinal da aliança de Deus com Noé e é perpétuo, a circuncisão, ordenada a Abraão foi sinal da aliança com o SENHOR, sinalizando para: (1) separação do povo oriundo dessa aliança (Ef 2:11); (2) perpetuar a memória de YAHWEH (Gn 17:11); (3) manter a pureza moral do povo escolhido (Dt 19:16); (4) representar a justiça pela fé (Rm 4:11); (5) simbolizar a circuncisão do coração; e, (6) representar, figurativamente, o batismo cristão (Cl 2:11–12).
A circuncisão também seria símbolo da justiça pela fé, mas, com o passar do tempo passou a significar a salvação pelas obras, apesar da “incircuncisão” do coração (Rm 4:11).
Depois de Jesus e conforme Sua Palavra, o que assegura a certeza da salvação é a fé em Cristo (Gl 5:6), a qual torna a pessoa “nova criatura” (Gl 6:15), isto é, a circuncisão em si mesma não acrescentar nenhum valor ao ser humano, mas sim, a fé em Cristo e “a observância dos mandamentos de Deus” (1Co 7:18–19).
Na continuidade do assunto “a promessa: a aliança eterna de Deus” estudaremos o tema “filhos da promessa” alongando nossas reflexões sobre os tópicos “O seu escudo”, “a promessa do Messias: parte 1”, “a promessa do Messias: parte 2”, “uma grande e poderosa nação” e “engrandecerei o seu nome”, procurando compreender: a por que o SENHOR Se referiu a Si mesmo como escudo de Abraão? b) Como “todas as famílias da Terra” seriam abençoadas por meio de Abraão? c) qual é a maior de todas as promessas da aliança?
Pense: “Por que tudo isso aconteceu com Abraão? Porque o interesse próprio havia sido consumido em submissão à vontade divina, de modo que ele estava disposto a oferecer seu ‘filho unigênito’ como cordeiro para o sacrifício. A primeira ‘oferta’ de Abraão tipificou assim que ‘nada é precioso demais para ser dado a Deus’” (Comentários de Ellen G. White, CBASD, v. 1, p. 1204).
Desafio: Decidir obedecer ainda que o caminho seja desconhecido, e entregar tudo a Deus, qual seja o valor.