Leia: O ANO BÍBLICO com a bíblia NVI e a Meditação Matinal - Maranata, O Senhor Vem! - Ellen G.White

LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA - PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2019

Lição 4 – Digno é o Cordeiro

Semana  19 a 25 de janeiro

Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular, sênior, no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí – RS)

Este comentário complementa o estudo da lição original

www.cristoembrevevira.com – marks@unijui.edu.br – Fone/fax: (55) 3332.4868

Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil

Verso para memorizar: “Não chores; eis que o leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos” (Apoc. 5:5).

 

Introdução de sábado à tarde

Apocalipse 4 e 5 descrevem o trono de DEUS e a entronização de JESUS após Sua vitória na cruz. O capítulo 4 nos informa sobre o trono do Universo, onde existem três lugares (Apoc. 5:6 e 7), JESUS estava no meio do trono, (logo havia mais outros dois lugares, senão não haveria um lugar no meio) tomou o livro de quem estava à Sua direita. Logo, ali sentam o Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO, a Trindade. Apocalipse 5 descreve a cena da reentronização de JESUS após a Sua ressurreição, no domingo. Vejam que Ele falou com as mulheres dizendo que não O tocassem porque ainda não havia subido ao Céu (João 20:17). Ele subiria para o Seu Pai, e o que foi fazer ali está nesse capítulo. Ali Ele é apresentado como vencedor sobre satanás e suas forças. Ele venceu como ser humano. Também se descreve algo como uma assembleia do Universo, pois cantam pela vitória, primeiro, os 24 anciãos, homens que ressuscitaram com Ele. Depois cantam todos os anjos do Céu e logo mais, toda criatura do Universo. Que coral devia ser este! Bem digno da vitória do Salvador.

Ele, que sempre ocupara o trono, agora retorna ao seu lugar, mas com uma característica a mais: além de ser Rei do Universo, de ser o Criador do Universo, era também o Salvador do mundo e vencedor sobre o mal. Só Ele possuía essas qualificações. Nessa parte Ele estava para abrir o livro que conta a história futura do povo de DEUS na Terra e das Suas ações em relação a este povo. São os sete selos, e depois, as sete trombetas e o que mais vier no livro do Apocalipse relacionado ao futuro do povo que quer ser salvo. Só Ele era digno de abrir esses selos porque só Ele fora vencedor na morte de cruzDentre os seres humanos que nasceram aqui na Terra, Ele foi o único a enfrentar satanás e também o único a vence-lo. Portanto, era o único digno de abrir o livro que Ele mesmo iria conduzir, conforme ali estava escritoOs selos eram o plano de como conduzir o povo de DEUS na Terra, e JESUS faria isso, só Ele poderia fazê-lo pois mais ninguém poderia representar a humanidade perante o trono do DEUS PaiSó Ele poderia ser nosso sacerdote no lugar santo e nosso sumo sacerdote no lugar santíssimo porque fora vencedor. Ali, quando entrou na sala do trono, recebeu a aprovação do Pai como vitorioso, pela solenidade de enorme expectativa que o Universo teve para receber seu Rei e Criador. Felizmente o comando do Universo, e da Terra, estavam nas mãos certas, nas mãos de quem ama, não de quem odeia.

Como DEUS seria fácil JESUS vencer a satanás, mas isso seria aceitável? Ele precisava reconstruir o que Adão e Eva perderam, e isso, para ser legítimo, precisava ser feito nas condições de um ser humano. Por isso que JESUS veio à terra nascer como ser humano, lutar nessa condição, e teria que vencer, ou seja, nunca cometer sequer um só pecado. Ele conseguiu, na cruz, reaver o que Adão e Eva perderam para satanás, logo, ele era digno de dirigir as coisas na terra, não mais satanás, por isso foi aclamado vencedor. Imagine-se o risco que Ele, nosso planeta e o Universo correram em Ele, sendo DEUS, ter-se feito ser humano falível e mortal, para lutar contra um demônio e suas inumeráveis e poderosas forças. Imagine também a decepção de satanás no dia seguinte, no dia da ressurreição, pela derrota. Talvez por isso tenta se vingar transformando esse dia em lugar do sábado, como a ser santificado, por causa da ressurreição que é símbolo de sua derrota. Eis uma boa razão para a aclamação de vitória de Apocalipse 5 e pelo louvor de todo o Universo a Ele. Algo parecido vai acontecer quando todos nós chegarmos salvos para esse lugar, e de novo, quando aqui na Terra tudo for renovado e o mal desaparecer sem deixar vestígio. Ainda temos grandiosos eventos pela frente, esse que estamos estudando foi o primeiro.

