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COMENTÁRIOS DA LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA

PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2021


Lição 05 – O nobre Príncipe da Paz
Por Gerson Benedito Prado
Sábado, 23 de janeiro
Introdução
A Escritura informa que Pôncio Pilatos perguntou a Jesus “Que é a verdade?”, não esperou a resposta (Jo 18:38). Mas, uma outra questão que poderia ter sido feita a Jesus, porém, aguardando–se a resposta seria “que é a paz?”. O SENHOR disse aos discípulos “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; eu não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14:27).
Portanto, a paz a que se referiu o Mestre é uma entidade que pode ser possuída, pois Ele a designou como “a minha paz”, sua posse pode ser transferida “deixo-vos… vos dou” e produz, como resultado, a calma e a coragem no íntimo de quem a recebe, livrando a pessoa das turbações e temores do cotidiano da vida “Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14:27).
Essa também é a mensagem de Isaías nos capítulos 9 a 12. O SENHOR se manifesta com a luz que traz “o fim da escuridão para a Galileia” e para o mundo, através de Jesus que é a corresponde a “um Filho nos foi dado”, o qual traz a libertação, a salvação, a vitória e a vida eterna mas também traz “o cetro da ira de Deus”. Na profecia o Filho é também a “Raiz e Renovo em uma só Pessoa” e por isso Jesus é a forma como Deus, o SENHOR, pode ser referido como sendo o “Tu me consolas”, pois só pela Sua Palavra é que podemos confirmar que só Ele é Deus e não há outro.
Pense: “Os seguidores de Cristo são enviados ao mundo com a mensagem de paz. Quem quer que seja que, pela serena, inconsciente influência de uma vida santa, revelar o amor de Cristo; quem quer que, por palavras e ações, levar outro a abandonar o pecado e entregar o coração a Deus, é um pacificador” (EGW, MDC, p. 28).

Desafio: Viver na paz de Cristo, ainda que ao teu redor estejam acontecendo guerras e guerrilhas.

Domingo, 24 de janeiro
O fim da escuridão para a Galileia
Buscar respostas fora da verdade divina, celestial, pura que há na Palavra de Deus é caminhar para o desconhecido e para as trevas. O SENHOR preveniu, advertiu, expediu ordenanças firmes e rigorosas sobre essa falsidade e armadilha satânica, mas, o próprio povo de Deus se envolveu com o ocultismo, procurando respostas, bençãos, progressos e desenvolvimento nessa escuridão carregada de angústia, opressão, fome, raiva, amaldiçoando suas lideranças, até a Deus, caminhando cada vez mais para as trevas (Is 8:21–22).
Esta visão profética justifica que na continuidade da descrição da revelação o profeta comece com a conjunção coordenativa e de oposição “mas”, pois assegura que haverá uma mudança radical para a região mencionada e seus povos, garantindo que “a Galileia dos gentios” (Is 9:1), veria “uma grande luz” e mesmo os que estavam em “profunda escuridão resplandeceu a luz” (Is 9:2). Resultando em alegria e crescimento – em Deus e não no ocultismo, na idolatria e na apostasia, mas e voltar–se para Deus (Is 9:4).
Deus dá juízo e julga com retidão e propósitos de salvação e, da mesma forma que dá a humilhação e a derrota traz a libertação e a vitória (2Rs 15:29). Para libertar Seu povo o SENHOR dá como sinal um o surgimento de um Filho, um menino, que receberia nomes significativos e com direito à reverência e consideração “Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz”, assumindo o governo do reino de Deus, com paz infindável e, como prometeu Deus haveria um “homem segundo o seu coração” (1Sm 13:14), Davi, cuja descendência atingiria a eternidade, “para o estabelecer e o fortificar em retidão e em justiça… para sempre” (Is 9:6–7).
Segundo Mateus Jesus, o Cristo, é o único e completo cumpridor dessa profecia, porque foi habitar em Cafarnaum, “nos confins de Zebulom e Naftali” mencionadas em Is 9:1–5 e cujas palavas são repetidas confirmativamente pelo evangelista como cumprimento de que estas terras veriam “grande luz” (Mt 4:12–25), e não apenas a Galileia foi privilegiada com essa luz, mas segundo o evangelista a fama de Jesus “correu por toda a Síria” (Mt 4:24), e grandes milagres e prodígios foram realizados e testemunhados para honra e glória de Deus.
Pense: “Durante séculos, antes do primeiro advento de Cristo, as trevas cobriram a Terra e uma densa escuridão pairou sobre os povos. Satanás lançou sua sombra infernal no caminho dos seres humanos, para que não tivessem conhecimento de Deus e do mundo futuro. Havia multidões sentadas a sombra da morte, e sua única esperança era que essas trevas fossem afastadas, para que Deus pudesse ser revelado” (EGW, PR, p. 687).
Desafio: Ver a luz de Deus em Sua Palavra, escrita, falada, exposta por Seus servos em missão.

