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COMENTÁRIOS DA LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA

PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2021


Lição 12 – O Desejado de todas as nações
Por Gerson Benedito Prado
Sábado, 13 de março
Introdução
O ser humano, criado como semelhança do Criador, portanto, para viver na luz, na graça, amor, misericórdia, paz, alegria, compaixão, caraterísticas da Divindade e que, por semelhança, eram características da humanidade.
O pecado, separação de Deus, rebeldia contra o Criador, afastamento voluntário, por escolha ou acolhimento de sugestão do inimigo do SENHOR, retirou a humanidade da presença do Eterno e Suas características.
Mas, o pecado não excluiu da humanidade o desejo da proximidade com o Criador e, mesmo criando uma cortina de escuridão e afastamento da Divindade, os seres humanos sentem a necessidade e desejo dessa proximidade e sabem ela existe no Plano de Redenção. Esse desejo não tem etnia, raça, posição filosófica, pois é universal ao pecador e, como disse o profeta “As nações se encaminham para a sua luz, ó Jerusalém, e os reis são atraídos para o resplendor do seu amanhecer” (Is 60:3).
Quando apartada de Deus, a humanidade recebe o apelo do próprio SENHOR, como promessa: “Que o ímpio abandone o seu mau caminho, e o homem mau, os seus maus pensamentos; converta–se ao Senhor, que se compadecerá dele; e volte–se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar” (Is 55:7). Deus quer Sua criação de volta ao Seu convívio. É sobre isso que estudaremos esta semana, no tema “O Desejado de todas as nações” com uma reflexão sobre “o dia da vingança do nosso Deus”, muito mais como a execução do cumprimento da promessa da volta de Cristo a esta Terra para libertá–la das injustiças e degradações que o pecado ocasionou a toda a criação, sendo esse mesmo anúncio uma proclamação do “ano aceitável do SENHOR”.
O Espírito Santo nos ilumine na luz com fomos criados.
Pense: “Entre Deus e Seu povo existe a mais íntima relação. Não somente somos alvos de Sua misericordiosa graça, de Seu amor perdoador, somos mais do que isso. O SENHOR Se regozija em Seu povo. Nele Se agrada” (EGW, TMOE, p. 415)
Desafio: Aceitar o apelo de Deus e ir para a Sua luz e fazer parte do Seu povo.

 

Domingo, 14 de março
Os efeitos do pecado
O povo havia perguntado a Deus “Por que temos nós jejuado… e Tu não atentas para isso?” (Is 58:3). Mas, em Isaías 59:1 há outra pergunta inclusa na afirmação da declaração: Por que imploramos que o SENHOR nos salve, mas Ele não o faz? Por que clamamos a Ele, mas Ele não ouve? Deus podia salvar e ouvir, mas não o faz por uma questão totalmente diferente. As iniquidades deles causam separação entre Deus e Seu povo como declarou o SENHOR pelo profeta (Is 59:2).
A mais grave consequência do pecado é produzir esse afastamento entre as criaturas e Seu Criador. O pecado não afastou Deus da humanidade, mas levou a humanidade a afastar–se de Deus. Como bem demonstrou a experiência da vida de Adão e Eva, antes e posteriormente ao pecado.
O SENHOR procurou por Sua criação, homem e mulher, no local onde os colocara, e quando clamou “onde estás?” a atitude de Adão e Eva foi sintomática: “esconderam–se o homem e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim” (Gn 3:8).
A análise e estudo da experiência do primeiro casal ao confrontar–se com a tentação nos permite concluir que o pecado é uma rejeição a Deus e um afastar–se Dele, só que é como se o pecado fosse seu próprio alimentador, levando o pecador a afastar–se cada vez mais. E essa separação não vem pela vontade e determinação de Deus, que, aliás, está sempre tentando alcançar o ser humano, mas somos nós, humanidade, que não queremos ouvir a voz do SENHOR a nos chamar e nem desejamos Sua presença pura e santa e, por isso, nos afastamos cada vez mais.
Pense: “Não é porque não esteja disposto a perdoar que Ele se afasta do transgressor; o pecador é que impede Deus de livrá–lo do pecado quando recusa a abundante provisão de graça oferecida a ele. (Cita Isaías 59:1–2)” (EGW, PR, p. 323).
Desafio: Dispor–se a colocar–se ao alcance da graça que o SENHOR oferece.

 