 

  1. Primeiro dia: Na sala do trono celestial

A sala do trono celestial é onde DEUS (Trindade) governa o Universo. O trono significa o atestado de Seu poder legítimo. O poder de DEUS é legítimo porque Ele é o Criador e mantenedor do Universo e porque a lei com que governa é boa como o Seu caráter por ser o amor. João viu a sala do trono para que soubesse que o poder pertence a DEUS, não a satanás, que vem contestando a legitimidade desse poder. Porém satanás não possui nenhum dos requisitos para ter direito a poder sobre o Universo, nem mesmo sobre parte dele. Aliás, satanás não tem poder legítimo sequer sobre um único ser humano, senão por usurpação, e quando esse ser humano se torna rebelde e se deixa dominar pelo inimigo, como fizeram Adão e Eva. Atente bem, satanás não tem amigos, ele tem aliados mas que são todos inimigos dele e inimigos entre si, pois a sua lei não é o amor, mas o ódio. Daí que o governo dele não perdura pois é uma confusão, uma Babilônia. Se DEUS não se apressar em destruí-lo logo, ele mesmo se destrói por sua natureza, isso é seu destino fatal, a destruição, de uma ou de outra forma. Saiba que satanás não tem mais pelo que lutar, já perdeu tudo. DEUS destruí-lo leva a menores consequências do que ele chegar ao ponto da autodestruição, porque nas dores de seu fim ele se tornaria extremamente cruel.

Mas o assunto hoje é sobre a sala do trono e sobre o trono, bem como, sobre o poder de DEUS. O poder de DEUS baseia-se em Sua capacidade, seja de criar do nada, seja de manter o que criou, seja de prover felicidade entre as criaturas que trouxe à existência. Na sala do trono, sobre este, existe um arco-íris. Esse arco-íris, pelo que sabemos sobre a história do Dilúvio, significa que      DEUS prometeu nunca mais destruir a Terra por água. Ele queria evitar que as pessoas tivessem medo toda vez que se armasse uma chuva, pois antes não chovia, simplesmente à noite caia orvalho suficiente para umedecer a terra na dose correta. Mesmo assim, Ninrod e sua turma resolveram desafiar DEUS construindo uma alta torre onde pensavam refugiar-se em caso de outro Dilúvio. Isso era rebeldia ostensiva contra o que DEUS prometeu. Mas pela fidelidade de DEUS à Suas promessas, dilúvio nunca aconteceu, portanto a inútil torre só serviu para o orgulho deles e para adorar os astros. Foram eles que criaram a astrologia. E restou que o arco-íris vem demonstrando que DEUS é fiel ao que diz. Esse arco da sala do trono representa essa fidelidade de DEUS, ou seja, podemos confiar no que escreveu na Bíblia.

Resumindo o estudo de hoje: A sala do trono é o lugar santíssimo do santuário celestial, o trono é como o propiciatório (caixa onde estava a lei de DEUS no santuário terrestre), o caráter de DEUS é como as tábuas dos Dez Mandamentos, e o arco-íris, como o sistemático cumprimento das centenas de profecias de DEUS, que até agora nenhuma falhou.

