COMENTÁRIOS DA LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA

Segundo Trimestre de 2025

ALUSÕES, IMAGENS E SÍMBOLOS
Como Estudar a Profecia Bíblica

Lição 10 — Para quem o fim tem chegado — Comentário da Lição da Escola Sabatina

Publicado em 30 de maio de 2025 por Ligado na Videira

Sábado — Para quem o fim tem chegado.

Tem umas coisas relacionadas ao futuro que nós precisamos entender, e a chave para esse entendimento está no passado. Sendo assim, vamos trazer à memória algumas histórias lá dos tempos antigos. Vamos prestar atenção nos pormenores, nas entrelinhas.

E já de começo, recomendo: olhem para a graça, a misericórdia, a salvação. Olhem para um Deus que trabalha incansavelmente para a salvação de todos.

Todos serão salvos? Não; mas olhem para a salvação. Quem não se salvar vai para onde? Não fiquem pensando nisso; pensem na salvação.

[Vou sugerir algumas leituras adicionais. Creio serem úteis. Que sirvam de luz para todos].

Domingo — A ira do Cordeiro.

Imaginemos estar no Dia da volta de Jesus. Diante de nossos olhos, vemos os que dormiram no Senhor ressurgindo das sepulturas, e nós, os que não experimentamos a morte, a eles nos unimos para contemplar o céu nublado de anjos, vindo em nossa direção, tendo, ao centro, o brilho da majestosa luz da presença de Jesus Cristo.

Vocês lembram o que a profecia nos ensina sobre os dias que antecedem esse evento? Falemos disso, mas falemos de trás pra frente: por último, a porta da graça foi fechada; antes, todos tomaram suas decisões; antes, o evangelho foi pregado em todo o mundo; antes, a chuva serôdia foi abundantemente derramada.

Irmãos, no Dia da volta de Jesus, os ímpios vivos sabem o que está acontecendo. Foram evangelizados. Não são ignorantes. A mesma chuva que molhou o lábio dos evangelizadores, molhou também o ouvido de todos eles. O problema é que eles, por não terem aceitado a mensagem, ficam totalmente aterrorizados diante da luz que estão vendo, e pedem para não vê-la; pedem para dela se esconder.

Estão diante do Juiz — mas estão sem Advogado. Estão diante dAquele que Se dispôs salvá-los — mas não estão salvos. Como, então, não ficar pasmo diante desse confronto com Aquele que é “Santo, Santo, Santo”?

O nome disso, irmãos, é “a ira” de Deus; o juízo de Deus; a manifestação do nojo e do desprazer de Deus em relação ao pecado. E o pecador sente esse golpe. Seus joelhos tremem diante da glória de Deus, cujo brilho havia sido contido e velado por ocasião de Sua conversa com Adão, Eva e a serpente. É disso que a pergunta número 1 fala. E, casando com a pergunta 2, matamos a charada: Quando o pecador endurece o coração, nem os animais entrando de dois em dois na arca de Noé é suficiente para chamar a sua atenção.

(Mas, jamais se esqueçam disso: A mesma gloriosa luz da presença de Jesus não é fogo consumidor para o “salvo”. Portanto, o que é “ira de Deus” para um, não o é para outro).

Bem, já que citamos os animais entrando na arca de Noé, continuemos a falar sobre isso…

Segunda — O evangelismo de Noé.

Noé recebeu a revelação de que um juízo Divino seria feito. Mas, costumeiramente, falamos mais da última semana pra frente (o castigo) do que dos 120 anos entre a revelação e a tal última semana (o tempo de graça) — e, convenhamos, isso não é ser justo com o “juízo”; não é ser justo com o Juiz.

Irmãos, foram 120 anos de evangelização; 120 anos de graça e misericórdia; tempo suficiente para arrependimento e santificação; tempo para nascer uma nova geração comprometida com Deus. Foram 120 anos para que corrigissem o rumo da história, e revertessem a sentença.

Durante esse período, lembremos, Deus mantinha Seu olhar de justa observação sobre tudo e todos. Ele foi Fiel em todas as anotações que fez. Nenhuma vírgula foi colocada sem que houvesse motivo; e nenhuma vírgula foi descuidadamente deixada de ser anotada.

