vila rica

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA

PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2021


Lição 06 – Brincando de Deus
Por Gerson Benedito Prado
Sábado, 30 de janeiro
Introdução
Foi dito anteriormente que a mensagem repetida é porque há um ensino ou uma chamada para que se dê atenção à mesma. E quanto ao que o SENHOR faria com os que, embora estando a Seu mando e serviço, excederam em suas atitudes e deixando de ser servos de Deus, quiseram se mostrar como Deus. Alguns dos governantes dos povos antigos, cresceram exageradamente sua autoimagem e autoestima gerando uma afirmação como se fossem o próprio Deus. Nos capítulos 13, 14, 24 a 27 de Isaías Deus informa que a poderosa Babilônia que vencera e submetera nações e exércitos muito fortes e preparados, seria derrotada, gerando o livramento do “povo de Deus”, Judá.
Na Revelação o SENHOR prediz a derrota de assírios, mas, também informa sobre o castigo aos israelitas. O objetivo do castigo Divino sempre é restaurar o relacionamento com Suas criaturas. Se adequadamente respondida a mensagem, o SENHOR traz livramento e ruína aos inimigos de Seu povo. Esse livramento se confirma em louvores à graça e misericórdia do SENHOR.
A sentença dos Céus é sempre contra o erro, a iniquidade, o orgulho e idolatria, e foi nesse caminho que Babilônia se perdeu a ponto de seu último rei usar utensílios sagrados em suas orgias de autopromoção e auto–veneração, como Satanás nos átrios celestiais, não sem o aviso de misericórdia de Deus para arrependimento e conversão.
Os que buscarem o entendimento do que dizem as profecias, mantendo–se fiéis à Palavra de Deus, poderão proclamar “Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos” (Is 25:9)
Pense: “Quando as pessoas preferem seguir o próprio caminho, sem procurar a orientação de Deus ou em oposição à Sua vontade revelada, muitas vezes Ele satisfaz os desejos delas para que, por meio de amargas consequências, reconheçam sua tolice e se arrependam de seu pecado. O orgulho e a sabedoria humana são um guia perigoso” (EGW, PP, p. 606).

Desafio: Submeter–se ao Senhorio do Senhor Jesus Cristo em todos os aspectos da vida.

 

Domingo, 31 de janeiro
Sentença contra as nações
Os capítulos 13 a 23 de Isaías são oráculos contra as nações. Começa por Babilônia, à época dominada pelos assírios. O objetivo é alertar para o perigo da fraca Babilônia vir a se tornar potência e dominar muitas nações, inclusive o povo de Deus.
O SENHOR puniria a idolatria, perversão e abominações assimiladas por Judá, entregando–os, no futuro, a Babilônia. Porém, os babilônicos se excederiam e seriam derrotados, mostrando que é Deus quem dirige a história e que o projeto de Deus se concretizará, com a restauração da Terra e a formação de uma só nação, o “povo peculiar de Deus”.
Na época da mensagem Babilônia era uma nação dominada e submetida, mas, se tornaria grande potência, derrotando seus opressores e construindo o primeiro grande império mundial descritos pelo SENHOR no sonho dado a Nabucodonozor (Dn 2).
O SENHOR já anunciara que a Assíria seria destruída (Is 10:5–34), mas no capítulo 13, cujo oráculo é contra Babilônia, que não tinha poder ou influência, o SENHOR anuncia ações de juízo contra outras nações, como filisteus, moabitas, Egito e outras.
A linguagem contra Babilônia é muito forte, tornando claro que o SENHOR conhece a história antes que aconteça e o coração humano Lhe é manifesto e sabe que o ser humano é sempre suscetível de abandonar a direção divina para satisfazer seus próprios pensamentos de glória e poder, muitas vezes, atribuindo–se a eternidade e glória de Deus.
Pense: “Nos registros da história humana, o desenvolvimento das nações, o nascimento e a queda dos impérios aparecem como que dependendo da vontade e do poder do homem… Mas na Palavra de Deus a cortina é afastada, e podemos ver acima, por trás e pelos lados, as partidas e contrapartidas de interesse, poder e desejo humanos – os agentes do Todo–Misericordioso – executando paciente e silenciosamente os conselhos de Sua própria vontade” (EGW, PR, p. 500).
Desafio: Viver com a certeza de que Deus conhece a história e completará Sua obra de resgate e salvação.

