vila rica

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA

SEGUNDO TRIMESTRE DE 2021


Auxiliar da Lição 1
O que aconteceu?

Foco do Estudo: Gn 1:26, 27

Esboço

Deus criou a humanidade à Sua imagem para que pudesse existir um relacionamento profundo entre Ele e nós. O desrespeito de Adão e Eva para com a vontade divina quebrou esse relacionamento. No entanto, Deus tinha um plano B: por meio de Jesus, Seu Filho, o relacionamento quebrado seria restaurado.

Comentário

A curiosidade irreverente é uma armadilha diabólica para a fé quando a pessoa busca sondar verdades que Deus jamais quis que fossem investigadas (ver Dt 29:29). “Mas quando Deus disse a Seu Filho: ‘Façamos o homem à Nossa imagem’ (Gn 1:26, ARA), Satanás teve ciúmes de Jesus. Ele desejava ser consultado sobre a formação do homem, e porque não o foi, encheu-se de inveja, ciúmes e ódio” (Ellen G. White, Primeiros Escritos, p. 145).

Tartarugas do começo ao fim

Em Gênesis 1:1, o verbo hebraico especial bara (criar) expressa a capacidade da Divindade de converter energia cósmica em matéria. Alguns acreditam que o verbo bara expressa a liberação divina de energias criativas, que produziram algo do nada. Bara foi concretizado em “criação absoluta, isto é, [...] um começo e um desenvolvimento do nada (ex nihilo) e não qualquer mera modelagem de alguma matéria preexistente ou pré-matéria” (Harold Kuhn, “God Makes”, in The Living God: Readings in Christian Theology [“Deus Faz”, em O Deus Vivo: Interpretações da Teologia Cristã], ed. Millard J. Erickson. Grand Rapids, MI: Baker Book House, 1983, p. 481).

A fé perene se desenvolve na escuridão do desconhecido divino, brilhando como um farol castigado pela tempestade, que permanece forte, apesar das ondas de descrença. É uma fé como essa que sobrevive à névoa obscura de sistemas de crenças antibíblicas sobre a origem da humanidade.
“O espiritismo ensina ‘que o ser humano é uma criatura capaz de progredir’” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 554). “O darwinismo social [...] estabelece a base para que geneticistas e biólogos, sob o manto da ciência, categorizem os seres humanos de forma a apoiar a superioridade racial, uma ideia que teve seu apogeu na Alemanha nazista” (Charles E. Bradford, Sabbath Roots: The African Connection [Raízes Sabáticas: A Conexão Africana]. Silver Spring, MD: Ministerial Association of the General Conference of Seventh-day Adventists, 1999, p. 66, 67).

À imagem do Criador

Com base no seguinte recurso, sugeriu-se que “tselem (imagem) denota o contorno da sombra de uma figura, e damuth (semelhança), a correspondência ou semelhança dessa sombra com a figura” (H. D. M. Spence e Joseph S. Excell, ed., The Pulpit Commentary, v. 1, “Genesis-Exodus” [Comentário Para o Púlpito, v. 1, “Gênesis-Êxodo”]. Peabody, Mass.: Hendrickson Publishers, 1961, p. 30).

“Como Deus, [o homem] possuía a liberdade de escolha – o direito de pensar e agir de acordo com imperativos morais. Assim, ele se achava livre para amar e obedecer ou para desconfiar e desobedecer” (Nisto Cremos, as 28 Crenças Fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Associação Ministerial da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, 2018, p. 108).

Deus e a humanidade juntos

No sentido bíblico, quando “Deus abençoa” Ele habilita a função ou o cumprimento do que ou de quem foi abençoado. “Deus criou o ser humano para Sua própria glória, para que depois de testada e provada, a família humana pudesse se tornar uma com a família celestial. Era propósito de Deus repovoar o Céu com a família humana, caso ela se demonstrasse obediente a cada palavra divina” (Comentários de Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 1, p. 1190; ver também Is 43:7).

Junto à árvore

“Seus seguidores foram procurá-lo, e ele [Satanás], erguendo-se e assumindo um ar de desafio, informou-os de seus planos para tirar de Deus o nobre Adão e sua companheira Eva. [...] Eles pensavam que, se pudessem ter acesso à árvore da vida no meio do jardim, sua força seria igual à dos santos anjos, e nem mesmo o próprio Deus poderia expulsá-los” (Ellen G. White, História da Redenção, p. 27, 28).

