* Vamos entender o título: João conta muitas histórias de Jesus. Mas, qual é a história por trás de todas as histórias? É o prólogo. É o que vem antes. O início do início. Tudo acontece porque teve um começo. No caso do Evangelho, o começo está em Jesus ainda no Céu, em Sua posição Divina. O nosso Jesus é Deus!
Sábado – A história de fundo: o prólogo.
A Lição desta semana me fez lembrar de Moisés diante da sarça ardente. Estudar que Jesus Cristo “era o Verbo”, “e Se fez carne”, “e habitou entre nós”, exige que tiremos as sandálias de nossos pés, pois esse tema é sagrado. Um assunto muito profundo. De extrema delicadeza.
Dentre todos os capítulos teológicos da Bíblia, João 1 é O Capítulo. Nos seminários, muitas aulas são dedicadas para seu estudo. Nos livros, muitas páginas. E nós, aqui, na Escola Sabatina, vamos ter que resumir o resumo – sabendo, com isso, que só vai nos restar o gostinho de quero mais.
Tendo que começar a Lição, começo com uma pergunta que entendo ser importantíssima. Prestem atenção nela. Jamais se esqueçam dela. A pergunta é: “Por que Jesus tem LEGITIMIDADE para ser o nosso Salvador?”
Antes de responder, façamos algumas considerações. Vejamos o que João, inspirado pelo Espírito Santo, falou a respeito disso. É muito importante compreender esse tema. Através dele, já de início, vemos duas coisas ao mesmo tempo: que o pecado é uma desgraça; e que Deus nos ama muito. Esse muito é exageradamente muito. Ama tanto, mas tanto, que deu a Sua vida em resgate da nossa.
Primeira coisa a ser considerada: Gênesis 1:1 fala “no princípio”, e João 1:1 também fala “no princípio”. Será que Moisés e João estão falando a mesma coisa? Não. Não estão. Moisés está falando de um determinado ponto no tempo: o princípio da nossa criação; o momento em que foi iniciada a semana da criação. João, diferentemente de Moisés, está falando que Jesus é Eterno. Que Jesus é preexistente. Existia desde antes da manjedoura. Desde antes de Abraão existir. Desde antes do “princípio” relatado por Moisés. Nunca houve um tempo em que Jesus não existisse. Ele é Deus!
Segunda coisa a ser considerada: “No princípio era o Verbo”. Para nós, na língua portuguesa, “era” significa que deixou de ser; não é mais; era. No original grego, “era” expressa continuidade de existência; continua sendo. É como se disséssemos: “Ele é porque Ele era; Ele vai continuar sendo porque Ele era“. É por isso que o apóstolo Paulo não teve dificuldade nenhuma em falar que “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente” (Hebreus 13:8). Em Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 228, Ellen White explica assim: “Desde a eternidade esteve Cristo unido ao Pai, e quando assumiu a natureza humana, era ainda um com Deus”.
Portanto, ao saber que Jesus “é” Eterno, compreendemos que Ele nunca “Se tornou” Eterno; nunca “passou a ser” Eterno. Ele “é” Eterno. E, sendo Eterno, Ele é um com o Pai. Ele não é um ser criado pelo Pai. Sua vida não deriva do Pai (fato que acontece com anjos e seres humanos). Jesus “é” a vida. Jesus “é” Deus.
Agora, voltemos para a pergunta: “Por que Jesus tem legitimidade para ser o nosso Salvador?” – Resposta: Porque Ele “é” a VIDA. Ele oferece o que Lhe é próprio. Diferentemente disso, anjo tem vida concedida por Aquele que “é” a VIDA. Anjo é criatura. Essa vida do anjo é pouco diante da dívida de uma criatura caída. Anjo não tem legitimidade. Nem Adão, quando ainda santo, poderia dar a vida por Eva pecadora.
Em João 10:17-18 está escrito: “Eu dou a Minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de Mim; pelo contrário, Eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la”.
