Lição 5 – Os sete selos
Semana 26 de janeiro a 1º de fevereiro
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular, sênior, no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí – RS)
Este comentário complementa o estudo da lição original
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Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
Verso para memorizar: “E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o Teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a Terra” (Apocalipse 5:9,10).
Introdução de sábado à tarde
Os capítulos 4 e 5 de Apocalipse tratam do retorno vitorioso de JESUS sobre o mal. O capítulo 6 trata do trabalho daquele que era digno de abrir os selos. Ele passou a administrar a Sua igreja ao longo dos séculos. Fez isso por um processo que garante a liberdade de consciência de todos, o livre-arbítrio. O capítulo 7 trata dos vitoriosos, os 144.000 e a grande multidão vinda de todos os tempos. Parece que, segundo citações de Ellen G. White, os 144.000 são parte das pessoas que não morreram e que passaram pela grande tribulação das pragas finais sofrendo exaustivamente a maior perseguição de todos os tempos, e a grande multidão são os outros, que não sofreram tanto durante as pragas (haverá aqueles que foram recém-convertidos, talvez minutos antes do fechamento da porta da graça, esses não podem ser provados tanto quanto os experientes) e a multidão dos mortos em CRISTO, que ressuscitaram salvos. Saiba que durante as pragas nenhum dos salvos morre.
O início do capítulo 8, seus primeiros versos, trata do sétimo selo.
O que significam os sete selos? É sobre um especial grupo de pessoas. JESUS passou a dirigir a Sua igreja, e esse grupo especial se permitiu ser dirigido por Ele. São aqueles que, a partir do Pentecostes, obedeceram a JESUS. Veja bem, na igreja de JESUS existem muitos que não são verdadeiramente convertidos. Esses ficam fora da salvação, não são aprovados no juízo pré-advento que se desenrola desde 1844. Aqueles que JESUS dirigia desde que entrou no lugar santo são os que também desejavam ser dirigidos por Ele. É uma relação biunívoca, recíproca, em que um, o Salvador, queria salvar, e os seres humanos queriam sinceramente ser salvos.
O primeiro selo está descrito em Apocalipse 6:1 e 2.
Os quatro primeiros selos são representados por cavalos de cores diferentes. O primeiro cavalo é branco, depois vem o vermelho, depois o preto e por fim, o amarelo. O significado dessas cores estudaremos logo mais, nos dias seguintes. Os cavalos representam instrumentos de guerra das batalhas antigas. Eram o principal recurso nas guerras, fosse para deslocamento, fosse para na cena da batalha. Esses animais até batalhavam junto com o soldado, formavam uma só unidade de ataque e de defesa. Se essa profecia fosse escrita hoje, talvez JESUS conduzisse um avião caça F-22 Raptor de quinta geração, que atinge incríveis 2.448 km/h, ou Mach 2, chegando a uma altura superior a 15.240 m. Já falam que esses aviões logo poderão alcançar até 6 mil km/h. E talvez, em vez de um arco, JESUS conduzisse uma poderosa bomba de nêutrons dentro de um míssil branco teleguiado. Esse tipo de bomba mais mata que destrói porque produz muito mais radioatividade. Na verdade, essas invenções de alta tecnologia do ser humano de nada adiantam, pois, depois que contaminou tudo com radioatividade embora destrua pouco, ninguém poderá habitar ali! O avião seria branco, é claro. Os russos vêm desenvolvendo um avião de sexta geração, que deverá alcançar mais de 3,6 mil km/h, mas só lá por 2025. Eles também produziram a hiperbomba nuclear Tsar, de 50 megatons, equivale a 50 milhões de toneladas de dinamite, ou a 3.300 bombas de Hiroshima. Sozinha, ela é dez vezes mais potente do que todos os explosivos da Segunda Guerra Mundial – somados. Essas são ou serão as armas mais modernas do mundo. O avião americano já está em operação, o russo ainda não, quando entrar em operação esse F22 se tornará bem inferior. Mas naqueles tempos, o sistema mais temido de guerra era um cavalo, um guerreiro montado nele com um arco de flechas muitas vezes incandescentes, os antigos mísseis. Assim devemos entender que JESUS estava com o poder máximo contra o inimigo. A rigor, o poder de JESUS, depois de Sua vitória humana, não vem de alguma arma ou de cavalo, e sim, de Sua onipotência – Ele pode tudo.