Em termos simples, Deus advertiu o par inocente a evitar uma árvore específica que ficava na reserva divina. “O Senhor me proporcionou uma vista de outros mundos. Foram-me dadas asas, e um anjo me acompanhou da cidade a um lugar brilhante e glorioso. A relva era de um verde vivo, e os pássaros gorjeavam ali cânticos suaves. Os habitantes do lugar eram de todas as estaturas; nobres, majestosos e formosos. [...] Vi então duas árvores. Uma se assemelhava muito à árvore da vida, existente na cidade. O fruto de ambas tinha belo aspecto, mas o de uma delas não era permitido comer. Tinham a faculdade de comer de ambas, mas era-lhes vedado comer de uma. Então meu anjo assistente me disse: ‘Ninguém aqui provou da árvore proibida’” (Ellen G. White, Primeiros Escritos, p. 39, 40; ver também Gn 2:15-17).

Rompendo o relacionamento

A teologia da rebelião humana está ligada ao raciocínio profano de Adão, que assimilou o fruto proibido do relativismo. O relativismo, um novo paradigma do mal, em que o eu mantém a tendência de decidir seus próprios parâmetros de moralidade, compete com a soberana vontade de Deus e é totalmente invencível, exceto por intervenção divina. (Ver Jz 21:25). Os resultados foram trágicos. “Ambos comeram, e a grande sabedoria que obtiveram foi o conhecimento do pecado e o senso de culpa. A veste de luz que os cercava logo desapareceu. Sob um senso de culpa e a perda de sua cobertura divina, um tremor tomou conta deles” (Ellen G. White, História da Redenção, p. 37).

Aplicação para a vida

Para reflexão: Vivemos com os efeitos do pecado em todos os aspectos da nossa vida. Existe uma doutrina teológica chamada “depravação total”. Embora ela não signifique o que a expressão normalmente significa hoje, o sentido não é muito melhor que isso. Trata-se da ideia de que todos os aspectos da existência humana foram danificados pelo pecado. Infelizmente, esse parece ser o caso.

1. Como vemos a realidade dessa “depravação total” manifestada em nossa própria vida? O que podemos fazer sobre isso? Ou, se não podemos fazer nada a respeito, já que é nossa natureza, como podemos vencer essa natureza, e até que ponto?

2. A queda nos impede seriamente de ter um relacionamento completo com Deus. Jesus morreu para que esse relacionamento fosse restaurado. Como o poder da cruz nos permite recuperá-lo?

3. Nosso Criador dedicou tempo e cuidado extras para criar Adão e Eva. Na sua opinião, por que Ele fez da criação deles um evento que seria comentado, admirado e debatido por toda a eternidade? Compare a criação da humanidade por Deus com os preparativos que futuros pais fazem para a chegada de seu primogênito. Como essas semelhanças o ajudam a entender o amor divino?

4. Como o acesso ao poder divino nos ajuda em nosso crescimento espiritual e em nossa compreensão do plano de Deus para nós?

5. Por Sua onisciência, Deus estava bem ciente do “risco” de criar a humanidade à Sua imagem. Imagine Seu coração pesaroso ao ter que recorrer ao “plano B: morte de Seu Filho Único”. O que o plano B significa para você quando ultrapassa os limites de seu relacionamento com Deus? Em que suas distrações e tentações são semelhantes às que Adão e Eva enfrentaram?

6. Quando Jesus viveu na Terra, Seu toque curou muitos que creram. Seu toque foi um vislumbre de Seu poder criativo. Antes de partir, Ele prometeu que continuaríamos a ter acesso ao Seu poder criativo (Jo 14:12-14). Essa promessa é figurativa ou literal? Explique. Como essa promessa pode fazer diferença em sua vida?

7. Gênesis indica que a humanidade foi originalmente criada à imagem divina. Isso se aplica apenas ao estado de existência antes da queda, ou ainda é, em certo sentido, verdade? Comente com a classe.

8. Deus disse a Adão e Eva para dominar e sujeitar a Terra e as forças da natureza. Como devemos interpretar esse comando à luz da exploração frequentemente irresponsável da natureza pela humanidade?

9. Adão e Eva caíram como resultado do exercício de seu livre-arbítrio, o qual, embora nos tenha sido dado como um presente, transformou-se em maldição. Você consegue pensar em exemplos de outras coisas que são boas em si mesmas, mas que podem se tornar más como resultado de escolhas erradas?

10. Adão, em vez de seguir a Deus, seguiu Eva. O que isso nos diz sobre o perigo de permitir que outras pessoas ou coisas nos desviem do nosso compromisso com Deus?