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COMENTÁRIOS DA LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA

SEGUNDO TRIMESTRE DE 2021


2° trim 2021 - A promessa: a aliança eterna: de Deus
Lição 01 – O que aconteceu?
Por Gerson Benedito Prado
Sábado, 27 de março
Introdução
Compreender a ALIANÇA entre Deus e a humanidade é necessário saber que ela teve várias “redações”, indo além da nossa finitude, iniciando anteriormente à criação e chegando à eternidade.
Refletiremos sobre a aliança, percorrendo a história humana, seus descaminhos e a inacreditável, imensurável graça de Deus, para salvar e ter a humanidade com Sua imagem e semelhança.
Quando Deus disse: “Façamos o ser humano à Nossa imagem, conforme a Nossa semelhança” (Gn 1:26), estabeleceu Sua aliança, sem adesão humana, mas garantindo toda a liberdade de escolha.
As lições nos permitirão aprender: 1. O que aconteceu; 2. Os princípios fundamentais da aliança; que ela vale 3. Para todas as gerações; sendo, portanto, 4. Uma aliança eterna; foi dada para os 5. Filhos da promessa; que são 6. A descendência de Abraão; reeditada como 7. Aliança do Sinai; onde se confirmou 8. A lei da aliança; e foi dado a conhecer 9. O sinal da aliança; mas, pela inconstância e rebeldia humana tornou–se necessária 10. A nova aliança; a qual tem 11. O santuário da nova aliança; no qual deve ser expressa a 12. Fé na aliança e que haverá 13. A vida na nova aliança.
Nesta semana examinaremos a criação, o que Deus fez, o que aconteceu e o que Deus está fazendo para corrigir as coisas.
Procure refletir sobre as questões: O que a Bíblia ensina sobre as origens? Que tipo de relacionamento Deus queria ter com a humanidade? Qual era o propósito da árvore do conhecimento do bem e do mal? Que esperança foi dada a Adão e Eva depois que eles pecaram?
Pense: “Como Deus, [o homem] possuía a liberdade de escolha – o direito de pensar e agir de acordo com imperativos morais. Assim, ele se achava livre para amar e obedecer ou para desconfiar e desobedecer”

Desafio: Conhecer que para Deus, há uma aliança, a que Ele instituiu para relacionar–se com a humanidade.

 

Domingo, 28 de março
Tartarugas do começo ao fim
Quem anuncia que criou um novo conhecimento ou obra, precisa comprovar autoria e originalidade ou se usou recursos anteriormente disponibilizados, reconhecendo sua dependência ou utilização de outro “criador”. Não é assim com Deus, o SENHOR! Ele não tem elaborados textos para descrever a autenticidade de Sua autoria (Jo 1:3).
Isto é claro na primeira frase do texto bíblico “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gn 1:1), apenas informa quando: “no princípio”, e que aconteceu: "criou Deus os céus e a terra”. Sem argumentos, justificativas, explicações ou comprovações. E em outros textos, confirma que nós, seres humanos, somos feituras Dele, por isso, propriedades inalienáveis Dele (Sl 100:3). E que Sua energia é inesgotável, impenetrável Seu pensamento (Is 40:28). De um único ser fez derivar raças, etnias e nações (At 17:26) e, em variedades de culturas revela “a dispensação do mistério…. oculto em Deus, que tudo criou” (EF 3:9), através do Filho, e não argumenta sobre ser Criador, ou Sua criação, mas, pela inspiração do Espírito Santo diz “Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, e os céus são obras de tuas mãos” (Hb 1:2, 10).
Em ponto algum da Bíblia Deus está provando que é Criador, mas concede todas as razões e evidências para crermos em Sua Palavra e em Sua criação de todas as coisas, “visíveis e as invisíveis... tronos… dominações… principados... potestades; tudo foi criado por ele e para ele” (Cl 1:16).
Precisa muita fé para imaginar que o Universo e a natureza e toda sua economia originou–se ao acaso. É muito mais fácil ter fé em Deus como Criador.
Pense: “Aquele cuja alma está imbuída do Espírito de Deus aprenderá a lição de firme confiança. Tomando a Palavra Escrita como seu conselheiro e guia, ele encontrará na ciência um auxílio para compreender a Deus, mas não ficará exaltado até que, em sua cega presunção, seja insensato em suas ideias de Deus” (EGW, ME, v. 3, p. 310).
Desafio: Escolher e aceitar a afirmação de Deus como Criador e Restaurador da Criação.