Também durante esses 120 anos, várias pessoas morreram. Uns morreram arrependidos, e aguardam a primeira ressurreição. Outros não aceitaram o evangelho, e só vão abrir os olhos na segunda ressurreição.

Faltando uma semana para o castigo, a porta da arca então foi fechada. Foi uma semana de zombarias. Uma semana achando que outras semanas viriam. Até que…

Irmãos, vocês querem saber como serão os últimos dias? Olhem para onde Jesus olhou, e fiquem sabendo: “Pois assim como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem. Pois assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem” (Mateus 24:37-39).

Vejamos outra história interessante…

Terça — A história de Sodoma e Gomorra.

Considerando que Adão foi criado no ano 1, o dilúvio ocorreu no ano 1657 — e, quase 300 anos depois, nasceu Abraão. (Por essa contagem, chamada de Anno Mundi, Abraão é de 1949). E quando ele nasceu, já havia ocorrido a história da Torre de Babel.

Bem, quando Abraão estava com quase 100 aninhos (400 anos depois do dilúvio), ocorreu a história de Sodoma e Gomorra. E que história! Tudo o que provocou o dilúvio estava se repetindo. O infeliz do pecado entrou na arca, sobreviveu ao dilúvio, foi espalhado em Babel, e estava em pleno vigor nas campinas do Jordão. E Deus voltou a agir com juízo.

Irmãos, não tem como o Santo Deus ficar inerte em relação ao pecado. Não tem como Ele fechar os olhos e viver como se nada estivesse acontecendo. Não seria justo.

Diz o salmista Davi: “O Senhor está no Seu santo templo; nos céus o Senhor tem o Seu trono; os Seus olhos estão atentos, as Suas pálpebras sondam os filhos dos homens” (Salmo 11:4).

Mas, a Lição não é sobre a destruição de Sodoma e Gomorra. É sobre uma chave que abre o nosso entendimento para o que está para ocorrer. O dilúvio nos mostrou que um juízo estava em andamento. Sodoma e Gomorra também mostram isso. E tanto Noé quanto Ló foram os pregadores de Deus nesse período anterior à sentença final.

Na visão de Isaías 6, uma pergunta foi feita: “A quem enviarei, e quem há de ir por Nós?” Irmãos, que a nossa resposta seja exatamente a de Noé, a de Ló e a de Isaías: “Eis-me aqui, envia-me a mim”.

“Mas a coisa vai ser feia! Como é que eu vou fazer isso?” — Irmãos, olhem para a chuva serôdia! Olhem para a chuva serôdia!!!

Antes da chuva do dilúvio, Noé foi encharcado pela chuva serôdia. Antes da chuva de fogo, Ló foi encharcado pela chuva serôdia.

(Por falar em Ló, uma sugestão: Paremos de falar mal de Ló. Na Bíblia, Deus Se refere a Ló como um homem “justo”. Devemos lembrar que as filhas dele eram virgens diante de um caos moral. E elas aprenderam a integridade de caráter com o pai e a mãe. E quanto a mãe delas, que era a esposa de Ló, lembremos das palavras de Paulo: “Quem está em pé, cuide para que não caia”).

Bem, Noé, Ló, Isaías, eu e todos vocês, todos somos pregadores da mensagem de salvação. Que privilégio!

Quarta — O Juiz de toda a Terra.

Prestem atenção nessa cronologia: em Gênesis 13, Ló vai morar em Sodoma, e lá vive sua vida íntegra. Passa um tempo e, no capítulo 14, a cidade é saqueada e seus moradores são levados cativos. Nesse episódio, Abraão intercede, guerreia em favor deles, vence, devolve tudo a todos, e não aceita recompensa. Que testemunho!

Nos capítulos 15, 16 e 17, a vida continua. Abraão peregrina, e nasce Ismael. Quanto tempo se passou? Não sabemos, mas foi um tanto. Pra se ter uma ideia, a circuncisão surgiu quando Ismael estava com 13 anos!