Pois bem, na abertura do primeiro selo apareceu JESUS montado num cavalo branco, segurando um arco e tendo na cabeça a coroa do vencedor. Ou seja, era uma cena de final de guerra, no caso, de um vencedor. JESUS recém tinha vencido a principal e definitiva batalha na cruz, Ele era um vencedor, e como tal, estava dirigindo a Sua igreja para levá-la à vitória. O cavalo era branco porque era puro – o branco em Bíblia é símbolo de pureza e lealdade ao amor. O arco era uma das armas de guerra daqueles tempos, muito temida porque podia alcançar o inimigo à distância, assim como um míssil hoje. O cavaleiro, JESUS, vestia vestes brancas, que, tal como o cavalo branco, era símbolo de pureza. Nesse selo tudo era puro. E a coroa sobre a cabeça de CRISTO, já dissemos, era o atestado de que Ele venceu, e continuaria vencendo, concedendo a Sua vitória a Seu povo.
O período do primeiro cavalo do primeiro selo foi do ano 34 a 100, o mesmo período da primeira igreja de Éfeso. Esse foi um tempo em que o povo de DEUS era genuíno, isso é, puro e fiel ao seu Senhor, povo que amava a JESUS e também seu semelhante. Com essa igreja JESUS saiu vencendo e para vencer, saiu vitorioso da cruz e levou vitoriosa a Sua igreja.
O desenrolar da história do ser humano, ao natural, sempre é de degeneração. Assim também foi a história da humanidade e do povo de DEUS. Nesse caso, não aconteceu ao natural, mas sempre houve guerra de satanás contra o povo de DEUS e contra a Sua igreja. Satanás sempre desejou destruir o povo de DEUS, mesmo sabendo que, sem esse povo em meio a seus escravos, não haveria bênçãos de DEUS, portanto, não haveria nem mesmo possibilidade de vida aqui. Os ímpios sempre sobreviveram porque DEUS derrama bênçãos sobre o Seu povo e isso respingava sobre todos. Por exemplo, o sol e a vida que ele garante é para todos, a chuva também, as bênçãos nas empresas do mundo são para todos, para que pessoas seguidoras de JESUS possam nelas ganhar seu sustento. Mas quando, no caso, for decretada a santificação obrigatória do domingo, então DEUS retira Suas bênçãos sobre os ímpios e só Se dedica aos justos. É aí que vem a grande crise econômica, social e política sobre o mundo. O contraditório disso tudo é que, as pessoas que garantem as bênçãos de DEUS sobre todos são perseguidas por aqueles beneficiados por elas.
O cavalo vermelho, do ano 100 ao 313 (Apoc. 6: 3, 4), significa corrupção e pecado, com espada para tirar vidas. Era o tempo de perseguição pelo Império Romano contra os cristãos. Houve várias iniciativas nesse sentido, mas a mais forte foi do ano 303 a 313. “Foi no dia 23 de fevereiro do ano 303 que o imperador Diocleciano tomou a primeira medida do que viria a ser a fase derradeira, e mais severa, perseguição aos cristãos no Império Romano: ordenou a destruição da igreja de Nicomédia (atual Izmir, na Turquia), dos objetos de culto, das escrituras cristãs e o confisco dos bens. Aparentemente, a data foi escolhida por ser o dia dedicado ao deus romano Terminus, o deus das fronteiras, assinalando deste modo uma fronteira, uma nova etapa. No dia seguinte, emitiu um édito que ordenava a proibição do culto cristão e a destruição de todas as igrejas, objetos e documentos usados nas cerimónias cristãs” (Wikipedia).
Foi nesse período, também da segunda igreja de Esmirna, que o cristianismo começou a cair, seja pelas perseguições políticas, seja pela falta de zelo. O inimigo estava preparando o caminho para destruir a igreja de CRISTO, o que ele nunca conseguiu, pois sempre houve servos fiéis a CRISTO, mesmo enfrentando o perigo do confisco, da tortura, da fome e da morte. Nesse tempo Constantino entrou em ação e fez uma aliança do Império Romano com a igreja, tornando-a oficial do império, mas também introduzindo mudanças nas crenças e doutrinas. A primeira e mais fatal à igreja foi a troca do dia de santificação, do sábado para o domingo, no ano 321. Foram introduzidos métodos pagãos na igreja, doutrinas pagãs, como vimos em uma lição anterior deste trimestre. Acesse aqui e aqui sobre esse assunto.
