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COMENTÁRIOS DA LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA

1º Trimestre de 2025 - O AMOR E A JUSTIÇA DE DEUS


Comentário da Lição 11 da Escola Sabatina - O que mais Eu poderia ter feito?
Publicado em 7 de março de 2025 por Ligado na Videira
Sábado - O que mais Eu poderia ter feito?
Que Lição extraordinária! Esta semana deveria ter sido o trimestre todo. Sinceridade, senti até mesmo dificuldade em separar o assunto dia por dia. Dá vontade de fazer um geralzão. Que assunto belíssimo!
Já falei em janeiro, e não é pecado repetir nem em fevereiro e nem em março: Todos os atributos de Deus andam juntos. Não há como Ele agir com amor Se esquecendo ou não usando a justiça. E o inverso também. Nenhum de Seus atributos brigam entre si. Não se opõem. Não se contradizem. Por sinal, não gosto quando falam de uma tal moeda: "Ah! Você fala do amor de Deus, mas se esquece que do outro lado da moeda está a justiça de Deus". Irmãos, jamais o amor de Deus vai olhar para um lado diferente do olhado pela justiça de Deus. Jamais! Ambos olham para o mesmo todo.
Bem, o Eterno Deus criou a humanidade para que esta vivesse eternamente. E embora ela tenha perdido o rumo da vida eterna, Deus continuou trabalhando, agora como Redentor, para trazê-la para o rumo certo. Não há uma ação de Deus que não seja para esse objetivo. Nada Ele faz que não seja para nos restaurar (Romanos 8:28).
Reparem que, diante do espelho ou de uma fotografia, os nossos olhos buscam enxergar a nossa própria pessoa. E isso não é diferente quando explicamos o Plano da Redenção. Sempre a raça caída, sempre o pecador. Mas a Lição desta semana nos oferece um colírio - e o bom uso desse colírio nos faz procurar a pessoa de Deus dentro do Plano da Redenção.
É tão bom ver o rosto de uma pessoa sendo batizada - mas, e o rosto de Deus? A gente sente uma tristeza ao saber que uma pessoa faleceu longe dos caminhos da salvação - mas, e os sentimentos de Deus?
Vamos dar uma olhadinha na Lição e aprender um pouco sobre isso? Vamos estudá-la tentando olhar para Deus dentro de todos os contextos da salvação, e da perdição.
Estão preparados? Então, vamos começar.
Domingo - Cristo, o Vencedor.
Adão foi nomeado "príncipe deste mundo" - mas Deus continuou sendo o Rei. Nunca perdeu a Sua soberania. O mundo nunca deixou de ser Seu.
Tendo desobedecido, Adão perdeu esse status, e quem o usurpou foi a serpente que virou dragão. E Jesus faz menção disso: "Aproxima-se o príncipe deste mundo…" Porém, uma das razões da cruz do Calvário foi o resgate desse status. Jesus tirou do inimigo o que este usurpou, e vai devolvê-lo a Adão - e nós vamos estar presentes nesse Dia. Será um Dia inesquecível. O Dia em que o Criador vai abraçar novamente aquele que Ele moldou com Suas mãos, e nele soprou o Seu hálito de vida.
Quanta coisa bonita a vitória de Jesus nos reserva!
Irmãos, vejam na Lição os vários versos indicados. É um verdadeiro estudo bíblico. Vale a pena fazer uma listinha para uso em ocasião oportuna. Não perca a oportunidade.
E o resumo é: Estamos do lado vitorioso. Nosso Senhor Jesus Cristo é o Vencedor. E mesmo havendo sofrimento enquanto o Dia do reencontro com Adão não chega, sabemos que o Dia vai chegar. E quando chegar, os sofrimentos parecerão como nada - uma fumaça, uma névoa.
Apocalipse 17:14 - "… Serão vencedores também os chamados, os eleitos e fiéis que estão com o Cordeiro".
Segunda - Justo e Justificador.
Quando se fala em "justiça de Deus", geralmente nos surge a ideia de um juiz severo, carrancudo. Alguém pintou essa imagem em nossa mente. E ainda há pessoas que alimentam isso através de suas palavras. O tom da voz muda ao falar da justiça de Deus. Chegam a bater na mesa do púlpito, como que querendo chamar a atenção.
Irmãos, a justiça de Deus é Deus agir como um Juiz Justo. Não há nada que Ele não saiba. Tudo Ele viu e ouviu. Absolutamente nada Lhe escapa. E Ele simplesmente julga com absoluta retidão. Ao tomar a decisão e proferir o veredito, o faz com amorosa honestidade e transparência.