 

Segunda-feira, 25 de janeiro
Um Filho nos foi dado
Nascimento de um filho é parte de Isaías. Três vezes é sinal de que o SENHOR é Deus e Rei do Universo. “Emanuel, Deus conosco” para o povo de Deus; Maer–Salal–Hás–Baz, o Juízo de Deus vem “Rápido–Despojo–Presa–Segura”; e recebe nomes indicativos de poder, glória e majestade.
Os filhos reais recebiam nomes significando poder e riqueza. O menino da profecia tem os nomes “Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz”. “Maravilhoso” fora empregado pelo anjo que falou ao pai de Sansão (Jz 13:18,20), antes de retornar ao Céu na chama do altar, prefigurando Cristo como oferta pelo pecado. O nome indica Sua participação na Divindade por ser “Deus Forte” e “Pai Eterno”, mas, também é chamado “Filho de Deus” como descendente de Adão que é “filho de Deus” (Lc 3:38).
Este recém–nascido é Jesus! Nenhum outro nascimento humano cumpre a profecia. No anúncio aos pastores por “um anjo do Senhor” e como seria encontrado o “menino envolto em faixas, e deitado em uma manjedoura”. E o coro de “grande multidão da milícia celestial” entoou o cântico “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens de boa vontade” (Lc 2:8–14).
João confirma a Divindade e Humanidade de Jesus ao declarar que “o Verbo era Deus”, e Criador de tudo. Mas, importante à humanidade pecadora é que o “Verbo se fez carne, e habitou entre nós” (Jo 1:1–3, 14).
Paulo ensinou que Ele “é imagem do Deus invisível” e Criador de “todas as coisas” e sustenta toda criação (Cl 1:15–17), e Nele “habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2:9).
Portanto, só Jesus pode receber esses nomes (Hb 1:2; 4:15; Mt 28:18–20).
Pense: “Quanto mais fraco e impotente você se reconhecer, tanto mais forte se tornará em Sua força. Quanto mais pesados são seus fardos, tanto mais abençoado é o descanso em os lançar sobre seu Ajudador”. (EGW, CBV, p. 72).
Desafio: Ligar–se Hoje ao “Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz”.

 

Terã-Feira, 26 de Janeiro

Não foi publicado

 

Quarta-feira, 27 de janeiro
Raiz e Renovo em um só Pessoa
Isaías 10 fala que o SENHOR derrubaria os ramos da árvore “com violência”, destacando os mais altivos e fortes, mas, não desterraria a raiz. Sua continuidade sob ordem do SENHOR, brotaria como “um renovo” frutificante.
O SENHOR disse a Davi que sua descendência reinaria sobre o povo de Deus para sempre (1Cr 17:13–14). Portanto, Davi é a Raiz de cujo tronco brotaria “um Renovo”. E Jesus é esse “renovo do toco de Jessé” (Is 11:1), como Ele mesmo afirma em Apocalipse.
A expressão “Renovo” como promessa de Deus que levantaria o condutor de Seu povo à vitória e edificação do templo do SENHOR aparece em Zacarias (3:8; 6:12), e como raíz frutificante em Isaías 11:1.
Descendentes de Davi reinaram sobre Israel e Judá até a expatriação por Nabucodonozor, cumprindo a profecia de que Deus cortaria “os ramos com violência” (Is 10:33–34). Árvores representam reis e dinastias (Dn 4:10–17; 20–26).
E o SENHOR disse que o governante davídico, a “raiz de Jessé”, governaria todos os povos (Is 11:10). Jesus declara que Ele é a profecia (Ap 22:16), pois Ele é descendente de Davi (Lc 3:23–31). E como Criador de “todas as coisas” é também a “Raiz” (Jo 1:1–3, 14).
Seu reino é justiça aos pobres, defesa aos mansos da Terra e exterminação dos ímpios, eliminando o pecado. Retornará à natureza à criação, animais predadores, sanguinários e peçonhentos serão transformados em mansos. Restaurará os fiéis, Seu remanescente, a “filhos de Deus”. A profecia se cumpre na primeira vinda e na Sua segunda vinda do Senhor Jesus.
Pense: “Todas as nações da Terra ouvirão o evangelho de Sua graça. Nem todos receberão essa graça; mas ‘a posteridade O servirá; gerações futuras ouvirão falar do SENHOR’ (Sl 22:30, NVI)” (EGW, DTN, p. 828).
Desafio: Ser e permanecer sendo o remanescente do SENHOR, pela graça do “Renovo do toco de Jessé”.