Depois veio o terceiro cavalo, de cor preta. Foi do ano 313 ao 538, e está em Apoc. 6:5. Nesse ano 538 o sistema papal se estabeleceu definitivamente, e reinou supremo daí em diante, até que foi ferido de morte. O preto significa apostasia, rejeição da Bíblia e dos ensinamentos de JESUS e dos apóstolos. Agora não havia mais perseguição por parte do Império Romano, mas irmãos perseguindo outros irmãos, e essa sempre foi pior que a perseguição de natureza política. Foi o tempo das trevas espirituais, tempo de perseguição entre cristãos, tempo de forte rebeldia contra DEUS e Sua lei.
Diz João que nesse tempo se comprava três medidas de cevada por um denário e apenas uma medida de trigo pelo mesmo valor. O trigo simboliza a palavra de DEUS e a cevada as falsas doutrinas, assim como o trigo cereal é um alimento superior à cevada. Nesse tempo a palavra de DEUS foi literalmente proibida e quem a seguisse era perseguido assim como no tempo do cavalo amarelo, o próximo. Um denário era o salário de um dia de trabalho de um servo livre, que daria para o sustento de sua família. Porém, em termos de fé e religião, o trigo, ou, a Palavra de DEUS, praticamente foi banida da Europa, proibida a sua leitura e a obediência a ela. Portanto havia grave escassez da Palavra. Poucos a seguiam, e sofriam muito por agir assim. Nesse tempo, como ainda estudaremos, tocaram as quatro primeiras trombetas, o Império Romano Ocidental vinha sendo derrubado pelos bárbaros, e caiu totalmente em 538, quando foi substituído pelo sistema papal. O sistema do Império Romano caiu em 476, e o sistema papal se tornou poderoso em 538. Daí a opressão aumentou mais ainda. Amanhã estudaremos essa parte da história da humanidade, a fase mais dura até os dias de hoje.
O quarto selo é o cavalo amarelo, da cor da morte, ou, de uma pessoa morta há algumas horas. Portanto era uma cor amarela bem fraca, misturada com um pouco de cinza, cor pálida. De fato, esse era o seu significado: morte. Tanto que o inferno seguia o cavalo amarelo, e quem o montava era a própria morte, ou algum vinculado com quem leva a morte, satanás.
“Vi quando o Cordeiro abriu o quarto selo. E ouvi o quarto ser vivo dizer:” ‘venha’! Apareceu um cavalo amarelado. Seu cavaleiro era a morte. E vinha acompanhado com o mundo dos mortos [inferno]. Deram para ele poder sobre a quarta parte da terra, para que matasse pela espada, pela fome, pelas pestes e pelas feras da terra” (Apocalipse 6:7-8).
Alguns estudiosos sugerem que esse cavaleiro fosse o próprio papa, ou os papas. É plausível porque foram eles que trataram da introdução das doutrinas apóstatas na igreja, a tal ponto que nem era mais a igreja de CRISTO, e sim, passou a ser a igreja de satanás. Analise umas poucas mudanças que fizeram: Em vez da santificação do sábado, mudaram para o domingo; em vez da adoração a JESUS, adoravam a Sua mãe; em vez da obediência aos mandamentos escritos pelo dedo de DEUS, seguiam a mandamentos de homens escritos no Catecismo; em vez de cultuar a DEUS, o Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO, a Trindade, que esta igreja aceita e adora homens declarados santos, mas mortos; em vez de aceitar a morte como um sono, ensina a imortalidade da alma; em vez de seguir a Bíblia, a proíbe e a substitui pelo Catecismo, e assim por diante. Há mais uma grande quantidade de mudanças irregulares feitas no tempo do quarto selo. Deixou de ser a igreja de CRISTO, o cavaleiro agora era não o Salvador como no cavalo branco, mas o que leva à morte eterna. A igreja de CRISTO, que não era mais a oficial, resultou em alguns poucos fiéis servos perseguidos pela própria igreja oficial. Essa foi a perseguição mais cruel de todos os tempos, cristãos perseguindo cristãos. Foi o tempo da Inquisição; das fogueiras; dos instrumentos de tortura (veja aqui alguns deles, conheci esses e outros, todos originais, num museu ambulante, é horrível ver isso); dos confiscos; dos tribunais sem direito a defesa; do tempo da delação anônima mas válida; tempo da imposição de uma forma de adoração e de perseguição a todo que fizesse diferente da igreja oficial, especialmente aos outros cristãos e judeus. Perseguiam e matavam em nome de CRISTO, como se isso fosse aceitável. Mesmo assim, felizmente sempre houve cristãos católicos da mais elevada fé em DEUS, homens e mulheres de respeito que certamente estarão com os salvos. Foi um tempo de total apostasia oficial, apenas alguns poucos se mantiveram fiéis, mas não oficialmente. Os séculos (de 538 a 1517 ou 1565, dependendo do autor) desse selo foram de escuridão espiritual. Entrou na igreja a apostasia, doutrinas e crendices pagãs e outras inventadas pelos líderes espirituais. Foi um tempo de grande decadência espiritual, apostasia propriamente dito.