Irmãos, nós fomos salvos pela vida de Deus. O Eterno colocou Sua eternidade na cruz do Calvário. O Eterno descansou na sepultura. O Eterno, Vitorioso, ressuscitou. Vejam como o pecado é uma desgraça! Ninguém poderia pagar o nosso resgate, a não ser o grande EU SOU – Aquele que É. Ao mesmo tempo, vejam como Deus nos ama. A cruz revela o eterno tamanho de Seu amor.
Respondam: Vale ou não vale viver por Ele?!
Domingo – No princípio: o Logos divino.
Continuando: João começa seu Livro nos ensinando que “o Eterno é o Verbo”. Ou seja, Cristo é a expressão máxima de Deus; a revelação Divina; Aquele que comunica o que é de Deus. Ele é a exata fala de Deus. Quem falaria de Deus a não ser o próprio Deus?
Para tudo ser criado, a “vontade” do Criador foi manifestada, foi expressada. A isso chamamos de “a Palavra”, “o Verbo”, “o Logos”. Ele falou, e tudo passou a existir. Portanto, a Palavra está antes da criação. O Verbo é quem cria. O Princípio de João 1:1 está antes do princípio de Gênesis 1:1. João registrou, no Apocalipse, uma afirmação do próprio Senhor Jesus: “Eu Sou o Alfa e o Ômega”. E, no exato momento em que Adão passou a ser um pecador, o “Princípio” Se posicionou como Salvador, como Redentor, pois esta era a “vontade” de Deus. É por isso que o apóstolo Paulo entra nesse assunto, falando assim: “(Deus) nos salvou e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o Seu propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos” (2Timóteo 1:9).
Uma explicação adicional quanto as palavras “Pai” e “Filho”. Pensem num fulano qualquer. Bem, esse fulano é muitas coisas ao mesmo tempo: filho, irmão, primo, sobrinho, marido, pai, vizinho, profissional, etc. Mas, se queremos falar dele somente na questão profissional, nos referimos a ele pela “função”: patrão, ou empregado, ou colega de trabalho. Se queremos falar considerando os laços familiares, usaremos as palavras filho, pai, neto, etc. Ou seja, conforme o nosso ponto de vista, damos a designação que melhor corresponde.
A Bíblia nos ensina que Adão é filho de Deus – sendo assim, Deus é Pai. Na sequência, sabemos que Aquele que chamamos de segunda pessoa da Divindade, ao assumir a humanidade, colocou-Se na posição de Adão – ou seja, colocou-Se na posição de Filho – Filho de Deus; Filho do homem. Em razão do ponto de vista dos escritores bíblicos, Ele já havia sido chamado de Criador, de Comandante, de Rei, de Príncipe, de Advogado, de Juiz, de Senhor, de Servo, de Miguel, de Emanuel. Tudo dependeu da função que precisava ser destacada. Porém, a posição “Filho” incomoda algumas pessoas. Tem gente que fica incomodada com a expressão “segunda” pessoa da Divindade. Acham que isso significa ter sido gerado. Acham que isso significa inferioridade. Mas isso não tem nada a ver! Ele nunca deixou de ser Senhor quando Se tornou Servo. Ele nunca deixou de ser Deus quando Se tornou Homem. Ele nunca deixou de ser primeiro quando Se posicionou como segundo. Nunca deixou de ser Pai quando Se tornou Filho.
Olha o que o Espírito Santo fez Paulo escrever: “Mesmo existindo na forma de Deus, (Cristo) não considerou o ser igual a Deus algo que deveria ser retido a qualquer custo.Pelo contrário, Ele Se esvaziou, assumindo a forma de Servo, tornando-Se semelhante aos seres humanos” (Filipenses 2:6-7).
Quanto ao Pai, saibam que Ele poderia ter vindo aqui e passado por tudo o que o Filho passou. Qual teria sido a diferença? A diferença é que o Pai seria chamado de Filho, e o Filho, de Pai. O primeiro, de segundo, e o segundo, de primeiro. Pois tudo depende do ponto de vista de quem escreve. A mesma situação seria se o Espírito Santo tivesse vindo para a cruz.