 

Segunda-feira, 29 de março
À imagem do Criador
Deus criou a humanidade “à Sua imagem”. Não à imagem física ou de outra forma, mas sim, porque nos deu o raciocínio, e as habilidades de analisar, compreender, refletir essa compreensão e sintetizá–la na comunhão com outros seres humanos (Gn 1:27). Nenhuma outra criatura tem a imagem do Criador por não ter essa faculdade em todas as suas possibilidades. Também somos a imagem de Deus, porque somente na criação da humanidade é que o SENHOR se envolveu pessoalmente (Gn 2:7). Nos demais atos criativos usou a Palavra (Jo 1:1–3).
Ao criar a humanidade o SENHOR considerou o aspecto social criando a família. Centro de emanação de conhecimento, relacionamento, valores e princípios que aproximassem cada vez mais a humanidade da semelhança do Criador. O homem foi formado do pó da terra (Gn 2:7), e a mulher do ser humano já criado, em carne e osso, o homem, tomando de seus ossos (Gn 2:21–23), estabelecendo a norma para o relacionamento familiar (Gn 2:24–25).
Ao homem o SENHOR atribuiu a missão de dominar e zelar sobre toda a criação (Gn 1:26). À mulher a função de “ajudadora idônea” ao homem (Gn 2:18) e, à família a função de crescer e multiplicar–se até “encher a Terra” (Gn 1:28).
Ao pensar e falar de Deus nos expressamos em linguagem humana, finita, inculta, incompleta, mas não permitamos imaginar que sabemos e conhecemos tudo sobre Deus pois Ele é um ser espiritual (Jo 4:24) e não podemos alcançar a infinitude do Divino, Eterno, Santo e Imarcescível que é Deus, cujas características devem refletir–se em nós, Suas criaturas, “à Sua imagem e Semelhança”.
Pense: “Na criação do homem, manifestou–se a atuação de um Deus pessoal… um Deus pessoal, de existência própria, soprou naquela forma o fôlego da vida, e o homem tornou–se um ser vivo, inteligente… Mediante Cristo, a Palavra, um Deus pessoal criou o ser humano, dotando–o de inteligência e poder” (EGW, CBV, p. 415).
Desafio: Em palavras e ações refletir a imagem de Deus para toda a humanidade.

 