Note que ao longo desses quatro selos a igreja iniciou com grande fervor espiritual e agora, no quarto selo, está em total apostasia, distanciando-se de DEUS e de JESUS, mas aproximando-se de satanás. Ela foi decaindo por pelo menos três motivos fortes: perseguições, perda do primeiro amor e simpatia com doutrinas estranhas à igreja. Ai de nós, de Laudiceia, que tanto simpatizamos com novidades estranhas, com fogo estranho, com adoração estranha, diferente daquela que se aprende na Bíblia. Nunca chegaremos ao ponto em que chegaram no tempo do quarto selo, porém, estamos em franca simpatia com o mundanismo, e somos fortemente incentivados a ele pelos nossos líderes. Os líderes de Israel, os líderes da Igreja Medieval levaram à decadência espiritual, às trevas da fé, a ponto do abandono da verdadeira adoração. Cuidado, quem estiver em pé que não caia, mas se cair, que se socorra em JESUS CRISTO e se levante, pois será ajudado.
No verso acima, quando lemos a quarta parte da terra, significa uma grande extensão de pessoas. Muitos morreriam, especialmente da morte espiritual, poucos se manteriam fiéis nesse tempo de enganos e mentiras. As palavras espada, fome, morte (ou pestilência), têm a ver com ‘mortandade’ num tempo de deterioração progressiva da civilização como o cenário que vem depois da guerra. Os estragos da espada, que mata aos homens e destrói as colheitas, especialmente nas guerras mais modernas e nas atuais, produz a fome, que causa a deterioração da saúde e produz pestilências; e quando estas cobram seu tributo, a sociedade fica tão debilitada que não pode proteger-se contra os ataques das feras, ou da sutileza satânica, uma fera pior que um leão faminto. Quando as pessoas não têm conhecimento da verdade bíblica, as feras do demônio atacam e conseguem excelentes resultados para os seus objetivos. Nós, cristãos, devemos ter muito mais precaução das feras do demônio que das feras das florestas, dos que podem tirar a vida eterna, não tanto dos que só podem tirar a vida do corpo. Mas de qualquer forma, vemos aqui nesse selo a guerra tradicional bem como a guerra espiritual, a mais importante.
No quinto selo, o tempo da reforma e a continuidade de grande perseguição e mortes, aparece o cenário de pessoas (almas na Bíblia são pessoas vivas, que respiram, não são entidades incorpóreas sem matéria, mas com vida e inteligência – isso nem existe) em baixo do altar clamando por justiça pelo que sofreram e pelos motivos por que foram mortas com grande sofrimento. Refere-se mais especificamente àqueles mortos pela Inquisição e os que ainda seriam mortos por aqueles anos do quinto selo (de 1517 a 1755). E também estão incluídos todos os mártires por causa da obediência a DEUS em todos os tempos.
Porque estão clamando e como é esse clamor. O motivo de seu clamor é a perseguição injusta, afinal, essas pessoas seguiam a DEUS e por isso foram perseguidas e mortas. Embaixo daquele altar poderia estar o próprio JESUS CRISTO, identicamente martirizado na cruz, e durante todo o Seu ministério perseguido pela liderança judaica.