Irmãos, a Divindade inteira trabalhou, trabalha e vai continuar trabalhando para a nossa salvação. Cada um cumprindo uma função.
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Segunda – A Palavra Se fez carne.
A encarnação de Jesus se dá em razão do Plano da Salvação. Adão e Eva pecaram, e teriam que morrer. Então, que fique bem claro, a humanidade teria que deixar de existir. Assim cobrava a justa palavra de Deus, em conformidade com a Sua santa Lei. No entanto, para surpresa dos anjos e até mesmo de Adão e Eva, Jesus falou que pagaria a pena no lugar da humanidade – e a condição lógica para isso era que Ele Se tornasse Homem.
Reparem: Jesus nunca Se tornou Deus. Por quê? Porque Ele “é” Deus. Sempre foi, continua, e sempre será. Ele é. Mas, Ele Se tornou Homem. Um corpo Lhe foi preparado. Assumiu a natureza humana. O Verbo Se fez carne. E essa condição não existia, mas passou a existir, e perdurará por toda a eternidade. Nunca mais deixará de ser Homem. Mais especificamente, Deus-Homem – um ser singular.
Assim, o Plano da Salvação poderia ser executado. NEle, por assumir a culpa de Adão e Eva, a humanidade pagaria a pena exigida pela Lei. Corretamente, Ele é chamado de “o segundo Adão”.
Quanto a ressurreição, por ter vida em Si mesmo, ressurgiu. Vivendo entre nós, teve uma vida justa diante da Lei de Deus. Foi aprovado pelo Pai, e por Ele foi autorizado a viver novamente. “Dou a Minha vida para recebê-la outra vez.Ninguém tira a Minha vida; pelo contrário, Eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para entregá-la e também para reavê-la. Este mandato recebi de Meu Pai” (João 10:17-18). “Estive morto, mas eis que estou vivo para todo o sempre” (Apocalipse 1:18).
Saibam de uma coisa: Teria sido muita humilhação Jesus ter Se tornado Homem para viver dentro do santo Éden. Imaginem a humilhação que foi ter vindo para viver fora do Éden, com a humanidade tendo um histórico de 4 mil anos de pecado! E Ele veio como um indefeso bebê. Para nossa salvação, o Santo Deus Se colocou no mais alto risco. Porém, nunca cometeu pecado.
Terça – Ouvindo ou não ouvindo a Palavra.
Tendo explicado quem é Jesus e de onde Ele veio, João começa a falar de João Batista.
O mundo encontrava-se em trevas. Era a plenitude dos tempos. A religião abraâmica havia se afastado assustadoramente do Deus de Abraão. Mateus conta a história dos sábios do Oriente – mais conhecidos como os três reis magos. Esses homens foram até a sede da igreja em Jerusalém para aprender a respeito da vinda do Messias, mas saíram de lá sem receber instrução alguma dos professores de teologia. Esses “mestres” nada sabiam para si, nada sabiam para ensinar. Um fiasco.
Aos doze anos, Jesus esteve nesta mesma sede, e os mesmos professores lá estavam. A única diferença estava na cor de seus cabelos: agora, grisalhos. Continuavam nada sabendo da verdadeira teologia. E de Jesus receberam a aula das aulas. Até que chegaram os dias de João Batista, e Jesus estava com trinta anos de idade. Veio para ensinar como verdadeiramente é o caráter de Deus. Ele é a Luz, e veio iluminar a nação de Israel.
Irmãos, no passado, Deus já havia puxado a orelha deles. Era recorrente. “O Meu povo está sendo destruído, pois lhe falta o conhecimento. Pelo fato de vocês, sacerdotes, rejeitarem o conhecimento, também Eu os rejeitarei, para que não sejam mais sacerdotes diante de Mim; visto que se esqueceram da Lei do seu Deus, também Eu Me esquecerei dos seus filhos” (Oseias 4:6). Repararam? Não faltava informação. Faltava conhecimento. Na Lição 1 (quarta, dia 2), o título foi “Corações duros”. Na de hoje, a Palavra continuou falando, mas eles continuaram “não ouvindo a Palavra”.