Segunda-feira, 15 de março
Quem é perdoado?
Há milênios a humanidade vive a deterioração da consciência, moralidade, amor, compaixão, justiça, equidade, condição reportada pelo profeta como a morte da verdade, acinte ao que se desvia do mal, a injustiça, mas a essa situação caótica o SENHOR anuncia um Redentor, o próprio Deus Eterno, que se dispõe a salvar, restaurar e conceder Seu Espírito a quem ouvir Sua Palavra, que estará na boca do Redentor será espalhada sobre aqueles que ouvirem e aceitarem Seu convite, refletindo sobre toda sua descendência (Is 59:15–21).
A oferta Divina é para todos e concederá o conhecimento do SENHOR, porque serão perdoados de suas iniquidades e, como confirmou Paulo “todos pecaram” (Jr 31:34; Rm 3:23). É importante compreendermos que Deus nos julgará pelas obras que demonstram a nossa fé (Tg 2:18) mas elas não tem valor salvífico, pois se assim fosse – terem as obras valor salvífico, a fé seria sem valor (Rm 4:14).
O pecado despoja o ser humano da glória de Deus. A fé, que é dom de Deus, traz a ele a justiça e a glória de Deus, transformando–o em filho e família de Deus, declarando–o justo pela imputação da justiça de Cristo, cujas obras de obediência à Lei foram completas e plenas (Rm 3:20). A lei aponta o pecado, mas não salva do pecado e a fé “atua pelo amor” (Gl 5:6), amor derramado no coração humano pelo Espírito Santo (Rm 5:5) comprovando que há fé viva em Jesus (Tg 2:26). As obras manifestam a existência de uma fé salvífica atuando em quem as pratica.
Pense: “Onde há fé, aparecem as boas obras. Os doentes são visitados, os pobres cuidados, não são negligenciados os órfãos e as viúvas, são vestidos os desnudos, alimentados os pobres. Cristo andou fazendo o bem, e, quando homens a Ele se unem, amam os filhos de Deus, e a mansidão e a verdade lhes guiam os passos” (EGW, ME v. 1, p. 398).
Desafio: Aceitar o dom da fé e demonstrá–la em obras que sejam bençãos de salvação a outros.

 

Terça-feira, 16 de março
Apelo universal
Isaías 59 e 60 tem suas mensagens introduzidas nos primeiros versos (59:1–2; 60:1–3), explanadas no restante dos capítulos. Isaías 59 trata das consequências do pecado e da volta pelo conhecimento de Deus e o capítulo 60 da atração que provoca sobre todo o mundo o refletir da luz de Deus pelas pessoas cujas vidas estão sob o poder e amor de Deus.
Deus resgata Seu povo do exílio que o pecado produz ao afastar a humanidade da presença de Dele e sobre ela projeta Sua luz, refletida resplandescente e, essa luz, criada por Deus desde as trevas atrai a atenção dos povos sob a escuridão (Is 60:1–2).
O que todos buscarão é a luz que resplandece sobre o povo de Deus, luz de amor, boas obras, conhecimento de Deus, sabedoria incomum, proclamação da glória de Deus até pela boca de pequeninos, e esse resplendor chama a atenção de nações e reis (Is 60:3).
A profecia de Isaías 60 é comparável a promessa à Abraão. O SENHOR prometeu torná–lo uma grande nação, abençoada e que engrandeceria seu nome, sob a condição de que ele fosse uma benção e se tornasse o motivo para nele serem “benditas todas as famílias da terra” (Gn 12:2–3).
O que aceita o apelo do SENHOR deve se tornar uma benção para pessoas, famílias e comunidades, onde sua influência se tornar possível e visível, porque o santuário do SENHOR deve ser denominado “Casa de oração para todos os povos” (Is 56:7).
Pense: “O mundo hoje está em clamorosa necessidade de uma revelação de Cristo Jesus na pessoa de Seus santos. Deus deseja que Seu povo esteja diante do mundo como um povo santo. Por quê? – Porque há um mundo que deve ser salvo pela luz da verdade evangélica; e, enquanto a mensagem da verdade que deve chamar os homens das trevas para a maravilhosa luz de Deus é dada pela igreja…” (EGW, TMOE, p. 458).
Desafio: Permitir que a luz da glória de Deus resplandeça em tua vida para salvação do teu próximo.

 

Quarta-feira, 17 de março
O ano aceitável do Senhor
Isaías 61 começa com a mensagem messiânica da unção pelo Espírito de Deus sobre o ungido para apresentar boas-novas, restaurar contritos, proclamar a libertação de cativos, libertar os presos do pecado, restituir a vista aos cegos, retirar a opressão. Esse Ungido é Jesus. Como sabemos? É só ler os escritos de Lucas, que pesquisou informações e fontes que conheceram Jesus pessoalmente, e em Lucas 4:16–21 o Senhor Jesus termina a leitura desse texto de Isaías 61:1–2 com a afirmação “Hoje se cumpriu esta escritura aos vossos ouvidos” (Lc 4:16–21).
Na leitura feita por Jesus ela a encerra na primeira frase “a apregoar o ano aceitável do Senhor” não lendo a continuação do texto profético, provavelmente porque a continuação continha uma mensagem de juízo – “o dia da vingança do nosso Deus” (Is 61:2).
Os israelitas conheciam um ano de libertação de escravos e de devolução de propriedades de heranças adquiridas, o ano do jubileu, ano de alegria, como o Dia da Expiação, embora dia de jejum, seria também dia de alegar–se no Salvador e sua obra completa pela redenção e restauração da imagem do Criador na humanidade.
Mas o ano aceitável é especial porque anunciado pelo Rei e Salvador, que em Seu ministério cumpriria não apenas a mensagem profética do pregador de boas–novas, mas também em obras confirmadas de libertação, daria vista aos cegos, restituiria a audição aos surdos e voz aos mudos, libertando os cativos das forças malignas de Satanás, curaria os que sofriam sob a escuridão das doenças incuráveis e segregadoras. Assim o Messias é Jesus. Jesus é o Salvador.
Pense: “Toda pessoa que estuda a Bíblia com oração, desejando conhecer a verdade a fim de obedecer–lhe, receberá iluminação divina e compreenderá as Escrituras” (EGW, DTN, p. 459).
Desafio: Estudar a Palavra de Deus com humildade de coração, fé na verdade e submissão a revelação do Espírito Santo.