Mas JESUS já está na glória, os outros seres humanos ainda estão mortos. Porém, simbolicamente estão clamando por justiça divina que lhes fora prometida, mas que parece demorar. Essas pessoas receberam, também simbolicamente, vestidos brancos, um consolo importante na medida em que esse vestido, sendo branco, simboliza a justiça de CRISTO que eles tanto pedem. Logo, vestidos brancos, mesmo antes de serem justiçados, ou seja, mesmo antes de serem castigados severamente seus algozes, significa que eles estão salvos, sua vida foi aprovada no juízo divino que iniciou em 1844. Há a garantia de que elas estão salvas, sendo que só falta ainda o castigo a quem as perseguiu. Assim sendo, do modo como JESUS CRISTO já está na glória, essas pessoas também estarão, seus nomes já passaram pelo crivo da justiça divina e foram aprovados. O interessante é que a justiça divina começa pelo povo de DEUS, depois vem os ímpios, esses têm que esperar mais um pouco numa espécie de corredor da morte eterna. Almas em baixo do altar é outra figura simbólica, como que dando a entender que foram sacrificadas no altar como JESUS foi no altar da cruz, por serem fiéis a Ele.
Esses mártires teriam que esperar mais um tempo, até que terminasse a obra da pregação na Terra, e portanto, também a perseguição e as mortes de pessoas inocentes. O caráter dessas pessoas é impoluto, inatacável, fizeram o bem e se arrependeram de todo mal. DEUS aprovou essas pessoas no juízo pré-advento, por isso estão vestidos de branco. Não há mais condenação sobre eles.
No tempo do quinto selo ainda havia muita perseguição, apostasia e mortes por causa da verdade. Por exemplo, foi editada a primeira lei dominical na América do Norte, em 24/05/1610. Houve a lei dominical de Carlos II na Inglaterra, antes de 1700. Obrigava a todos que assistissem a missa aos domingos. No dia 24/08/1573 ocorreu a noite de São Bartolomeu, em que mataram milhares de protestantes.
No final desse período ocorreu a Revolução Francesa, com muitas mortes e a queima da Bíblia. Logo depois, DEUS Se manifestou, com o Terremoto de Lisboa e os sinais no Céu. Isso fica para o sexto selo. Nesse período já havia, paralelamente à perseguição, crescente oposição ao poder despótico do sistema papal. Por exemplo, no século XV o sistema papal foi expulso do norte da Europa. Formavam-se as condições para uma reviravolta no sistema religioso do mundo, a mensagem logo seria pregada a todo mundo.
No quinto selo aprendemos sobre o clamor de uma multidão de pessoas que foram sacrificadas cruelmente porque seguiam a JESUS e obedeciam à Sua vontade. Isso é tremendamente injusto e o fato em si, não essas pessoas que estavam mortas, clamava por uma providência de justiça. DEUS precisava fazer alguma coisa, mas para Ele, tudo está planejado e tem um momento certo para ser feito. É só esperar que Ele agirá nesse momento que Ele determinou. O sexto selo abrange o tempo desde que vieram os sinais que anunciavam a breve volta de JESUS à Terra até a sétima praga, quando os ímpios gritam para que os montes e as rochas tirem suas vidas, tamanho o seu pavor. As pragas são a vingança de DEUS contra os ímpios que perseguiram os justos no final dos tempos, já o inferno, no final do milénio, é essa mesma vingança contra todos os ímpios, os de todos os tempos.
Mas antes da vingança de DEUS contra os inimigos de Seu povo, Ele daria ainda uma oportunidade de arrependimento por parte desses inimigos, ou, daqueles que os sucedessem na inimizade ao longo das décadas. E Ele fez isso. No final do quinto selo, ou melhor, no início do sexto selo, vieram os sinais diretamente da parte de DEUS. Ele agora estava advertindo o mundo inteiro que o fim chegava, e que precisavam atentar para as profecias. Muitos fizeram isso, mas os ímpios, assim como os do tempo de Noé, desprezaram mais uma vez. Pior para eles, porque o tempo do julgamento (22/10/1844) se aproximava, a necessidade de quem quisesse se salvar era de adorar a DEUS, e as pragas, a grande vingança da parte de DEUS, seu tempo também se aproximava. DEUS deu uma oportunidade a todas as nações do mundo (Mateus 24:14): enviou Seus sinais (terremoto de Lisboa, dia escuro, queda das estrelas (meteoritos), lua em forma de sangue. Eram sinais profetizados, e vieram. Houve grande conversão chamada reavivamento, e se seguiu grande pregação sobre a segunda vinda, chamada Alto Clamor. Tanto os amigos de DEUS quanto os Seus inimigos estavam sendo informados de que Ele não estava desatento, e que depois da advertência, Se vingaria pelo que fizeram a Seu povo. Inclusive viria a vingança contra aqueles que julgaram e mataram JESUS; esses não teriam outra oportunidade agora, porque já estavam mortos, mas ressuscitariam para ver a quem mataram. E depois, ai deles no inferno.