Em nossos púlpitos, repetidas vezes é citado João 1:11 – que diz assim: “Veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam”. Verso triste demais, irmãos! Trágico demais!
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Quarta – Temas recorrentes: fé/incredulidade.
Agora, a Lição pula para João 3, onde temos o famoso encontro de Jesus com Nicodemos. Nesse encontro, e nos outros que vamos ler, vemos um tema recorrente, repetido: Jesus chamando os incrédulos para exercer a fé. Jesus tentando fazer que despertassem para a fé, abandonando de vez a incredulidade.
Nicodemos foi um dos que Jesus chamou a atenção. Disse assim para ele: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o Seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele.Quem nEle crê não é condenado; mas o que não crê já está condenado, porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus.A condenação é esta: a Luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a Luz, porque as suas obras eram más.Pois todo aquele que pratica o mal detesta a Luz e não se aproxima da Luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Quem pratica a verdade se aproxima da Luz, para que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus” (versos 16-21).
Muito bem explicadinho, não é mesmo?
Na sequência, a Lição pula para o capítulo 9, para o final da história da cura do cego de nascença. Jesus falou assim pra ele: “Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não veem vejam, e os que veem se tornem cegos. Alguns dos fariseus que estavam perto dEle perguntaram-Lhe: — Por acaso também nós somos cegos? Jesus respondeu: — Se vocês fossem cegos, não teriam pecado algum. Mas, porque agora dizem: ‘Nós vemos’, o pecado de vocês permanece” (versos 39-41).
No capítulo 12, Jesus faz Sua triunfal entrada em Jerusalém. Há uma multidão em torno dEle. Alguns judeus vindo da Grécia estão ali também. Jesus, então, profere um belo sermão. Palavras maravilhosas são ouvidas por todos eles. O final é assim: “Ainda por um pouco a Luz está com vocês. Andem enquanto vocês têm a Luz, para que não sejam surpreendidos pelas trevas. E quem anda nas trevas não sabe para onde vai. Enquanto vocês têm a Luz, creiam na Luz, para que se tornem filhos da Luz. Depois de dizer isso, Jesus foi embora e ocultou-Se deles. E, embora tivesse feito tantos sinais na presença deles, não creram nEle, para se cumprir a palavra do profeta Isaías, que diz: ‘Senhor, quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor?’ Por isso, não podiam crer, porque Isaías disse ainda: ‘Cegou os olhos deles e endureceu-lhes o coração, para que não vejam com os olhos, nem entendam com o coração, e se convertam, e sejam por Mim curados’. Isaías disse isso porque viu a glória dEle e falou a respeito dEle. No entanto, muitos dentre as próprias autoridades creram em Jesus, mas, por causa dos fariseus, não O confessavam, para não serem expulsos da sinagoga. Porque amaram mais a glória dos homens do que a glória de Deus. E Jesus clamou, dizendo: — Quem crê em Mim crê não em Mim, mas nAquele que Me enviou. E quem vê a Mim vê Aquele que Me enviou. Eu vim como Luz para o mundo, a fim de que todo aquele que crê em Mim não permaneça nas trevas” (versos 35-46).
Irmãos, com tais versos, vemos como Jesus lutou contra a incredulidade de Seu povo. Tantas e tantas vezes Ele insistiu para que focassem na fé; que insistissem em permanecer em Sua Palavra; que deixassem a tradição religiosa inventada pelos falsos profetas da nação.
A profecia declara que em breve nos serão tiradas as oportunidades da prática religiosa. Do que viveremos a partir de então? Resposta mais simples possível: das baterias carregadas agora.
Quinta – Tema recorrente: glória.
