vila rica

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA

PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2021


Lição 03 – Quando nosso mundo desmorona
Por Gerson Benedito Prado
Sábado, 09 de janeiro
Introdução
Qual o significado, para você, de desmoronar o seu mundo? Perder o emprego? Pandemia? Falecimento de alguém estimado? Diagnóstico de doença terminal? Perda de prestígio, fama, patrimônio? Todos esses eventos certamente são motivos suficientes para a quase totalidade da humanidade clamar “nosso mundo desmorona”. A Palavra do SENHOR afirma que quem é da família de Deus, Seu povo, deve confiar na certeza da intervenção Divina e o que a maioria da humanidade chama calamidade, desfavorecimento ou improbabilidade de uma solução e que o mundo desmorona são aparências, pois o que Deus fala a Seu povo é “mantenham a fé e o SENHOR resistirá por vocês” (Is 7:9).
Mensagem de Isaías para o rei Acaz, diante da ameaça – e tentativa, de invasão pelos reis do Norte, Rezim e Peca, da Síria e Israel. Nessas condições, sempre o ser humano busca soluções na sabedoria, conhecimentos e poderes humanos. Sempre procura resposta dentro dos espectros da confiança nas soluções humanas, mesmo que o SENHOR tenha dito que não resolverão a questão. Embora o problema pareça insolúvel, para Deus nada é impossível. E mesmo que não mantenhamos a fé, ainda recebemos “outra oportunidade”, até mesmo que seja pedir ao SENHOR um sinal de que Ele tem a resposta. Momentos como esse, de improbabilidade humana são lastro para que a ação Divina seja mais auspiciosa e surpreendente como nascer um filho a uma virgem, que seria chamado EMANUEL, DEUS CONOSCO, como sinal de Deus.
Que o Espírito Santo seja a luz em nossas mentes a nos ensinar como enfrentar ocasiões como essa, semelhantes ao desmoronamento do mundo pessoal de cada um de nós e fiquemos firmes na fé. Esse é o foco de nosso estudo desta semana.
Pense: “Os que compreendem sua debilidade confiam num poder superior ao próprio eu. E, enquanto olham para Deus, Satanás não tem poder contra eles. Mas os que confiam em si mesmos são derrotados com facilidade” (EGW, EDD [MM 1980], p. 257).

Desafio: Manter a fé na direção de Deus em todas as ocorrências da vida, sempre!

Domingo, 10 de janeiro
Perigo vindo do norte
O perigo conduz à prudência, ou contrariamente, a autoconfiança destrutiva, acovardamento e submissão a domínios e cultos e não ao SENHOR. O ponto da decisão está na fé de que Deus tem a solução.
As ameças dos reis da Síria e Israel eram para cooptar Judá, menor, enfraquecido pelas guerrilhas dos edomitas e filisteus, a formar coalizão contra a ameaça imperialista da Assíria. Para Acaz, um ataque da Síria e Israel seria derrota certa e avassaladora o que não ocorreu (Is 7:1), porém, o rei duvidou da proteção Divina, temendo essa aproximação dos exércitos de Rezim e Peca. Por isso, o SENHOR, para convencê–lo de que dirige a história, não permitiu a conquista de Judá (2Rs 16:5, Is 7:1–2). As maquinações dos pretensos invasores de Judá era forçar uma submissão para formar uma aliança contra o rei da Assíria, destituindo Acaz e nomeando um rei subordinado a eles (Is 7:5–6).
Aparecia no cenário mundial o expansionismo de Tiglate–Pileser, rei da Assíria. Menaém, usurpador do trono de Israel, para não ser conquistado, cobrou imposto em ouro de seus súditos e os entregou a Tiglate–Pileser para não invadir Israel e auxiliá–lo a permanecer no poder (2Rs 15:19).
Acaz não confiou em Deus e recorreu a Tiglate–Pileser, numa mensagem vassala e presenteando–o com tesouros reais e da casa do SENHOR (2Rs 16:7–9). Ele foi parte da crise de liderança estudada na lição anterior, aderindo a cultos abomináveis, como fazer “passar pelo fogo o seu filho” (2Rs 16:3–4; 2Cr 28:2–4). Como ensinou o SENHOR “que pelas obras a fé foi aperfeiçoada” (Tg 2:22), não foi assim com Acaz.
Pense: “Ânimo, fortaleza, fé e implícita confiança no poder de Deus para salvar não nos vêm num instante. Essas graças celestiais são adquiridas pela experiência dos anos. Por uma vida de santo esforço e firme apego à retidão, os filhos de Deus […] [selam] seu destino” (EGW, TI, v. 5, p. 213).
Desafio: Confiar somente na Palavra do SENHOR e em Suas promessas. Ele salva.
Segunda-feira, 11 de janeiro
Tentativa de interceptação
Acaz não só se acovardou diante da proximidade das tropas sírio–israelitas, quanto se entregou a cultos abomináveis a ídolos e deuses dos povos que o SENHOR determinara aos descendentes de Abraão que jamais copiassem suas culturas, cultos e práticas, por isso, o SENHOR “o entregou na mão do rei dos sírios” e “foi também entregue na mão do rei de Israel” porque ele agiu “desenfreadamente em Judá, havendo desprezado ao Senhor” (2Cr 28:5). Ofereceu incensos e adoração a todos os ídolos que levantara, inclusive fazendo passar seus filhos pelo fogo em sacrifício para que obtivesse vitórias em suas guerras.
Porém, o SENHOR, em compaixão, mandou–lhe mais uma mensagem, pela boca do profeta e pelo nome do filho que o acompanha diante do rei, pois seu nome Sear–Jasube significa “um resto volverá” (Is 7:3).
O conselho do SENHOR para que o rei se acalmasse e em quietude não temesse ou desfalecesse, mas se cresse permaneceria vitorioso e protegido (Is 7:4–9), chamando aos reis invasores de “dois pedaços de tições fumegantes” (Is 7:4).
Jesus também usou o verbo permanecer para representar comunhão e fé em Seus ensinos e atos, se guardamos Seus mandamentos permanecemos no Seu amor e se permanece em nós tudo que a Palavra de Deus ensina, o Pai e o Filho permanecerão em nós (Jo 15:10; 1Jo 2:24).
Pense: “A vontade, renovada e santificada, encontrará seu maior prazer em fazer Seu serviço [de Deus]. Quando conhecermos a Deus como temos o privilégio de conhecê–Lo, nossa vida será de contínua obediência. Por meio do reconhecimento do caráter de Cristo, mediante a comunhão com Deus, o pecado se tornará abominável para nós” (EGW, DTN, p. 668).
Desafio: Permaneça na obediência aos mandamentos de Deus e tenha o Pai e o Filho permanente em você.