Nesse tempo, do sexto selo, também o tempo da igreja de Filadélfia, viu-se uma igreja missionária, alertando o mundo assim como fizeram lá no tempo de Éfeso. Logo depois, decorrente disso, formou-se a última igreja que já estudamos: ela tem a missão de dar o alerta final ao mundo, e de derrubar Babilônia de vez, não por armas nem por violência, mas pela pregação da Palavra de DEUS, a Bíblia. É o que estamos fazendo, por enquanto, com pouco fôlego, mas isso também vai mudar.
Depois de concluída a pregação e os ensinamentos sobre a lei e a segunda vinda de JESUS (sétimo selo, Apoc. 8:1 e 2), vem as pragas. Então é que essas almas debaixo do altar serão justiçadas, e ao lado da recompensa da ressurreição em glória, indo para o Céu, e os ímpios vivos receberão a sétima praga, que será a tal ponto terrível, algo como nunca se viu nesse mundo nem em lugar algum do Universo. Eles clamarão para que as rochas e as montanhas caiam sobre si e tirem de vez a sua vida. Daí estará quase tudo satisfeito quanto à justiça divina, faltando só, para o final do milênio, o sofrimento do fogo do inferno, o retoque final contra esses ímpios. Eles fizeram sofrer, também sofrerão por isso, e como!
Pode não parecer a muitos, mas DEUS está no controle e no comando da situação na Terra. Aqui nada do que acontece escapa da atenção de DEUS. Em muitas coisas Ele não interfere, pois o ser humano tem livre-arbítrio, pode fazer o que deseja e sabe que tudo o que faz tem efeitos, bons ou maus. Mas em outras coisas DEUS interfere, e às vezes drasticamente, como no Dilúvio, Sodoma e Gomorra, na sucessão dos impérios, etc. Quando Ele interfere age contra a vontade humana, contra o livre-arbítrio, mas isso tem que ser feito para que o livre-arbítrio de outros, os que querem fazer o bem, seja respeitado. Não nos esqueçamos, por vezes DEUS permite também que Seus seguidores sofram sob os caprichos dos maus. Mas, há um grande porém: os servos de DEUS, todos eles, terão uma recompensa eterna que supera todo sofrimento na Terra.
O que é DEUS estar no controle? É Ele ter conhecimento do que se passa na Terra. E o que é Ele estar no comando? São as ações quando Ele interfere nos negócios da Terra. As maiores ações de DEUS na Terra foram: Criação; Dilúvio; nascimento, vida, morte e ressurreição de JESUS; segunda vinda de JESUS; resgate dos santos, e, como sabemos, o que vier depois disso. DEUS sabe tudo, mas não age sempre. Vamos dar mais um exemplo sobre controle e comando de DEUS. Suponha que uma pessoa ficou gravemente doente. Pouca esperança, mas oraram pedindo que DEUS curasse. Ela foi curada. Pergunta-se: DEUS agiu ou não agiu? Diretamente, talvez sim, talvez não. Indiretamente, sim. Explicação: agiram os médicos, enfermeiras(os), houve medicamento, usaram instrumentos e máquinas, fizeram diagnósticos, etc. Isso tudo é tecnologia humana. O conhecimento do médico, por exemplo, ele adquiriu na Universidade, lendo livros e frequentando eventos. Contudo, tem um porém. Essa tecnologia toda utilizada para curar a pessoa, veio de DEUS. Os cientistas estudaram o corpo humano e descobriram ali o conhecimento de DEUS. Todo equipamento usado foi construído com matéria-prima que DEUS proveu na criação. A inteligência dos homens e mulheres veio de DEUS. No final, se DEUS nesse caso específico não fez nada diretamente, indiretamente fez tudo, pois os homens aprenderam Dele e fizeram as coisas com o que Ele criou. É assim que Ele controla tudo na Terra e que comanda diretamente quando acha necessário.