Terça-feira, 30 de março
Deus e a humanidade juntos
Se você é do sexo masculino tente imaginar Adão abrindo os olhos e vendo toda a criação, o jardim plantado por Deus, animais fantásticos, riqueza de cores e belezas, e ouve as primeiras palavras do SENHOR. Ou, se você é do sexo feminino tente imaginar Eva na mesma situação, o que ela vê, o que ela ouve. E depois, o casal, ouvindo as instruções Divinas, faladas como ordenanças e promessa (Gn 1:28–29), ou seja, para Deus, toda a criação foi feita para prover alimento, trabalho, companheirismo visando o pleno desenvolvimento de todas as habilidades e capacidades humanas, visando o relacionamento da humanidade com a natureza e com Deus.
Para que atendessem o propósito Divino a humanidade recebeu em Adão e Eva, todos os recursos e meios necessários de cada vez mais refletirem a imagem de Deus e se assemelharem ao Criador, porém, para que não houvesse espaço para a dúvida ou a ideia de fracasso por empobrecimento dos meios e recursos, o SENHOR os abençoou ao proclamar sua ordem “Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a”. Tudo isso visando que o ser humano conseguisse alcançar domínio sobre toda a criação (Gn 1:28).
Tanto a ordem de encher a terra, quanto a de sujeitá-la e dominar as outras criaturas apontavam para a necessidade e oportunidade de manter comunhão com o Criador, sabendo que tudo que necessitassem seria provido por Deus, demonstrando que, mesmo antes que pecassem, já era a graça de Deus que os manteria vivos, saudáveis e íntegros.
Reflexão: O mesmo relacionamento patrocinado a Adão e Eva é como Deus quer se relacionar conosco hoje.
Pense: “Cereais, frutas, nozes e verduras constituem o regime dietético escolhido por nosso Criador. Esses alimentos, preparados da maneira mais simples e natural possível, são os mais saudáveis e nutritivos” (EGW, CBV, p. 296).
Desafio: Viver de tal forma que tenha sempre a presença de Deus em cada instante da tua vida.

 

Quarta-feira, 31 de março
Junto à árvore
Deus instituiu Sua Aliança “sem adesão humana, mas garantindo toda a liberdade de escolha”, (veja Introdução). Desde o primeiro momento de vida o casal edênico agiu sob o princípio do livre–arbítrio. O desafio era confirmar sua obediência ao único ponto de prova em todo o espaço da criação. Criados com total liberdade moral, sua obediência seria por amor. Deus os criou sob amor e sua resposta positiva confirmaria o amor a Deus, prolongando suas vidas até a eternidade.
Quantas frutíferas havia no Jardim do Éden? É impensável que Eva ou Adão tivessem necessidade de aceitar a sugestão da desobediência. Não! Escolheram livre e voluntariamente, desconfiando do amor e bondade de Deus, posto que negando aquele fruto (Gn 2:16–17), estaria também negando o conhecimento que Ele, Deus, tinha.
Não pensaram que Deus os criara com amor pessoal, à Sua imagem e semelhança. Fizera a habitação deles num jardim, rodeado de belezas, riquezas, amor, fragrâncias e sabores. Não necessitavam contemplar aquele fruto, muito menos tomá–lo e comer.
E por que o fizeram? Porque o inimigo, sagazmente, os fizera “caminhar” pelas três dimensões do pecado: a fisiológica, despertando o “apetite” – “árvore era boa para se comer”; a estética, levantando imagens semelhantes ao juízo de beleza – “agradável aos olhos”; e a existencial, despertando o sentimento de grandeza e orgulho – “desejável para dar entendimento”. Eva foi “enganada” pela “conversa” do inimigo, mas Adão escolheu conscientemente sua opção de ser usurpado.
Reflexão: O chamado do SENHOR a Adão “Onde estás” era para que a humanidade soubesse que o SENHOR busca até mesmo nos mais recônditos esconderijos.
Pense: “No meio d0o jardim, perto da árvore da vida, estava a árvore do conhecimento do bem e do mal. Essa árvore havia sido especialmente designada por Deus para ser a garantia de sua obediência, fé e amor a Ele… podiam comer livremente de todas as árvores do jardim, exceto daquela, pois, se dela comessem, certamente morreriam” (EGW, HR, p. 24).
Desafio: Distinguir, nos dias atuais, quais são as nossas árvores do conhecimento do bem e do mal?