Bem, é no capítulo 18 que Deus revela para Abraão a destruição das ímpias cidades da campina do Jordão. Portanto, reparem, depois de muitos anos de evangelização e de tolerância é que Deus chamou esse povo para um juízo; a misericórdia pleiteou por eles esses anos todos; Ló pregou para eles, e o fez através de seus lábios e vida justa; e Abraão havia sido prova de que existe um Deus que ajuda todos os que nEle confiam.

Irmãos, enquanto uns veem o fogo queimando, vejamos o seguinte: Foi dado tempo de graça para Sodoma e Gomorra; e, na véspera da destruição, Abraão perguntou para Deus, no verso 24 — “Se houver, por acaso, cinquenta justos na cidade, ainda assim destruirás e não pouparás o lugar por amor dos cinquenta justos que nela se encontram?” E Deus respondeu que pouparia, sendo que POR QUATRO VEZES Ele usou a expressão “por amor, pouparei” (versos 26, 29, 31 e 32).

E agora? Qual é a chave profética nessa história? A chave é: Deus sabe o que vai acontecer, e, para os que Lhe são fiéis, Ele revela os acontecimentos futuros; e estes, por sua vez, tendo recebido a revelação, por amor passam a ser mediadores; por amor suplicam por mais misericórdia; e por amor saem a pregar a respeito de uma salvação disponível.

Quinta — O juízo pré-advento.

Nas Profecias do Livro de Daniel, vemos claramente que há um juízo em andamento; vemos que Deus está realizando um juízo. Mas, como esse juízo se desenrola? — Vocês querem saber? Se sim, olhem para o Santuário. Se não, não importa — o juízo está sendo feito mesmo assim.

O pecador arrependido levava uma oferta para o Santuário. No final da cerimônia, ele saía de lá perdoado; mas, o seu pecado “sujava” o recinto. E, num determinado dia do ano, o sumo sacerdote fazia a limpeza do local.

O nome desse dia é “dia da expiação”, dia da limpeza, dia do perdão. É a primeira fase do juízo, que é chamada de “juízo investigativo”. É a fase onde se investiga e resolve o problema do pecador “arrependido”. REPITO: onde se resolve o problema do pecador “arrependido” — do pecador que pediu perdão, que foi perdoado, que passou a viver uma nova vida. Esse juízo também é chamado de “juízo pré-advento”. Começou num determinado momento profético e acaba quando fecha a porta da graça. (Lembram da porta da arca sendo fechada?).

Bem, nós não somos chamados para “empurrar” as pessoas que estão na beira do barranco. Nosso papel não é dizer-lhes: “Já que vocês precisavam de um último incentivo para cair, ei-lo!” Não. Nós não somos chamados para aplicar a disciplina punitiva. Nosso papel é promover a disciplina redentiva. É orientar para que saiam da beira do barranco. Que venham para um lugar seguro. Que venham para o lado da salvação.

Irmãos, durante o juízo pré-advento, está ocorrendo o “evangelismo” pré-advento. Não é o chicote que resolve o problema do pecador. A solução está na cruz do Calvário. Está no sacrifício de Jesus. E é de Jesus que devemos falar a toda tribo, língua e nação.

Sexta — Conclusão.

Como a Lição deve ser terminada? Percebi que a melhor maneira é usando o verso para memorizar, que antigamente era chamado de “verso áureo”: “¹¹ Estas coisas aconteceram com eles para servir de exemplo e foram escritas como advertência a nós, para quem o fim dos tempos tem chegado. ¹² Por isso, aquele que pensa estar em pé veja que não caia” (1Coríntios 10).

Irmãos, é um privilégio ter sido alcançado pelo evangelho. Que alegria será encontrar quem evangelizou minha família lá atrás! Tempos difíceis, mas o evangelista se fez presente. E louvado seja Deus.

Outro privilégio é continuar espalhando o evangelho. Que alegria será, no dia da volta de Jesus, encontrar todos aqueles que ajudamos através da evangelização. Tempos gloriosos nos aguardam! E louvado seja Deus.

Deus nos abençoe.

Carlos Bitencourt / Ligado na Videira