 

  1. Segunda: A assembleia celestial na sala do trono

Apocalipse 4 e 5 tem tudo a ver com a vitória de JESUS sobre o inimigo de todos nós. Ali Ele está sendo aclamado como o rei vitorioso, o cordeiro que foi morto e também o leão de Judá que venceu. Ao Ele ressuscitar, ressuscitaram junto com Ele uma multidão de falecidos ao longo da história precedente, desde antediluvianos, e se apresentaram aos Seus seguidores atestando a ressurreição, e depois, subindo aos céus junto com Ele. Os 24 anciãos fazem parte desses ressuscitados.

Ainda perguntamos, quem são estes 24 anciãos?

“Quem são estes seres que rodeiam o trono de glória? Observe-se que estão vestidos de branco e têm na cabeça coroas de ouro, que são sinais tanto de um conflito terminado como de uma vitória ganha. Daqui concluímos que participaram anteriormente na luta cristã, trilharam outrora, com todos os santos, esta peregrinação terrena, mas venceram, e, com antecipação à grande multidão dos remidos, estão com suas coroas de vitória no mundo celeste. Com efeito, nos dizem isso claramente no cântico de louvor que tributam ao Cordeiro: “E entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, parque foste morto e com o Teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação.” (Apoc. 5:9) Este cântico é cantado antes de se realizar qualquer dos acontecimentos preditos na profecia dos sete selos, porque é cantado para estabelecer que o Cordeiro é digno de tomar o livro e de abrir os selos, visto Ele próprio já ter operado a redenção deles. Não é algo colocado aqui por antecipação, com aplicação apenas no futuro, mas expressa um fato absoluto e consumado na história dos que o cantam. Esta, pois, era uma classe de pessoas remidas desta Terra, como todos devem de ser remidos: pelo precioso sangue de Cristo.

“Encontraremos alguma outra parte outra referência a esta classe de remidos? Cre-mos que Paulo se refira ao mesmo grupo, quando escreve assim aos efésios: “Pelo que diz: Subindo ao alto levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens.” O original diz: levou “uma multidão de cativos.” Efésios 4:8. Retrocedendo aos acontecimentos relacionados com a crucifixão e ressurreição de Cristo, lemos: “Abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram; e, saindo dos sepulcros depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos.” Mateus 27:52, 53. A página sagrada dá, pois, a resposta à nossa pergunta. Estes são alguns dos que saíram dos sepulcros quando Cristo ressuscitou, e foram contados entre a ilustre multidão que Ele tirou do cativeiro do sombrio domínio da morte quando subiu em triunfo ao Céu. Mateus fala de a Sua ressurreição, Paulo de Sua ascensão, e João os contempla no Céu, fazendo os sagrados deveres para o cumprimento dos quais foram ressuscitados.

“Não estamos sozinhos nesta interpretação. João Wesley fala dos vinte e quatro an-ciãos nos seguintes termos:

“‘Vestidos com vestes brancas’. Isto e as suas coroas de ouro mostram-nos que já terminaram a sua carreira e ocuparam seus lugares entre os cida-dãos do Céu. Não são chamados almas, e por isso é provável que já tenham corpos glorificados. Compare-se com Mateus 27:52” – John Wesley, Explanato-ry Notes Upon the New Testament, pág. 695, Comment on Revelation 4:4” (DANIEL E APOCALIPSE – VOL. 2 – APOCALIPSE:, cap. 4 tradução de: LAS  PROFECIAS  DE  DANIEL  Y  DEL  APOCALIPSIS – POR  URIAS  SMITH – TOMO  2, Biblioteca teológica eletrônica; CD 1)

“Ali está o trono circundado pelo arco da promessa. Ali estão serafins e querubins. Os anjos estão à sua volta, porém Cristo os faz recuar. Entra à presença do Pai. Aponta ao Seu triunfo… – aqueles que com Ele ressuscitaram, os representantes dos cativos mortos que sairão de suas sepulturas quando a trombeta soar. Aproxima-Se do Pai e… diz: Pai, está consumado. Cumpri a Tua vontade, Meu Deus. Completei a obra da redenção. Se a Tua justiça está satisfeita, “onde Eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a Minha glória que Me deste”. João 17:24” (A verdade sobre os anjos, 222).

