Comentário da Lição da Escola Sabatina – 2º Trimestre de 2019
Lição nº 4 – Como Lidar com a Solidão
“Então o Senhor Deus declarou: Não é bom que o homem esteja só…” Gênesis 2:18
A solidão não está somente atrelada à falta de pessoas ao nosso redor, mas a um estado de espírito. Mesmo pessoas celibatárias podem não sofrer de solidão, enquanto outras com mais de 10.000 seguidores em redes sociais, ao desligar seu computador podem se sentir tão sozinhas quanto um prisioneiro numa solitária. Mesmo na era das redes sociais virtuais onde podemos seguir milhares de pessoas e ser seguidos por outras milhares, nunca se gastou tanto com terapia nos consultórios para se conseguir lidar com esse fantasma da solidão. Graças a Deus e aos bons profissionais preparados para lidar com esse assunto, a triste estatística de casos de suicídio não é mais alarmante. De qualquer forma, o Senhor em sua divina sabedoria disse que não é bom que o ser humano vivesse só.
Viver só é bem diferente de ter momentos de solidão, coisa que todos nós às vezes passamos e que faz parte do nosso aprendizado como seres humanos. O próprio Senhor Jesus teve momentos de solidão, e ainda outras vezes Ele mesmo procurou ficar isolado para ter mais comunhão com o Pai.
Ao abordar o tema do companheirismo, a lição sugere que nossos relacionamentos sejam mais significativos com os que nos rodeiam, sejam nossos pais, cônjuges, namorados(as) ou amigos. Isto porque, não importa a quantidade de pessoas ao nosso redor mas sim o tipo de relacionamento que desenvolvemos com elas. Ajudar um ao outro em momentos difíceis trará suavidade à jornada de nossa vida neste mundo. Outro relacionamento muito significativo é o que desenvolvemos com o nosso Criador através da comunhão.
A vida de solteiro(a) é apreciada por alguns que não se sentem pressionados pela necessidade de um relacionamento a dois. O apóstolo Paulo comenta que a pessoa solteira tem mais oportunidades e liberdade para se dedicar aos serviços do Senhor, mas em nenhum momento ele desfavorece em seu discurso a vida de casado, desde que não haja jugo desigual.
Pode acontecer de alguns passarem pela realidade de ter se casado com alguém e depois de algum tempo essa pessoa se converte ao cristianismo e tem uma mudança radical quanto ao seu estilo de vida. Isso pode se tornar um motivo de desavenças e até mesmo do término do relacionamento. Nesses casos, também abordados pela lição desta semana, vemos que a igreja tem um papel muito importante quando desenvolve programas para casais com a finalidade de ajuda psicológica e restauração do relacionamento. Sabemos que o casamento hoje sofre muitas pressões sociais, influência da mídia, instabilidades financeiras e tudo isso concorre para desestabilizar o casal moderno que precisa tentar, além de tudo, ser feliz. Às vezes a casa cai, a máscara escorrega e as pessoas ficam surpresas com quem estava ao seu lado por pouco (ou até muito) tempo. Neste momento é imprescindível um relacionamento maduro com Deus para, em primeiro lugar, não acusar Deus pelo infortúnio de sua vida amorosa e, em segundo lugar, se colocar na mão de Deus, certos de que Ele está perto dos que têm o coração quebrantado. Não desista de Deus por causa de um divórcio!
No caso de haver um relacionamento onde apenas um é fiel ao Senhor e o outro não se converteu e ainda tem uma posição crítica quanto à religião professada por seu parceiro(a) que frequenta as reuniões da igreja sozinho, fica um grande questionamento a mim e a você: Estamos acolhendo essas pessoas em nosso meio com a gentileza e amor com que nosso Mestre nos ensinou ao tratar com todos?…
É fundamental que estejamos prontos para estender a mão aos que estão assentados ao nosso lado cada sábado, às vezes passando por um período terrível de solidão.
Quantas pessoas se sentem sozinhas em meio à multidão ao seu redor…
A solidão pode até ser momentânea mas também pode ser causada por “viuvez espiritual” entre cônjuge converso e não converso…
Porém, o pior tipo de solidão que um ser humano pode passar, é a morte do(a) companheiro (a) após anos de convívio íntimo em um relacionamento feliz, quando a nossa maior inimiga – a morte – vem ceifar a pessoa amada. Ah, que dor! …
Fica a certeza de que mais do que um sorriso em nossa face no sábado, e exclamar feliz sábado irmão(a) na porta da igreja, temos a ordem do nosso Senhor: “Não é bom que o ser humano viva só…”, portanto, “sê tu uma bênção” ao seu irmão para que o Deus que tudo vê o recompense Naquele Dia!
Wagner Tonini é casado há 28 anos com a professora Florisbela, pai de duas meninas, graduado em Administração de Empresas e pós-graduado em Marketing Corporativo; empresário do ramo da construção civil, é também professor da classe dos amigos (sala 59) da Escola Sabatina.