Mas, antes do veredito final, propriamente dito, lembremos: Deus foi acusado pelo inimigo. E é este inimigo quem alimenta pessoas que alimentam outras pessoas com a ideia de um Deus severo, bruto, implacável, justiceiro.
Em razão dessa dúvida plantada pelo inimigo, muitos deixaram de ver como Deus verdadeiramente é. Tristemente, a terça parte dos anjos caiu na conversa fiada do inimigo. E Deus suportou isso. Aguentou firme. Ele deixou o mal se encorpar, se desenvolver. Deixou o inimigo praticar algumas de suas mentirosas invenções - até que chegou o Dia da cruz do Calvário.
Ali, a parte que tinha dúvida, ou que guardava algum tipo de simpatia pelo inimigo, viu escancaradamente o verdadeiro caráter de Deus. E viu que Deus é Justo ao eliminar os praticantes do mal, e Justo ao perdoar aqueles que aceitam a Sua dádiva de perdão e restauração. O bisturi cirúrgico de Deus é de altíssima precisão!
Eu confio que Deus só age para a minha salvação. Eu O vejo de braços estendidos ao meu redor o tempo todo. Seja para me proteger, seja para me pegar de volta, eu só vejo Deus trabalhando para a minha salvação. Eu vejo a justiça de Deus me salvando. Mas, eu estarei entre os salvos? Bem, todos vocês já sabem que a resposta é "depende", mas, antes de responder, olhemos para o rosto de Deus - e, olhando para Seus olhos, perguntemos: "O Senhor deixou de fazer alguma coisa para a salvação de alguém?" - "Ficou faltando alguma coisa de Sua parte?" E a resposta dEle todos vocês já sabem também: "Não poupei nem Meu Filho!"
Irmãos, Jesus destruiu "as obras do diabo". Jesus destruiu "aquele que tem o poder da morte". E isso Ele só pôde fazer dando a Sua vida em substituição da nossa. Portanto, só não estarei entre os salvos se eu escolher não estar.
Terça - O cântico do Meu amado.
Eis uma parábola no Livro de Isaías, no capítulo 5: "1 Agora cantarei ao Meu Amado o Seu cântico a respeito da Sua vinha. O Meu Amado teve uma vinha numa colina fértil. 2 Ele cavou a terra, tirou as pedras e plantou as melhores mudas de videira. No meio da vinha Ele construiu uma torre e fez também um lagar. Ele esperava que desse frutas boas, mas deu frutas podres. -3 E agora, ó moradores de Jerusalém e homens de Judá, peço que julguem entre Mim e a Minha vinha. 4 Que mais se podia fazer à Minha vinha, que Eu não lhe tenha feito? E como, esperando Eu que desse frutas boas, veio a produzir frutas podres?"
No capítulo anterior, Deus está falando do Monte Sião. Aqui, Ele o chama de "colina fértil". Nesse lugar, Deus plantou "a melhor semente". Semente escolhida, preparada, pronta para dar "a melhor fruta" e "o melhor suco", e "a melhor geleia".
Voltando para o capítulo 5, o verso 7 revela que a semente é o povo judeu, é Israel. E, como a História comprova, em vez de um fruto doce, veio um fruto azedo. Mas, interessante é que Deus Se permite ser julgado. Permite que se averigue como Ele procedeu e como a vinha correspondeu. Deus não teme que Seus registros sejam vistos. E lança um desafio: "- Que mais se podia fazer à Minha vinha, que Eu não lhe tenha feito?"
Agora nós vamos pular para Mateus 21.
Quarta - A parábola do Dono da vinha.
Era a última terça-feira de Jesus. Indo para o Templo, com fome, viu uma figueira que parecia ter figos, mas só parecia. Tendo sido enganado, Jesus faz Seu único milagre negativo. Isso é estranho, mas Ele o faz. Ao Seu mando, a figueira secou.
Feito isso, entrou no Templo, onde respondeu com parábolas alguns questionamentos. Dentre as parábolas, a dos lavradores maus: "33 - Escutem outra parábola. Havia um Homem, Dono de terras, que plantou uma vinha. Pôs uma cerca em volta dela, construiu nela um lagar, edificou uma torre e arrendou a vinha a uns lavradores. Depois, ausentou-Se do país.34 Quando chegou o tempo da colheita, o Dono da vinha mandou os Seus servos aos lavradores, para receber os frutos que cabiam a Ele.35 Mas os lavradores, agarrando os servos, espancaram um, mataram outro e apedrejaram ainda outro.36 O Dono enviou ainda outros servos em maior número; e os lavradores fizeram a mesma coisa com eles.37 Por último, o dono da vinha enviou-lhes o Seu próprio Filho, pensando: - O Meu Filho eles respeitarão.38 Mas os lavradores, vendo o Filho, disseram uns aos outros: - Este é o herdeiro; venham, vamos matá-Lo e ficar com a herança dEle para nós.39 E, agarrando-O, lançaram-No fora da vinha e O mataram".