“Com frequência o número 24 se entendeu como a soma de 12 e 12, sugerindo 12 representantes de Israel e da igreja respectivamente, mas seria arbitrário partir o grupo de anciões em duas unidades. Jesus havia dito que seus apóstolos se sentariam “em tronos para julgar as doze tribos de Israel” (Luc. 22:30; Mat. 19:28). João vê seu cumprimento em sua visão do milênio em Apocalipse 20:4. Entretanto, as visões do trono com os anciões em Apocalipse 4 e 5 têm o propósito de descrever uma atividade celestial nos dias de João. Isso significa que João mesmo não pode ser um dos 24 anciões que estão no céu. Além disso, os 24 anciões não se desempenham como juízes, mas sim como sacerdotes reais que adoram a Deus com cânticos de louvor e lançam suas coroas diante do trono (Apoc. 4:10), têm harpas em suas mãos e apresentam a Deus as orações de seu povo em suas taças de ouro cheias de incenso (5:8).

“No Israel da antiguidade ficaram à parte 24 ordens sacerdotais da tribo do Levi para atender a ordem do culto sagrado e também 24 ordens para o ministério de profetizar, com o acompanhamento de liras, harpas e címbalos (1 Crôn. 24:3, 4; 25:1, 6, 9-31). Isto indica que João viu no céu os representantes do povo de Deus do velho pacto.

“No Apocalipse se faz uma distinção entre os “anciões” e os anjos de Deus (Apoc. 5:11; 7:11 ) e constitui um grupo novo e sem par ante o trono de Deus. Formam um característico importante da visão do capítulo 4. Podem ver-se como homens glorificados que saíram vitoriosos sobre o pecado e a tentação. Todos morreram como vencedores. Têm três características que cumprem as promessas de Cristo aos fiéis em Apocalipse 2 e 3: os tronos, os vestidos brancas e as coroas [stéfanos] de vitória (ver 3:5, 11, 21). L. W. Furtado comenta: “Estando [Apoc. 4] precisamente depois destas promessas [de Apoc. 3], a visão dos 24 anciões parece ser a segurança da realidade celestial das promessas”.1 Que os anciões estejam sentados sobre tronos que rodeiam o trono de Deus, é de grande significado:

“”A estes personagens lhes dá uma posição e honra que nega aos anjos mais elevados, até às criaturas viventes; mas sua condição e honra correspondem perfeitamente às promessas feitas precisamente um pouquinho antes no Apocalipse aos escolhidos”” (Extraído de “AS PROFECIAS DO TEMPO DO FIM”; Hans K. LaRondelle).

Em Apocalipse 5, vemos todos os seres celestiais louvando a JESUS CRISTO como vencedor na cruz, vitorioso agora merecedor do louvor de todos e da glória do palácio e do trono celestial. Ele agora não é só DEUS, Rei e Criador, também tornou-Se Redentor!

 

  1. Terça: O livro selado

O livro selado não foi o livro inteiro do Apocalipse, mas aquela parte dos sete selos. Pode-se incluir as sete trombetas nessa parte selada. Hoje Apocalipse é um livro só, naqueles tempos, cada parte era como um livro. Os sete selos relatam as consequências entre os atos da igreja de CRISTO ao longo da história e os atos dos opositores. As trombetas relatam as guerras entre os povos em relação ao cenário religioso e político. Em ambos vemos DEUS no controle agindo de acordo por a Sua vontade, não sendo influenciado por ninguém. DEUS conduz o mundo e não é influenciado pelos atos de satanás, Ele tem Seu plano e devia haver alguém para abrir o livro desse plano, e esse deveria ser digno disso.