 

Terça-feira, 12 de janeiro
Outra oportunidade
No relacionamento Deus–humanidade, desde a criação o SENHOR informa e instrui sobre os resultados das escolhas, da responsabilidade individual pelas decisões tomadas e os resultados que virão. Todavia, sempre o SENHOR oferece, em Suas alianças, uma forma do ser humano encontrar a redenção e salvação. Foi assim com Adão, Abraão, Jacó, Jó, Moisés, Davi, Jonas, Pedro, Paulo e toda a humanidade.
Foi assim também, com Acaz, a quem concedeu uma outra oportunidade de confiar tanto na Palavra de Deus quanto em Suas ações, enviando o profeta Isaías e seu filho Sear–Jasube, que significa “um resto volverá”, com a mensagem de aquietar–se e não temer, mas, se não confiasse na mensagem (Is 7:3–9), poderia pedir um sinal, qualquer que fosse. O SENHOR concede a qualquer que Dele se aproximar uma comprovação pessoal e única de que o ouve, vê e acompanha. Não há limite que o SENHOR imponha a um pedido de sinal de um ser humano que esteja disposto a considerá–Lo, diferente de reis como no caso da rainha Ester (Et 5:6; 7:2) e na festa de aniversário de Herodes em que a filha de Herodias, sua amante e esposa de seu irmão, a quem prometeu metade do seu reino por agradar–se de sua dança (Mc 6:23).
Mas Acaz recusou. Não por respeito ou temor de que estivesse contrariando a ordem Divina de não ser tentado (Dt 6:16), mas no seu caso, o SENHOR ordenara que O provasse, como quando diz sobre a mordomia cristã “fazei prova de Mim” (Ml 3:10). Acaz desrespeitou e afadigou o SENHOR (Is 7:13), porque sua decisão não era de temor ao SENHOR mas de prepotência e orgulho, recusando que o SENHOR fosse seu Deus e, portanto, Senhor de sua vida.
Pense: “Possa o SENHOR levar Seu povo a sentir a profunda operação de Seu Espírito! Que Ele o desperte para ver o perigo e preparar-se para o que está a sobrevir à Terra” (EGW, OE, p. 310).
Desafio: Aproveite todas as oportunidades, enquanto as há, para conhecer a Deus e Sua vontade.

 

Quarta-feira, 13 de janeiro
O sinal de um filho
Acaz recusou-se a pedir um sinal a Deus (Is 7:11), então o SENHOR propôs oferecer um sinal (Is 7:14). Não na esfera de todo Seu poder e glória porque o ser humano não compreenderia (Is 55:9) ou impossíveis de serem concebidas pela mente e pensamentos humanos (1Co 2:9).
Não há no Antigo Testamento uma só referência que servisse de base para identificar essa mulher e seu filho. Nem mesmo especular. A questão sobre a mulher e seu filho é que não há resposta bíblica até o nascimento de Jesus Cristo, pois o anjo que falou a José, esposo de Maria, informou que a concepção era do Espírito Santo, e que José deveria chamar o menino de JESUS “Ele salvará o Seu povo dos seus pecados” (Mt 1:21) porque era o cumprimento da profecia “e será o seu nome EMANUEL” (Is 7:14).
Há muitas especulações: teria havido uma mulher morando em Jerusalém, cujo marido não estava lá e que concebera e deu à luz um menino; ou seria um filho da esposa do profeta. Porém não temos como comprovar nas Escrituras ou em crônicas paralelas essa identificação, exceto trazendo os fatos à pessoa de Jesus, claramente denominado em Mateus como EMANUEL.
Outra dificuldade de identificação é que na mesma profecia o menino é relacionado a uma origem divina, isto é, Filho de Deus e, que saibamos, só Jesus recebeu essa titulação nos evangelhos (Is 9:6) bem como se ouviu uma voz dos céus declarando “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3:17). E no Apocalipse, no final do livro, Jesus declara “Eu sou a raiz e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã” (Ap 22:16).
Pense: “Quanto mais pensamos sobre o ato de Cristo tornar–se bebê aqui na Terra, tanto mais admirável isso parece ser. Como pode suceder que a indefesa criancinha na manjedoura de Belém ainda era o divino Filho de Deus” (EGW, ME, v. 3, p. 128).
Desafio: Creia naquilo que a revelação já está confirmada na própria Palavra de Deus.