Lá em Isaías, Deus perguntou: "- Que mais se podia fazer à Minha vinha, que Eu não lhe tenha feito?" Aqui em Mateus, no verso 40, Ele pergunta: "- Quando, pois, vier o Dono da vinha, que fará àqueles lavradores?"
Lá em Isaías, Ele Se permitiu ser julgado. Aqui em Mateus, os julgadores responderam no verso 41: "- Fará perecer horrivelmente aqueles malvados e arrendará a vinha a outros lavradores que Lhe entregarão os frutos no tempo certo".
Irmãos, até os culpados chegam à conclusão: Deus é absolutamente Justo. Sua justiça é justa. Seja qual for a sentença, Deus é total e absolutamente Justo.
Mas, e se eu não estiver entre os salvos? Resposta: Deus continua sendo Justo.
Quinta - A vindicação do nome de Deus.
Na Lição de segunda, dissemos que "Deus foi acusado pelo inimigo". O inimigo sujou o nome de Deus. Disse que o caráter dEle não era como Ele dizia ser. Como resolver isso?
Vejam o bisturi de altíssima precisão de novo: Deus permitiu que as obras do inimigo provassem quem o inimigo é, e Se permitiu ser provado por Suas próprias obras. As obras de Deus "vindicam" o Seu nome. O que Deus tem feito "defende" o Seu caráter. O que Deus tem feito "revela" quem Ele é.
"Pelos seus frutos os conhecereis" vale para o inimigo, e vale para Deus. A cruz do Calvário "vindica" o nome de Deus. Na cruz, Ele revela o Seu caráter: um Deus de amor e de justiça.
Paulo, em Hebreus 2:3, pergunta: "- Como escaparemos nós, se não levarmos a sério tão grande salvação?"
Lá em Isaías, Deus havia perguntado: "- Que mais se podia fazer à Minha vinha, que Eu não lhe tenha feito?"
Queridos irmãos, é uma pena essa Lição 11 não ter sido a Lição do trimestre todo. Que pena!
Termino falando do Juízo que está prometido para o milênio. Nele, veremos o livro de cada pessoa e de cada anjo. Veremos que os anjos do mal recusaram as obras de Deus. Veremos que as pessoas não salvas recusaram a salvação.
Sejamos, irmãos, os que "veremos".
Sexta - Conclusão.
Numa antiga Meditação Matinal de Ellen White, está escrito: "O fato de sermos chamados a suportar a prova mostra que o Senhor Jesus vê em nós alguma coisa de precioso que deseja desenvolver. Se nada visse em nós que pudesse glorificar Seu nome, não desperdiçaria tempo a depurar-nos. Não lança pedras sem valor na Sua fornalha. É o minério precioso que Ele depura.
Deus não conduz jamais Seus filhos de maneira diferente da que eles escolheriam se pudessem ver o fim desde o princípio, e discernir a glória do propósito que estão realizando como Seus colaboradores.
Tudo quanto nos tem confundido acerca das providências de Deus será esclarecido no mundo vindouro. As coisas difíceis de serem compreendidas terão então explicação. Os mistérios da graça nos serão desvendados. Naquilo em que a nossa mente finita só via confusão e promessas desfeitas, veremos a mais perfeita e bela harmonia. Saberemos que o amor infinito dispôs as experiências que nos pareciam as mais difíceis. Ao reconhecermos o terno cuidado dAquele que faz todas as coisas contribuírem para o nosso bem, regozijar-nos-emos com júbilo inexprimível e repleto de glória.
Aquele que estiver impregnado do Espírito de Cristo, habita em Cristo. O golpe que lhe é dirigido cai sobre o Salvador, que o circunda com Sua presença. O que quer que lhe aconteça vem de Cristo. Não precisa resistir ao mal, porque Cristo é sua defesa. Nada lhe pode tocar a não ser pela permissão de nosso Senhor; e todas as coisas que são permitidas 'contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus'.
Nosso Pai celeste tem mil maneiras de nos prover as necessidades, das quais nada sabemos. Os que aceitam como princípio dar lugar supremo ao serviço de Deus, verão desvanecidas as perplexidades e terão caminho plano diante de si.
Como criancinhas, confiai-vos à guia dAquele que 'guarda os pés dos Seus santos'.
Deus nos abençoe.
Carlos Bitencourt / Ligado na Videira