A questão na sala do trono era a seguinte: João viu um livro na mão direita do DEUS Pai. O livro precisava ser aberto naquele momento, e não se encontrava alguém digno de abri-lo. A história da igreja estava começando, o Pentecostes logo viria, e alguém precisava conduzir o povo de DEUS. Esse alguém deveria ser digno representante desse povo perante DEUS, ou seja, deveria ser um desse povo, mas um vencedor. Só JESUS cumpria esse requisito. O livro continha o plano de DEUS para a igreja de CRISTO, a que recém estava iniciando e tinha todo o futuro pela frente. Que coisas essa igreja iria enfrentar? Algumas informações já se possuía, pela revelação sobre as sete igrejas. Mas vinha mais informação importante que se necessitaria ter, que era o plano da condução das igrejas ao longo do tempo para que o povo de DEUS alcançasse a vitória. Esse plano deveria ser revelado por alguém digno. Ninguém lá era digno de abrir os sete selos, nenhum anjo, nem o ESPÍRITO SANTO, e nem mesmo o DEUS Pai, que estava com o plano na mão, que conhecia o conteúdo, mas não podia revelar, senão alguém digno.

O que levava alguém a ser digno de abrir o livro? Não era nada relacionado com a lei, obediência ou caráter. Era relacionado com a morte por alguém do planeta Terra, nascido aqui, pertencente àquele povo que seria salvoTinha tudo a ver com a capacidade de prover a graça e o perdão dos pecadosEsse era JESUS, mas não era bem assim. JESUS teria que ter vencido conforme o era o plano, ou seja, como ser humano em lugar de Adão e seus descendentes. Era uma empreitada difícil, de altíssimo risco. Se JESUS pudesse lutar como DEUS, ou pelo menos como um anjo, seria vitória garantida desde o início, mas foi necessário lutar como um ser humano na nossa condição degenerada. Ou a vitória seria uma encenação não válida. Precisava substituir Adão nessa luta.

Pois bem, esse cenário junto ao trono ocorria no primeiro dia da semana, justo o dia em que JESUS havia ressuscitado, e Ele foi para lá certificar-Se de que havia mesmo vencido (ver João 20:17). Então Ele entra na sala do trono e DEUS O declara digno de abrir o livro, isso queria dizer, Ele venceuOu seja, Ele poderia conduzir a Sua igreja conforme o plano de DEUS PaiDaí em diante que começaram os louvores por JESUSImagine se não havia motivos de louvar o vencedor!

Porque Ele era digno de abrir o livro? Ou, porque Ele era digno de conduzir o povo de DEUS aqui na Terra, de antar entre os candelabros? Porque Ele viveu aqui e nunca pecou, ao contrário de Adão e Eva. Porque Ele venceu o mal. Por isso só Ele era digno, nem DEUS Pai, nem o ESPÍRITO SANTO e nem mais quem quer que seja. A sua luta vitoriosa é que conferia essa dignidade. Claro, venceu pelo seu caráter impoluto. Essa história desse evento impressionante continua amanhã.

 

  1. Quarta: Digno é o Cordeiro

““Vi na destra do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, bem selado com sete selos. Vi também um anjo forte, clamando com grande voz: Quem é digno de abrir o livro e de romper os seus selos? E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar para ele. E eu chorava muito, porque não fora achado ninguém digno de abrir o livro nem de olhar para ele. E disse-me um dentre os anciãos: Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, venceu para abrir o livro e romper os sete selos” (Apocalipse 5:1-5).

Quando o anjo bradou perguntando quem era digno de abrir o livro que estava na mão do DEUS Pai, ninguém se apresentou. Ali não havia ninguém digno. Então entrou pela porta aberta JESUS CRISTO, como quem tinha sido morto, mas que sobreviveu pela ressurreição. Entrou e foi em direção do trono, e corajosamente como quem tem certeza da vitória tomou da mão do Pai aquele livro. Quando fez isso, e o Pai concordou entregando o livro, todos entenderam que Ele era o único digno. Isso porque Ele havia morrido vitorioso pelos pecadores. Ela pagou com êxito os pecados dos seres humanos, portanto, agora possuía o direito de liderar os que O queriam seguir lá no mundo. Ele tinha o direito de reivindicar do Pai o perdão dos arrependidos, pois Ele mesmo pagou por tais pecados.