 

Quinta-feira, 14 de janeiro
Deus conosco
No mundo bíblico–hebraico os nomes são relevantes. Veja Abrão que o próprio Deus trocou para Abraão, Jacó para Israel e os filhos de Isaías que tinham nomes de significância profética: Sear–Jasube (Um resto volverá) e Maer–Salal–Hás–Baz (Rápido–Despojo–Presa–Segura) e os filhos de Oseias, todos com significados proféticos e o Senhor recebeu o nome de JESUS (Salvador), Cristo (Ungido, Messias) e EMANUEL (Deus conosco).
Como toda e qualquer tradução, há uma literalidade que não expressa todo o conteúdo dos sentidos que o vocábulo, no caso, nomes possam ter. Por exemplo, no hebraico não se usa verbos, portanto, literalmente Emanuel é “Deus conosco”, porém, os estudiosos dizem que deveria ser inserido ai o verbo ser e o significado ficaria completo assim “Deus é (ou está) conosco”.
Um dos usos da promessa de Deus “ser conosco” está nos momentos de vivência em situações de risco ou perigo, e será um consolo pensar em Deus a nosso lado (Sl 23:4). Pois se Deus é conosco, não serão atribulações que possam ser comparadas com caudalosos rios ou intenso incêndio, porque estamos (Is 43:2). Um exemplo bem conhecido são os três amigos de Daniel que foram protegidos da fornalha ardente (Dn 3:23–25). Também na angústia de Jacó, o Senhor estava ao seu lado, lutando com ele e para ele (Gn 32:24–30). Bem como com Estevão que não apenas sentiu a presença de Deus, mas viu o Senhor assentado no Trono e o Senhor Jesus em pé ao seu lado (At 7:55). E o EMANUEL está assentado “à direita da Majestade nas alturas” (Hb 1:3).
Pense: “Cada pessoa é tão perfeitamente conhecida por Jesus como se ela fosse a única por quem o Salvador morreu” (EGW, DTN, p. 479))
Desafio: Deus é conosco. Sejamos nós, cada um per si, com Deus!

 

Sexta-feira, 15 de janeiro
Pontos para reflexão
Quando os acontecimentos ao nosso redor parecem informar que nosso mundo implodiu. Desmoronou. O SENHOR tem uma solução, para cada tipo de pessoa que há. Exemplificaremos algumas:
1) – O filho de Deus, zeloso, cumpridor de suas responsabilidades, ouvirá do SENHOR “eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28:20);
2) – O que tem o nome entre o povo de Deus, mas está distante – “Filho meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensino de tua mãe” (Pv 1:8);
3) – O filho rebelde e que está circulando por caminhos ínvios – EU SOU o que “não consente que resvalem os nossos pés” (Sl 66:9).
4 – Aquele que, na obra do SENHOR, luta com muitas dificuldades – 2Co 11:23.
Se você está na labuta por uma vida de maior consagração e entrega e o inimigo está ao teu redor com ameaças e impondo restrições à tua liberdade, lembre–se: temos “EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco” (Mt 1:23). Não confie na sabedoria humana, suas teorias, filosofias e conhecimentos ou suas fábulas explicatórias dos meandros da vida. Resista. Lembre–se “Se você não ficar firme na fé, com certeza não resistirá”.
Quanto mais perto de Deus e da vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, tanto mais “o caminho difícil”, que é o tema de nossas reflexões na próxima semana, analisando os tópicos “profecia cumprida”, “consequências previstas”, “o significado de um nome”, “nada a temer quanto tememos a Deus” e “a escuridão dos ingratos mortos–vivos”.
Que o SENHOR nos conceda Seu Espírito Santo para Sua honra e glória em nossos pensamentos.
Pense: “Como teria sido bom para o reino de Judá se Acaz tivesse recebido essa mensagem como vinda do Céu! No entanto, escolhendo apoiar–se no poder humano, buscou ajuda de pagãos.” (EGW, PR, p. 329). Apoie–se em Deus e Sua Palavra.
Desafio: Entregue tua vida ao SENHOR, confia Nele e receba as bençãos da vitória e da graça.