 

Quinta-feira, 28 de janeiro
Tu me consolas
A história e a revelação apresentam lutas humanas pela formação de um povo como “nação santa, o povo adquirido” (1Pe 2:9). Também contemplamos as ações da graça e misericórdia de Deus pelo mesmo objetivo, despertando o desejo de louvar. Tanto amor, longanimidade e paciência de Deus com quem sempre é voluntarioso, cheio de desejos da concupiscência e do pecado, rebelde.
A profecia que esse povo de Deus, escolhido, separado, seria “cortado” de suas origens, não como punição apenas, mas um chamado ao arrependimento e conversão, e que voltaria a florescer da “raiz” não cortada, pelo “renovo” que frutificaria termina com uma explosão de louvor, num cântico de reconhecimento que a Palavra de Deus é ensino, correção, repreensão e consolo, conforto e salvação (Is 12:1–6).
Semelhante ao cântico de Moisés e dos israelitas quando salvos do exército de Faraó (Êx 15:1–27). E ao cântico do Cordeiro diante do trono (Ap 15:2–4). Esses cânticos identificam que o motivo principal do louvor não são as vitórias humanas, mas a do Salvador que nos é dada e Ele é plenamente identificado como Jesus (Is 12:2), pois em Seu nome revela Sua missão “chamarás JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1:21).
Não só salvação, mas presença permanente entre Seus fiéis (Is 12:6). Mais ainda, se tornou humano como cada um de nós (Jo 1:14) e muito mais, foi feito “pecado por nós” para que sejamos “feitos justiça de Deus” (2Co 5:21), sendo Ele “a nossa paz” (Ef 2:14). E isso resulta na atenção e conversão de outros povos (Is 11:10; Jo 12:32–33). Quantos motivos de louvor. Quanta esperança de salvação, paz e vitória.
Pense: “Este é Jesus, a vida de toda graça, a vida de cada promessa, a vida de cada ordenança, a vida de cada benção. Jesus é a realidade, a glória e fragrância, a própria vida” (EGW, ME, v. 2, p. 244)
Desafio: Sentir e ter sempre os motivos para louvar e sentir–se consolado por Deus e Sua Palavra.

 

Sexta-feira, 29 de janeiro
Pontos para reflexão
A leitura do texto bíblico ocasiona uma batalha pela mente do leitor. O inimigo da verdade desejando consolidar seus pensamentos como regra para compreensão. Mas o sublime e suave Espírito de Deus espera a escolha de se ouvir a mensagem.
Nesta profecia (Isaías 9–12), o Eterno quis que leitores ou ouvintes, concluíssem que a vontade Deus é que todos que, num menor gesto ou atenção, recebam a verdade da intenção Paterna em Deus, em que o amor Divino é tanto que se ofertou como Cordeiro em favor do pecador e sendo Deus, se fez humano e servidor.
Seus nomes revelam a salvação trazendo luz à escuridão; é Eterno, mas se torna Filho; sendo Raiz de Davi, torna–se tão humano, como “renovo” que cresce da Raiz. Quando indicada a ira de Deus, o castigo é salvífico e não condenatório, se escolher obedecer ao SENHOR. Sendo Criador de “todas as coisas”, se humilha para alcançar o mais renitente pecador e, ouvido, é Deus que salva, que é e dá vida. Portanto, é Raiz e Renovo.
A mensagem de ensino, repreensão, correção, instrução na justiça contém o galardão ao fiel e a condenação à infidelidade, mas o objetivo de Deus é que cada um seja perfeito na compreensão da Vontade Divina e preparado para deixar as obras da impiedade e praticar justiça, misericórdia, solidariedade e amparo ao necessitado (2Tm 3:16–17; Is 58:6–7).
Na próxima semana será o grave assunto “Brincando de Deus”, refletindo sobre os tópicos “sentença contra as nações”, “a decadência da grande Babilônia”, “a queda do rei do monte”, “a porta do Céu” e “vitória final de Sião”. Que o SENHOR nos conceda Seu Espírito Santo para iluminar nossas mentes e escolhas.
Pense: “O pecador vai, e ao ir e ver o Cristo levantado na cruz do Calvário, cuja impressão Deus coloca em sua mente, há um amor que ultrapassa qualquer coisa imaginável” (EGW, Manuscript Releases, v. 6, p. 32).
Desafio: Estar pronto para ouvir o chamado do SENHOR e atendê–lo para ter a presença do Príncipe da Paz.