Então houve uma aclamação por parte dos quatro seres viventes acompanhados pelos 24 anciãos. Uniram-se a eles todos os anjos do Céu, e depois, todos os seres viventes de todo o Universo. Havia uma expectativa no Universo em relação ao que se passava na Terra, como ainda há, e agora, em especial, relativo à segunda vinda do vitorioso à Terra.

À pergunta do anjo, quem é digno de abrir o livro e de romper os selos, veio a resposta de todo o Universo, uma multidão de seres inteligentes: “Que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças” (Apocalipse 5:12).

 

  1. Quinta: O significado do Pentecostes

O estudo de hoje faremos em forma de esquema. Facilita a explicação bem como a compreensão. A questão que deveremos entender hoje é, qual foi o propósito do Pentecostes?

Quando JESUS CRISTO foi ao calvário Ele corria risco de falhar. Era um ser humano como nós. A única diferença é que nasceu sem pecado. Nesse aspecto era como Adão antes da queda. Mas nos outros aspectos, era como nós, caídos, ou seja, sujeito a ceder às tentações, pecar e morrer. Ele envelhecia e se não fosse morto na cruz, um dia morreria de velhice, ou até mesmo por alguma doença. Ou por outra caisa, o que temos certeza é que, JESUS, como ser humano, era mortal, tanto é que morreu na cruz. Pois bem, nessa situação Ele corria grave risco de falhar em Sua missão, pois não era um anjo nem um DEUS que estava ali lutando, mas, um ser humano. Penso às vezes: há se fosse eu em Seu lugar, estaríamos todos perdidos.

Então vamos agora à nossa questão do dia de hoje. Afinal, Ele venceu ou não venceu? Se não tivesse vencido, DEUS, o Pai, não aprovaria o Seu sacrifício em lugar do ser humano, e estaríamos todos perdidos, tal como se fosse eu a morrer pela humanidade.

Analisemos primeiramente pelo lado negativo, o cenário que felizmente não aconteceu. Como seria se JESUS tivesse falhado? Algumas coisas podemos discernir. Ele não seria aceito perante o Pai. Ele não seria digno de abrir aquele livro (rolo) dos sete selos, e a igreja de CRISTO ficaria sem seu líder máximo. O ESPÍRITO SANTO não seria derramado. Não haveria sacerdote nem sumo sacerdote no céu. A igreja não teria continuidade nem haveria a pregação do evangelho da salvação da humanidade. JESUS mesmo, como ser humano, estaria perdido, certamente deveria voltar para esta Terra e morrer outra vez, como um de nós. Se Ele tivesse falhado, talvez nem ressuscitasse ao terceiro dia. No Universo haveria um choro só. Nunca mais haveria felicidade em lugar algum desse Universo, pois o planeta Terra estaria perdido para sempre, e enquanto satanás vivesse, pois ele envelhece, também é pecador e portanto mortal, seria o príncipe desse mundo. O inimigo festejaria a sua vitória, pois, assim, ele venceria, e os seres humanos não teriam mais aqui, proteção alguma da parte do Céu… A desgraça por aqui existiria até que tudo se extinguisse pelo fato de ir de mal a pior. O que vai piorando um dia tem término.

Basta de ciosa ruim, isso felizmente não aconteceu, Ele venceu, É desse aspecto que trataremos doravante, respondendo as perguntas acima. Faremos em forma de esquema.

