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COMENTÁRIOS DA LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA

SEGUNDO TRIMESTRE DE 2021


2° trim 2021 - A promessa: a aliança eterna de Deus
Lição 04 – Uma aliança eterna

 

Domingo, 18 de abril

Yahweh e a aliança abraâmica
Na Bíblia o nome de Deus é escrito em cerca de 15 grafias, revelando características da personalidade Divina, como no conhecido tetragrama YHWH, que pode ser grafado e pronunciado como YAHWEH, YAUH e YAUSHA, SENHOR, em maiúsculas. Assim Deus se apresentou a Abrão e a Moisés (Êx 3:14), tendo Ele próprio explicado o significado de Seu nome: “EU SOU O QUE SOU”. Deus É no passado, presente e eternidade.
O Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 1, p. 555 esclarece que “Para os hebreus, o nome sempre foi um indicativo das características pessoais ou do pensamento e das emoções de quem dava o nome e, às vezes, das circunstâncias em que era dado”.
Ainda associamos aos nomes características que julgamos as pessoas tenham, principalmente personalidades. Ouvindo ou lendo nomes de artistas, políticos, etc., levantamos expectativas e preconceitos.
O SENHOR se apresentou a Abrão como “Aquele que é”, “Eterno”, “o Que Existe por Si Mesmo”, isto é, auto–existente, fiel, vivo, fonte da vida, contrastando com os deuses de onde Abrão saiu, obras humanas, de suas habilidades artesanais, ídolos mortos, sem vida, sem voz, ouvidos ou olhos. Deus é “o SENHOR” que vê, ouve, fala, totalmente confiável na Palavra dada na aliança (Gn 15:7).
Abrão podia confiar que a promessa dada seria totalmente cumprida e ele se tornaria grande nação, abençoado, renomado e abençoador de todas as famílias da Terra (Gn 12:1–3). Nós, também, somos convidados a confiar no Nome do SENHOR, porque “não abandonas aqueles que Te buscam” (Sl 9:10), e livrará e protegerá aos que amam, confiam e conhecem Seu Nome (Sl 91:14).
Pense: “Não sabemos o que se acha adiante de nós; e, se soubéssemos, isso não contribuiria para nosso bem eterno. Deus nos dá uma oportunidade de exercer fé e confiança no grande ‘EU SOU’” (Comentários de Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 1, p. 1099).
Desafio: Conhecer o SENHOR, Seus nomes e Suas maneiras de nos abençoar por conhecermos Seus nomes.
Referências:

[1] - “’El, o Deus de poder e autoridade, e Shaddai, o Deus das riquezas inesgotáveis, riquezas que Ele deseja conceder aos que as buscam com fé e obediência” (Lição da Escola Sabatina, Abr/Mai/Jun 2021, Ed. Adultos–Professor, p. 47).

 

Segunda-feira, 19 de abril
‘El Shaddai’
YAHWEH, o EU SOU, se manifestou a Abrão ao chamá–lo (Gn 12:1); ao chegar à Terra indicada (12:7); ao repetir a promessa da posse das terras que via (13:14); na reafirmação de cuidá–lo e protegê–lo (15:1) e que bençãos anteriores garantiam as bençãos prometidas (v. 7). Abraão entendeu que Deus cumpriria Suas promessas em decisões e ações próprias (v. 18), considerando as impossibilidades humanas. Então o SENHOR lhe revelou outro nome, EL SHADDAI , ou seja, “EU SOU O DEUS TODO–PODEROSO” (Gn 17:1), composição do nome “EL”, a identificação básica para Deus (v. Elohim, El Caná, El Elah, El Olan, etc.) e que significa “forte” ou “poderoso” e “SHADDAI” cuja melhor tradução é “Todo–Poderoso” (v. Is 13:6; Jl 1:15).
Para que Abraão não mais duvidasse da promessa do EU SOU QUEM SOU, que somente se cumpriria pelo poder e força do Deus TODO–PODEROSO. Apesar de seus noventa e nove e dos noventa anos de Sara, o herdeiro e cumprimento da promessa viria de geração deles. A garantia é o EL SHADDAI. O SENHOR deu apenas uma condição a Abraão “anda em minha presença, e sê perfeito” (Gn 17:1), reafirmando que ele seria “pai de muitas nações”, e mudando seu nome de Abrão – “pai exaltado” para Abraão – “pai de muitas nações”. Pois sua descendência criaria nações e muitos se tornariam reis (Gn 17:1–6).
A apresentação como o DEUS TODO–PODEROSO também ocorreu a Jacó, após sua luta com o anjo do SENHOR (Gn 35:11), e ao Jacó abençoar Judá e seus irmãos ao levarem Benjamim para o Egito (Gn 43:14) e, ao ministrar, antes de sua morte, as bençãos proféticas a seus filhos (Gn 49:25).
Pense: “O patriarca [Abraão] ia para onde quer que Deus indicasse ser seu dever; atravessou o deserto sem temor; penetrou em nações idólatras com o único pensamento: ‘Deus falou; estou obedecendo à Sua voz; Ele me guiará e protegerá’” (EGW, TI, v. 4, p. 524).
Desafio: Conhecer o Deus EU SOU, EL SHADDAI e Seus nomes que use para nossa salvação.