 

Segunda-feira, 1º de fevereiro
A decadência da grande Babilônia
O domínio babilônico de 626 a 539 a.C., iniciado por Nabopolassar, restaurador da dinastia denominada neobabilônica, deixando a seu filho, Nabucodonozor a tarefa de consolidar o império. Nabopolassar rompeu o domínio assírio, reconstruiu e fortificou o reino e Nabucodonozor o consolidou. como cabeça de um império mundial, rico, bem dirigido, abençoado por Deus para sua confirmação. Daniel esclarece que a intervenção divina na história e as escolhas humanas alteram um quadro de paz, desenvolvimento e fartura, em desolação, destruição e morte.
Decisões egoísticas, profanação de utensílios sagrados em orgias. Babilônia acreditou em sua impenetrabilidade, “guardada” pelos rios que a cortavam e asseguravam que, fechados os portões, ninguém penetraria. Mas não puderam reagir quando o inimigo, servindo–se de surpreendente engenharia, penetraram, dominaram o poderoso exército, matou nobres e o rei, embriagados em suas festanças. Babilônia foi conquistada em 539 a.C. A profecia assinala a promessa de que a queda de Babilônia era a libertação do povo de Deus (Is 14:1–3).
Nabucodonozor foi “Meu servo” (Jr 25:9) para Deus, e Ciro foi chamado “Meu pastor” (Is 44:28). Isto é, mesmo não pertencentes ao povo de Deus, servem ao SENHOR, consolidando Seus desígnios, que todos ouçam Sua Palavra, arrependam, se convertam e não enfrentem o “dia do SENHOR” sob a expectativa do juízo, mas, da vida eterna (Is 13:6, 9).
A profecia declara que os céus seriam abalados pelo “dia do SENHOR” (Is 13:10, 13), referindo-se ao movimento de Deus para o julgamento (Jz 5:4) ou a libertação de Seu povo.
Para muitos as profecias parecem fábulas impossíveis, mas o SENHOR não mente, Sua Palavra não muda e ainda que pareça impossível, se cumprirá, para espanto de muitos e misericórdia e graça aos que creram (Is 13:19–22).
Pense: “Embora as nações tenham rejeitado os princípios de Deus, e nessa rejeição tenham causado a própria ruína, um divino e soberano propósito tem atuado claramente ao longo dos séculos” (EGW, PR, p. 535).
Desafio: Distinguir o propósito de Deus para a história das nações e das vidas de cada um de nós.

 

Terça-feira, 02 de fevereiro
A queda do rei do monte
A humanidade nunca soube lidar com riqueza, poder e força. Elas corrompem a humanidade. Sentem–se endeusados com uma delas. Não era plano de Deus que a humanidade fosse dominada ou dominasse. Entretanto, na rebeldia e desconfiança do amor e cuidado de Deus, a humanidade permitiu o senhorio da Terra pelo inimigo de Deus, gerando lideranças impiedosas.
O oráculo contra Babilônia é carregado de promessas destrutivas e comparada à ação contra Sodoma e Gomorra. Mas, libertadora para o povo de Deus. A condenação do rei babilônico é por encher–se de orgulho, egoísmo e perversidade, sentindo–se Deus e desejando assentar–se no monte da congregação – trono de Deus. Esse rei foi tirano e perseguidor, e o SENHOR encerrou seu domínio, dando aos cativos descanso, repatriando–os, especialmente, o povo de Deus.
O rei babilônico tinha excessiva autoestima, se comparando a Deus. Na profecia quis ser “semelhante ao Altíssimo” (Is 14:12–14). Também o rei de Tiro, que era “o selo da perfeição”, mas seu “coração se encheu de violência” (Ez 28:12–18). Isaías 14 e Ezequiel 28 se aplicam a reis terrestre, em parte, porém, não se coaduna integralmente a nenhum ser humano, mas sim a uma criatura que abandonou seus privilégios, desejando assumir o lugar de Deus, havendo guerra no Céu e Satanás foi derrotado, expulso do Céu e arremetido à Terra (Ap 12:7–9), porém, a profecia prediz sua completa derrota e extinção (Ap 20:10).
Compare o ser que desejou ser “semelhante ao Altíssimo” (Is 14:13–14) com aquele que sendo igual a Deus se humilhou (Fp 2:5–8) para oferecer mansidão e humildade (Mt 11:29), se fazendo servo ao “lavar os pés aos discípulos” (Jo 13:5).
Pense: “Deus poderia ter destruído Satanás e seus adeptos tão facilmente como se pode tirar uma pequena pedra do chão, mas não fez isso… Sua autoridade se fundamenta na bondade, na misericórdia e no amor; e apresentar esses princípios é o meio a ser usado” (EGW, DTN, p. 759).
Desafio: Discernir sob que princípios de governo desejamos viver e conviver.