Confiemos em DEUS e em JESUS, pois o ESPÍRITO SANTO está conosco, com nossa igreja. Por mais que haja escândalos no mundo e na igreja, por mais que haja traidores (até houve um que traiu JESUS) na igreja, por mais que haja mundanismo, adultério e imoralidade até mesmo entre os grandes líderes (e tem!), não saio dessa igreja. Estava previsto que isso tudo haveria, exatamente por ser a igreja verdadeira. Se não fosse verdadeira, não seria atacada de dentro e de fora. É a luta. Há forças enormes tentando uma vitória depois da derrota na cruz, elas ainda têm algum tipo de esperança. Mas nós já somos vencedores em CRISTO; só seremos derrotados se assim quisermos.
Irmãs e irmãos, há muita imoralidade no mundo. Assim também há imoralidade na igreja. Como há desonestidade no mundo, há também na igreja. Não somos um paraíso divino na Terra, somos como um hospital onde nem mesmo a maioria dos médicos segue as prescrições de vida espiritual saudável. Não tem jeito, precisaremos ser sacudidos. O mundo está piorando e nós também; estamos seguindo a onda do lixo imoral de fora. O povo de Israel também se comportou assim, portanto, não é novidade. Mas seremos purificados pela sacudidura forte. Aliás, ela já está se manifestando. Denúncias e mais denúncias vindas de dentro da igreja estão a derrubar gente que nunca devia ter sido admitida para os altos escalões. Tal coisa também não é novidade, quem defendeu a unhas e dentes a morte de JESUS foram os grandes do Sinédrio. A influência do posto de liderança na igreja é fortemente dominada por satanás. Mas DEUS está no controle, e logo vai comandar uma sacudidura. Aí é que veremos uma igreja agindo, sem metas, sem alvos, e em pouco tempo, convertendo a todos que ainda esperam pela verdade.
“Vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo, e sobreveio grande terremoto. Apoc. 6:12.
A profecia não somente prediz a maneira e objetivo da vinda de Cristo, mas apresenta sinais pelos quais os homens podem saber quando a mesma está próxima. …
“O profeta do Apocalipse assim descreve o primeiro dos sinais que precedem o segundo advento: “Houve um grande tremor de terra; e o Sol tornou-se negro como saco de cilício, e a Lua tornou-se como sangue.” Apoc. 6:12.
“Estes sinais foram testemunhados antes do início do século XIX. Em cumprimento desta profecia, ocorreu no ano 1755 o mais terrível terremoto que já se registrou. Posto que geralmente conhecido por terremoto de Lisboa, estendeu-se pela maior parte da Europa, África e América do Norte. Foi sentido na Groenlândia, nas Índias Ocidentais, na Ilha da Madeira, na Noruega e Suécia, Grã-Bretanha e Irlanda. Abrangeu uma extensão de mais de dez milhões de quilômetros quadrados. Na África, o choque foi quase tão violento como na Europa. Grande parte da Argélia foi destruída; e, a pequena distância de Marrocos, foi tragada uma aldeia de oito ou dez mil habitantes. Uma vasta onda varreu a costa da Espanha e da África, submergindo cidades, e causando grande destruição.
“Foi na Espanha e Portugal que o choque atingiu a maior violência. Diz-se que em Cádiz a ressaca alcançou a altura de vinte metros. … O terremoto ocorreu num dia santo, em que as igrejas e conventos estavam repletos de gente, muito pouca da qual escapou.” … Calculou-se que noventa mil pessoas perderam a vida naquele dia fatal” (O Grande Conflito, 304 e 305).
E, para o futuro, o cenário profético é o seguinte: “”E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o Sol tornou-se negro como saco de silício, e a Lua tornou-se como sangue; e as estrelas do céu caíram sobre a Terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte. E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares. E os reis da Terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas; e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto Daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; porque é vindo o grande dia da Sua ira; e quem poderá subsistir?” Apoc. 6:12-17.
“Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos; e clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro. … Estes são os que vieram de grande tribulação, e lavaram os seus vestidos e os branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus, e O servem de dia e de noite no Seu templo; e Aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a Sua sombra. Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem Sol nem calma alguma cairá sobre eles. Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda lágrima.” Apoc. 7:9-17.” (Testemunhos Seletos, v3, 415).