 

Quinta-feira, 1º de abril
Rompendo o relacionamento
Satanás serviu–se do inusitado, a novidade, o incompreensível pra surpreender Eva e induzi–la à transgressão. São ainda modernamente o mesmo “modus operandi”:
1. Surpreender – uma serpente que fala;
2. Dialogar sobre ideias novas ainda que com armadilhas;
3. Argumentar incorretamente e gerar confusão e incerteza;
4. Reter a atenção e usar a resposta para insuflar suas mentiras;
5. Sugerir “injustiça” no trato entre Deus e a Sua criação;
6. Acusar Deus de “egoísmo” e não permitir que outros seres cheguem a ser como Ele”
7. Fazer que a pessoa passe pelos três passos da tentação para o pecado – o apetite, a estética e o orgulho;
8. Levar o tentado à desobediência e transgressão;
9. E, levá–lo a influenciar e conquistar outros seres humanos para a rebeldia (Gn 3:1–6).
A transgressão afasta o ser humano da presença de Deus, em descendente e acentuado caminho à rebeldia declarada e total, levando esse ser da presença de Deus a esconder–se Dele. Mas Deus não desiste de seu Plano de Redenção e Restauração da Sua imagem na humanidade, por isso, a busca pessoal e individualmente, perguntando “onde estás” (Gn 3:8–10). E ainda que no mais profundo abismo das trevas satânicas, se ouvir a voz de Deus e responder “escondi–me”, Deus lhe dará a mensagem de esperança “Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3:15).
Reflexão: Como o SENHOR atraiu os pecadores, em vez de condená–los – “Onde estás?” (Gn 3:9).
Pense: “O espírito de justificação própria originou–se com o pai da mentira e foi manifestado por todos os filhos e filhas de Adão. Confissões desse tipo não são inspiradas pelo Divino Espírito e em nada aceitáveis a Deus. O verdadeiro arrependimento levará o homem a assumir a própria culpa e reconhecê–la sem fraude ou hipocrisia” (EGW, TI, v. 5, p. 641).
Desafio: Assim como nós rompemos o relacionamento com Deus, nós devemos confessar e voltar para Ele.

 

Sexta-feira, 02 de abril
Pontos para reflexão
Deus criou um cenário perfeito, natureza perfeita, equilibrada, com água, luz e calor solar suficiente para a vida. Preparou um lindo jardim para habitação da humanidade e ao criá–la lhe abençoou para frutificar e se multiplicar, transferindo ao ser humano o poder de gerar descendentes à sua imagem e semelhança, isto é, pais gerariam filhos semelhantes a si, como Deus fez a humanidade à Sua imagem e semelhança.
Nesse quadro havia apenas um ponto de prova, ao qual o inimigo de Deus podia se aproximar e colocar sob provação todo projeto de comunhão de Deus com os seres humanos. Neste ponto, tão próximo da confirmação do plano divino de dar à humanidade a vida eterna, a árvore do conhecimento do bem e do mal, cujo fruto o ser humano não deveria tomar ou comer. Satanás conseguiu atrair a atenção, gerar um diálogo e influenciar Eva à desobediência e a multiplicar seu erro, propondo a Adão que participasse da desobediência.
A lição é para sabermos que, mesmo tendo pecado, sido rebelde, o SENHOR ainda chamou Adão e Eva, perguntando “onde estás?”, porque deseja dar a Redenção e restaurar a imagem e semelhança perdida. Essa é Sua Aliança eterna. Salvar a todos os que crerem e, arrependidos, confessarem suas transgressões, voltando–se para o caminho de Deus.
Continuaremos a refletir sobre “a promessa: a aliança eterna de Deus”, estudando o assunto “os princípios fundamentais da aliança”, ao percorrermos em reflexões sobre os tópicos “fundamentos da aliança”, “aliança com Noé”, “aliança com Abraão”, “aliança com Moisés” e a “Nova aliança”. Que o Espírito de Deus seja nosso instrutor neste estudo.
Pense: “Ambos comeram, e a grande sabedoria que obtiveram foi o conhecimento do pecado e o senso de culpa. A veste de luz que os cercava logo desapareceu. Sob um senso de culpa e a perda de sua cobertura divina, um tremor tomou conta deles” (EGW, HR, p. 37).
Desafio: Conhecer a aliança eterna e nos colocar sob a sua égide.