 

Terça-feira, 20 de abril
De Abrão a Abraão
Na Bíblia Deus tem nomes com significados espirituais e teológicos. Também o nome das pessoas tinham significância espiritual, moral e ética. Como citado no domingo “Para os hebreus, o nome sempre foi um indicativo das características pessoais ou do pensamento e das emoções de quem dava o nome e, às vezes, das circunstâncias em que era dado”. Natã significa “Dom de Deus”, Joel “Javé é Deus” e Daniel “Deus é Juiz”. E, havendo uma mudança de situação e vida, os nomes também eram mudados.
Abrão foi chamado Abraão; seu neto Jacó, foi chamado Israel que significa “que lutou com Deus” (Gn 32:28). A José Faraó chamou Zafenate–Paneia que significa “Salvador do mundo”, e Daniel e seus companheiros de servidão à corte babilônica, Hananias (o SENHOR responde), Misael (Quem é igual a Deus?) e Azarias (quem Jeová ajuda) tiveram seus nomes mudados pelo chefe dos eunucos para Beltessazar – (o deus Bel protege tua vida); Sadraque – (decreto de AKU, deus da lua); Mesaque – (quem é como AKU, deus da lua?) e Abednego – (Servo de Nebo, deus da elevação).
Deus muda os nomes das pessoas nas narrativas bíblicas, para salvação dessa pessoa e das demais sob sua influência contemporânea ou futura. Sempre foi uma mostra da graça, misericórdia, amor e compaixão de Deus pela humanidade. As ações de Deus nunca foram por uma pessoa única, embora Ele o fizesse, ainda que o resultado fosse apenas aquela pessoa salva, mas a intenção clara, definitiva e registrada em Sua Palavra é “3que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1Tm 2:3–4).
Pense: “Deus está relacionado com os fios da nossa existência. Ele conhece todo o pensamento do coração, cada ato da vida. Portanto, lutemos para viver em harmonia com Ele. Busquemos alcançar um elevado padrão. […] Anjos celestiais nos ajudarão e, mais do que isso, Cristo nos ajudará” (EGW, OA [MM 1983, 02/02], p. 41).
Desafio: Não importa o nome terrestre, deseje e lute pelo nome celestial que Jesus Cristo te dará (Ap 2:17).

 

Quarta-feira, 21 de abril
Etapas da aliança
A verdade é revelada na Escritura ou pela iluminação em doses terapêuticas. Algumas razões para esta pedagogia Divina: (1) A distância entre o pensamento Divino e o humano; (2) Nossa finita capacidade de compreensão comparada às razões Divinas; (3) o conhecimento da Verdade pode resultar em orgulho e vanglória humanos; (4) O amor e a Salvação são tão infinitos quanto a Divindade. Por isso, a revelação é dosada pelo Espírito Santo, ministrada por um pedagogo (Gl 3:24–25) para nos conduzir a Cristo, nos transmitindo a Palavra e a aliança de Deus.
Ao propor aliança à humanidade e a Abraão, o SENHOR o fez por etapas. Primeiro, revelou graça ao escolhê–lo, sem exigir qualificação, apenas que aceitasse, confiasse totalmente e prestasse completa obediência à Palavra, que receberia o cumprimento da promessa (Gn 12:1–2). Abraão obedeceu sem questionar (Hb 11:8). Segundo, Abraão deveria apresentar um sacrifício de animais como adoração e obediência. A pronta obediência confirmou a promessa (Gn 15:7–18). Terceiro, o SENHOR se apresentou a Abraão como “o Deus Todo-Poderoso”, Forte e Poderoso, e realizo minhas promessas com a Minha força e o Meu poder e para Mim não há impossibilidades. Por isso, você terá novo nome (Gn 17:1–14). O Deus EL SHADDAI é o único que pode nos fazer descendentes e herdeiros da promessa (Gl 3:7, 29).
E na revelação da Verdade, o SENHOR nos deixou a mensagem de advertência e chamado para cumprir a Sua promessa em nós, se ouvirmos e obedecermos a mensagem (Ap 14:6–7).
Pense: “Muitos, planejando um futuro brilhante, sofrem um desastre completo. Deixem que Deus faça os Seus planos para vocês. Como criancinhas, confiem–se à guia Daquele que ‘guarda os pés de Seus santos’ (1Sm 2:9). Deus não conduz jamais Seus filhos de maneira diferente da que eles escolheriam se pudessem ver o fim desde o princípio, e discernir a glória do propósito que estão realizando como Seus colaboradores” (EGW, CBV, p. 479).
Desafio: Deixe Deus dirigir Tua vida e caminhos e confie na revelação da Verdade que recebeu.