  • Na sexta-feira JESUS foi morto.
  • No primeiro dia Ele ressuscitou.
  • Foi ao Céu, e ali houve o cerimonial que estamos estudando e que está relatado em Apocalipse 4 e 5.
  • Ele foi declarado digno de abrir o livro selado com sete selos, isso quer dizer, foi declarado vencedor. Só o fato de DEUS Pai estender a mão e dar a Ele aquele livro já foi uma demonstração da aprovação.
  • JESUS assentou-Se no trono, ao lado do Pai, no mesmo lugar que ocupara antes de nascer como homem na Terra.
  • Houve aquele tremendo cerimonial envolvendo todo o Universo, em adoração ao vencedor sobre a morte.
  • Então JESUS havia adquirido o direito, por dignidade, de conduzir o Seu povo, aqui na Terra, bem como confirmou o direito que sempre teve, de ser o rei do Universo. Perceba-se que Ele adquiriu um direito a mais, ser Salvador.
  • Voltou à Terra para confirmar os Seus discípulos. Fez isso durante 40 dias.
  • Ao final desse tempo, retornou ao Céu para assumir o cargo de sacerdote, ou seja o intercessor das pessoas que se arrependessem.
  • Recomentou, antes de retornar ao Céu, que seus discípulos ficassem reunidos num mesmo lugar e aguardassem a vinda do ESPÍRITO SANTO.
  • Ao final desses dez dias, veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO. Ele só pôde vir porque JESUS havia vencido.
  • Então eles saíram a ensinar o povo pelo mundo todo sobre as boas notícias e novidades da salvação da humanidade por meio de JESUS CRISTO.
  • Daí em diante, outra luta teve lugar: a oposição de satanás contra a igreja. A mesma oposição contra JESUS satanás já foi perdedor. Agora lhe restava brigar com os seguidores do Salvador e foi o que fez.
  • Então passaram a se cumprir diversas profecias, que também não se cumpririam se JESUS não fosse vencedor. A história se desenrolou bem conforme o previsto por DEUS. Nesse desenrolar, comandando por JESUS, satanás foi se tornando cada vez mais perdedor ao longo de todo tempo. O fato dele ter formado a sua igreja e de ela ser a maior igreja do planeta nada tem a ver com alguma vitória de satanás, pois isso já estava previsto por DEUS. DEUS tem um povo fiel, não é a maioria, mas isso também estava previsto. DEUS não está sendo pego de surpresa por satanás. Por isso, satanás vem amargando derrotas sucessivas, e ele sabe que a sua Babilônia vai acabar caindo por completo, pois a história comprova que a situação está indo nessa direção. Graças àquela vitória de JESUS. A pequena igreja de JESUS é que será a vencedora, embora haja inimigos dentro e fora dela.
  • A culminância do plano da salvação será a segunda vinda de JESUS CRISTO, em glória e majestade. Ocorrerá a ressurreição dos salvos mortos, e todos viajarão pelo espaço sideral em direção à Nova Jerusalém que está preparada para receber os salvos.

Isso tudo, e mais outras coisas boas, só estão ocorrendo porque JESUS venceu. No caso Dele, graças a Ele mesmo, pois no pior momento de Sua missão, nem o Pai pôde estar ao Seu lado, e nem algum anjo, e os homens O abandonaram também. Venceu, e isso é o que vale!

 

 

  1. Resumo e aplicação – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
  2. Tema transversal

Quando Adão e Eva caíram o Céu e o Universo entraram em comoção. Havia um temor do que viesse a acontecer com as pessoas de nosso planeta e também com o restante da criação. O inimigo tomaria o poder em mais lugares? Será que ele não teria ao menos alguma razão? O que DEUS faria agora? Havia uma certa confusão entre os seres inteligentes. Naquele mesmo dia todos ficaram sabendo sobre o tamanho do amor de JESUS. Ele viria morrer em lugar da humanidade. Isso certamente tomou os seres inteligentes de surpresa, o amado JESUS, o Criador, iria ser sacrificado para salvar a vida de duas pessoas, e possivelmente de seus descendentes? Que coisa horrível! Mas já estavam percebendo a diferença entre JESUS e Lúcifer.