 

Quarta-feira, 03 de fevereiro
A porta dos Céus
Isaías 13 e 14 expõe o oráculo contra Babilônia, a promessa de restauração de Judá e as profecias sobre Satanás e o rei de Babilônia. Satanás, identificado como “estrela da manhã, filha da alva” é lançado por terra (Is 14:12). Mas, como “grande dragão vermelho” tenta devorar a criança que está para nascer e seu nome é “Diabo e Satanás”, tendo como objetivo enganar “todo o mundo” (Ap 12:1–9). A criança é Cristo que reinará sobre todas as nações (Ap 12:5).
Babilônia, capital do império caldeu, é também o poder de Satanás, praticado por alguns déspotas, como Herodes, vassalo de Roma, e a própria Roma, imperial e papal. Pedro, despede–se com “a vossa co–eleita em Babilônia vos saúda” (1Pe 5:13) e na mensagem do segundo anjo se referindo ao centro do poder político–religioso que será desfeito pelo SENHOR (Ap 14:8), pois sofrerá o castigo de Deus (Ap 16:19) porque se tornou “a mãe das… abominações da terra” (Ap 17:5) será julgada e lançada da presença de Deus e “nunca mais será achada” (Ap 18:2, 10, 21). Seu orgulho e crueldade a embriagarão “com o sangue dos mártires” (Ap 17:6).
O poder da verdadeira religião está na humildade e não obras, porque a salvação “não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2:8–9). Aquele que pensa merecer algo de Deus é o mais miserável dos seres humanos, no entanto, o que se sente incapaz até de falar diante do SENHOR receberá a justificação e será exaltado diante do trono da graça (Lc 18:9–14).
Pense: “O termo ‘Babilônia’ é derivado de ‘Babel’ e significa confusão. É empregado nas Escrituras para designar as várias formas de religião falsa ou apóstata. No Apocalipse, capítulo 17, Babilônia é representada por uma mulher, figura que a Bíblia usa como símbolo da igreja (a igreja pura é apresentada como uma mulher virtuosa, e a igreja apóstata como uma mulher depravada” (EGW, GC, p. 381).
Desafio: Não se contamine com o vinho da ira de Babilônia e suas falsidades.

 

Quinta-feira, 04 de fevereiro
Vitória final de Sião
O SENHOR avisou às nações o futuro (Is 13–23) e na sequência (Is 24–27), apontou a derrota de Seus inimigos e a libertação de Seu povo, para vitória final em escala mundial. Profecias sobre cada nação opressora de Seu povo, aplicáveis à época e também aplicáveis ao “grande Dia do SENHOR”, o “juízo final”. Por isso, semelhanças como a desolação da Terra e o desespero dos habitantes por não encontrar guarida, entre Isaías e Apocalipse, que informa a desolação da Terra, quando Satanás será preso, pela inexistência de pessoas a quem tentar.
A visão da queda de Babilônia e suas imagens despedaçadas (Is 21:9) é confirmada em Apocalipse (Ap 14:8; 18:2) e garante a destruição final de Satanás, queimado no lago de fogo e enxofre pela ausência da centelha vital que procede de Deus (Ap 20:10).
Para Babilônia literal o “Dia do SENHOR” encerrou suas atividades de desrespeito e aviltamento às leis e estatutos Divinos, trazendo a morte aos pecadores (Is 13:6, 9). Mas o “grande terrível Dia do SENHOR” ocorrerá no juízo final, quando sol e lua não mais distribuirão sua luz (Jl 2:31). Impossível alegar desconhecimento, porque o SENHOR assinalará com a mensagem de Elias (Ml 4:5) a proximidade desse dia (Sf 1:7).
Isaías contemplou cenas incompreendidas e inusitadas à sua cultura, como o escurecimento solar e lunar (Is 24:23), e inimagináveis, como Jerusalém ser sede do governo universal de Deus (Ap 21:2), iluminada pela “glória de Deus” (Ap 21:23). Embora o pecado seja gerador da morte (Tg 1:15), o verdadeiro lugar e tempo de cumprir toda profecia está nas mãos de Deus (Ap 20:1–15).
Pense: “Maravilhosa é a longanimidade de Deus, porque Ele reprime Seus próprios atributos; mas a punição, contudo, é certa… a ira de Deus cairá tão marcada e fortemente que é representada com sem mistura de misericórdia; e a própria Terra será desolada” (EGW, ME, v. 2, p. 373).
Desafio: Estar pronto para a primeira ressurreição ou a trasladação. Vitória com CRISTO!