 

Quinta-feira, 22 de abril
Obrigações da aliança
Temos afirmado que a aliança é sempre ação de Deus e sob a égide da graça divina. No entanto, embora totalmente graça, como é aliança, requer a existência de aceitação e acordo da outra parte, no caso da eterna aliança de Deus, a humanidade.
E qual a parte desse “acordo”, que por vezes é chamado de pacto, e em outros momentos de aliança? Como dito acima, de Deus é oriunda a graça, parte intrínseca e inalienável da aliança; e do ser humano a obediência e aceitação integral da Palavra de Deus.
Foi assim com Abraão. Primeiro ele ouviu o chamado e a exigência de obedecer e orientar sua casa, isto é, sua família, por consequência, sua descendência, a obedecer. É o conceito de fé – crer que o que você “ouve”, através da Palavra, a Bíblia, é a voz de Deus, o que a aliança pede, e, obras – que são as ações refletoras de nossa fé e do amor de Deus em nós. Em segundo, soube que quando o SENHOR fala com ele e lhe diz “Eu o tenho escolhido” é a graça revelada (Gn 18:19). Que méritos, habilidades ou predicados tinha Abraão que pudesse alegar diante da santidade de Deus? Que conhecimento ou compreensão da administração do Universo e do controle sobre as criaturas tinha que pudesse argumentar com Deus? Nada! Somente pela graça pode ele ser escolhido. Mas, sua fé e obediência o fizeram ser o expansor da graça sobre todas as famílias e, para os que cressem com a mesma fé, herdeiros de sua descendência e bênçãos. Porque a fé se revela nas obras (Tg 2:17). E, se houver fé e obediência, o SENHOR cumprirá tudo “o que a respeito dele tem falado” (Gn 18:19).
Pense: “E se a lei estiver escrita no coração, claramente ela moldará a vida. A obediência – nosso serviço e compromisso de amor – é o verdadeiro sinal do discipulado” (EGW, CC, p. 60)
Desafio: Na obediência e nas boas obras de salvação, revelar a graça e o amor de Deus ao próximo.

 

Sexta-feira, 23 de abril
Pontos para reflexão
O arco–íris é sinal da aliança de Deus com Noé e é perpétuo, a circuncisão, ordenada a Abraão foi sinal da aliança com o SENHOR, sinalizando para: (1) separação do povo oriundo dessa aliança (Ef 2:11); (2) perpetuar a memória de YAHWEH (Gn 17:11); (3) manter a pureza moral do povo escolhido (Dt 19:16); (4) representar a justiça pela fé (Rm 4:11); (5) simbolizar a circuncisão do coração; e, (6) representar, figurativamente, o batismo cristão (Cl 2:11–12).
A circuncisão também seria símbolo da justiça pela fé, mas, com o passar do tempo passou a significar a salvação pelas obras, apesar da “incircuncisão” do coração (Rm 4:11).
Depois de Jesus e conforme Sua Palavra, o que assegura a certeza da salvação é a fé em Cristo (Gl 5:6), a qual torna a pessoa “nova criatura” (Gl 6:15), isto é, a circuncisão em si mesma não acrescentar nenhum valor ao ser humano, mas sim, a fé em Cristo e “a observância dos mandamentos de Deus” (1Co 7:18–19).
Na continuidade do assunto “a promessa: a aliança eterna de Deus” estudaremos o tema “filhos da promessa” alongando nossas reflexões sobre os tópicos “O seu escudo”, “a promessa do Messias: parte 1”, “a promessa do Messias: parte 2”, “uma grande e poderosa nação” e “engrandecerei o seu nome”, procurando compreender: a por que o SENHOR Se referiu a Si mesmo como escudo de Abraão? b) Como “todas as famílias da Terra” seriam abençoadas por meio de Abraão? c) qual é a maior de todas as promessas da aliança?
Pense: “Por que tudo isso aconteceu com Abraão? Porque o interesse próprio havia sido consumido em submissão à vontade divina, de modo que ele estava disposto a oferecer seu ‘filho unigênito’ como cordeiro para o sacrifício. A primeira ‘oferta’ de Abraão tipificou assim que ‘nada é precioso demais para ser dado a Deus’” (Comentários de Ellen G. White, CBASD, v. 1, p. 1204).
Desafio: Decidir obedecer ainda que o caminho seja desconhecido, e entregar tudo a Deus, qual seja o valor.