Mas com a celebração da vitória a segurança no Universo retornou. Passados 4 mil anos de expectativa e receio, o Rei voltou a ocupar o Seu lugar, o amor de agora em diante, vitorioso, e tudo explicado e bem demonstrado, era justo e correto. DEUS era mesmo confiável, Lúcifer era falso e mentiroso. Havia motivos para uma adoração e um louvor tão intenso, envolvendo num só tempo todos os seres do Universo, menos alguns rebeldes desse nosso planeta.

 

  1. Aplicação contextual e problematização

A rebeldia permanece em duas frentes: a de satanás e seus anjos e ainda por parte de muitos seres humanos. Mas existe em nosso planeta um grupo de pessoas que desejam ser fiéis ao Criador e Salvador vencedor. Nós fazemos parte desse grupo.

 

  1. Informe profético de fatos recentes

Nos dias do tempo do fim não seriam, entre outras coisas, de elevada imoralidade? Sexo livre, abusos, casamento em crise, pedofilia como nunca antes e assim por diante. Mas o que esperar das pessoas comuns quando líderes religiosos, eles mesmos, dão os piores exemplos? Nesta semana em que escrevo o comentário, João de Deus foi preso por abusar de muitas das mulheres que foram consultar com ele, buscar algum milagre. Até a presente data mais de 700 deram queixa na polícia, provenientes de vários estados, algumas são de outros países. Já nos EUA, estado de Ilinóis, a justiça revelou que mais de 600 padres foram enquadrados em abusos de crianças, mas segundo as autoridades, o número deles é bem maior, a igreja vem acobertando. Esses foram descobertos pela justiça, não foram denunciados pela igreja. Vivemos em dias em que a imoralidade atinge níveis tão elevados que não é mais possível não perceber, e muitas coisas vem sendo descobertas. Está previsto profeticamente. Não foi assim nos dias de Noé? E não aconteceu o mesmo nos dias de Ló, em Sodoma e Gomorra? Não seria do mesmo modo nos dias finais? Graças a DEUS, esses males que acontecem são também profecias se cumprindo e nos informando que a vinda de JESUS está próxima. A degeneração da sociedade humana foi vista por DEUS antes de acontecer, e Ele fez a profecia. Que não ocorram estas coisas em nosso meio, cuidemos para que fiquemos em pé, dando perfeito exemplo ao mundo do que DEUS deseja dos seres humanos.

 

  1. Comentário de Ellen G. White

“Para além da cruz do Calvário, com sua angústia e opróbrio, contemplou Jesus o grande dia final, quando o príncipe das potestades do ar encontrará sua destruição na Terra tão longamente desfigurada por sua rebelião. Jesus contemplou a obra do mal para sempre finda, e a paz de Deus enchendo o Céu e a Terra.

“Daí em diante os seguidores de Cristo haviam de olhar a Satanás como inimigo vencido. Na cruz havia de alcançar a vitória por eles; essa vitória queria Jesus que aceitassem como deles mesmos. “Eis que vos dou poder para pisar serpentes, e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum.” Luc. 10:19” (O Desejado de todas as nações, 490).

 

  1. Conclusão

“”A palavra é: Avante; desempenhai-vos de vosso dever individual, e deixai todas as conseqüências nas mãos de Deus. Caso avancemos segundo a direção de Jesus, veremos Seu triunfo, partilharemos de Sua glória. Precisamos partilhar os conflitos se havemos de cingir a coroa da vitória. Como Jesus, precisamos ser aperfeiçoados mediante o sofrimento. Houvesse a vida de Cristo sido uma vida cômoda, poderíamos com segurança entregar-nos à indolência. Uma vez que Sua vida foi assinalada por contínua abnegação, sofrimento e sacrifício, não nos queixaremos se com Ele os partilharmos. Podemos andar com segurança na mais escura senda, caso tenhamos a Luz do mundo por nosso guia” (Mensagens escolhidas, v1, 29).