Outro assunto recorrente no Livro de João é a glória de Jesus, a glória de Deus. Essa glória, primariamente, é a vontade de Deus sendo cumprida. A Divindade estava trabalhando para a nossa salvação – então, sendo a Sua vontade que fôssemos salvos, todos os assuntos relacionados com a cruz do Calvário são a glória de Deus.
Antes de ser preso no Getsêmani (João 18), temos o capítulo 17, em que Jesus ora em favor de Seus discípulos. E a oração começa assim: “Jesus levantou os olhos ao Céu e disse: — Pai, é chegada a hora. Glorifica o Teu Filho, para que o Filho glorifique a Ti, assim como Lhe deste autoridade sobre toda a humanidade, a fim de que Ele conceda a vida eterna a todos os que Lhe deste. E a vida eterna é esta: que conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. Eu Te glorifiquei na Terra, realizando a obra que Me deste para fazer. E agora, ó Pai, glorifica-Me Contigo mesmo com a glória que Eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo” (versos 1-5).
Interessante esse tema. Jesus é humilhado na cruz, mas na cruz está a glória de Deus. Na cruz, a humanidade Lhe enche de humilhação, mas, nela, Deus expõe toda a Sua glória. Ali, Ele salva a humanidade.
Hoje Jesus mora no Céu. Mas nós não estamos abandonados. Conosco está o nosso querido Senhor Espírito Santo. Ele trabalha o tempo todo para a nossa salvação. Que a Luz seja glória plena em nossa família!
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Sexta – Conclusão.
“A doutrina da encarnação de Cristo em carne humana é um mistério – ‘o mistério que esteve oculto desde todos os séculos e em todas as gerações’ (Colossenses 1:26). É o grande e profundo mistério da piedade. ‘O Verbo Se fez carne e habitou entre nós’ (João 1:14). Cristo tomou sobre Si a natureza humana, uma natureza inferior a Sua natureza celestial. Nada revela tanto a maravilhosa condescendência de Deus como isso. Ele ‘amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito’ (João 3:16). João apresenta esse admirável assunto com tal simplicidade que todos podem entender as ideias expostas, e ser esclarecidos.
Cristo não simulou que assumiu a natureza humana; Ele verdadeiramente a tomou sobre Si. Realmente possuía natureza humana. ‘E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também Ele participou das mesmas coisas’ (Hebreus 2:14). Era o filho de Maria; era da descendência de Davi, segundo a linhagem humana. É declarado ser um homem – o Homem Cristo Jesus. ‘Jesus’, escreve Paulo, ‘tem sido considerado digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a estabeleceu’ (Hebreus 3:3).
Mas, embora a Palavra de Deus fale da humanidade de Cristo quando esteve na Terra, ela também fala claramente a respeito de Sua preexistência. O Verbo existia como Ser divino, como o eterno Filho de Deus, em união e unidade com Seu Pai. Desde a eternidade, Ele era o Mediador do concerto, Aquele no qual todos os povos da Terra, tanto judeus como gentios, se O aceitassem, seriam abençoados. ‘O Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus’ (João 1:1). Antes que fossem criados os homens ou os anjos, o Verbo estava com Deus, e era Deus. […]
Desde o princípio, Deus e Cristo sabiam da apostasia de Satanás e da queda de Adão pelo poder enganador do apóstata. O plano da salvação foi elaborado para resgatar a raça decaída, para dar-lhes outra oportunidade. Cristo foi designado para a função de Mediador desde a criação efetuada por Deus, estabelecido desde a eternidade para ser nosso Substituto e Fiador. Antes de ser criado o mundo, convencionou-se que a divindade de Cristo fosse envolta na humanidade. ‘Corpo Me preparaste’, disse Cristo. Mas Ele não veio em forma humana até que a plenitude do tempo chegasse ao fim. Então Jesus veio ao nosso mundo como bebê em Belém” (Meditação Matinal de Ellen White, 01/03/1992).
Deus nos abençoe.
Carlos Bitencourt / Ligado na Videira