Lição 3 – Começo difícil
Destaques do Pastor Eber Nunes #?lesadv
“Pois, desde que me apresentei a Faraó, para falar-lhe em teu nome, ele tem maltratado este povo; e tu, de nenhuma sorte, livraste o teu povo” (Êx 5:23).
Ao longo dos mais de 10 anos fazendo esses comentários semanais, confesso que começar esta reflexão foi muito difícil. O momento que estou vivendo, o lugar em que estou, a falta de tempo, os contratempos, tudo isso fez com que começar fosse muito difícil, mas já aprendi que a alegria de terminar compensa o sacrifício de começar (exercício físico, estudos etc.). Normalmente, uma mudança é difícil no começo, confusa no meio e linda no final. Começos difíceis geralmente produzem finais surpreendentes;
• Na maioria das vezes, as histórias de sucesso tiveram em comum a necessidade de um começo difícil, mas é verdade também que um começo pode ser lindo, e pode terminar de maneira terrível.
• Eu gosto de propor e falar de mudanças, mas agora, ao invés de encorajar a mudança, quero encorajar o começo, afinal, para mudar algo, é preciso começar.
• A jornada de 1000 milhas começa com 1 passo, mas depois do 1º passo, é necessário reavaliar as decisões, ver se é necessário mudar de direção ou até mesmo parar.
• Quando pensamos em iniciar um grande projeto ou em mudança de hábitos, o 1º passo é crucial, ele abre as portas para as conquistas que virão, e o 1º passo é: começar. Depois do 1º passo, quando o corpo reclamar, quando a saudade doer, quando a dúvida chegar, quando o retorno do investimento não aparecer rápido, quando a negação e os questionamentos nos jogarem contra a parede e quisermos voltar ao passado, quando os sentimentos como a raiva e a tristeza chegarem nos acusando, quando a empolgação inicial diminuir e estivermos desmotivados, então virá a parte que talvez seja a mais difícil de todas, esta parte pode ser resumida em duas palavras, disciplina e perseverança.
Tudo isso ficou claro no início do ministério de Moisés como o grande libertador de Israel.
Quem é o Senhor?
“Depois, foram Moisés e Arão e disseram a Faraó” (Êx 5:1 e 2).
• Após 40 anos de ausência do Egito, Moisés entrou novamente no palácio do Faraó;
• O Faraó era o rei Tutmés III que tinha 2 anos de idade quando foi colocado por um sacerdote no trono egípcio, após a morte de seu pai Tutmés II, em 1504 a.C.;
• A ascensão de Tutmés III ao trono foi provavelmente celebrada por impedir que Moisés se tornasse rei. Na época, Moisés, filho adotivo da rainha-faraó, Hatshepsut, tinha 26 anos. Tutmés III foi corregente com sua madrasta até a morte dela em 1482 a.C., quando Moisés estava em Midiã;
• Aos 24 anos, Tutmés III iniciou seu reinado sozinho. Ele destruiu quase todos os monumentos e estátuas com o nome ou imagem de Hatshepsut, ele também é conhecido por suas campanhas militares bem-sucedidas e é considerado o maior governante militar do antigo Egito, além disso, ele foi um construtor excepcional. Em 1450 a.C., na época do êxodo, ele tinha 56 anos;
• O encontro de Moisés e Arão com este Faraó exigiu tremenda coragem;
• Registros antigos esclarecem que não era fácil para um plebeu conseguir audiência com o rei e não sabemos os detalhes dessa conversa, nem como os líderes hebreus conseguiram a audiência;
• O Faraó não era nada parecido com um servidor público. Todo o povo vivia para servi-lo, seu poder e autoridade eram supremos, e não havia constituição, lei ou legislação superior ou igual a ele;
• Dizia-se que os faraós eram filhos do sol; eram amigos dos maiores deuses do Egito e sentavam-se com eles em seus próprios templos para receber adoração ao lado deles;
• Faraó era mais que um homem, ele se considerava um deus e os egípcios concordavam;
• Crescendo nas cortes reais do Egito, Moisés sabia disso muito bem; mas ele também sabia que Faraó era apenas um homem.
“Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto. Respondeu Faraó: Quem é o Senhor para que lhe ouça eu a voz e deixe ir a Israel? Não conheço o Senhor” (Êx 5:1 e 2).
• Todo embaixador do reino de Deus deve começar como Moisés: “Assim diz o Senhor”;
• O pedido feito ao Faraó era razoável, afinal, os israelitas não podiam oferecer sacrifícios na presença dos egípcios sem provocar uma explosão de animosidade religiosa. Havia esse risco porque dentre os animais sacrificados estavam alguns que os egípcios consideravam sagrados, e, portanto, não deveriam ser mortos de forma alguma. Para evitar conflitos, a festa dos israelitas tinha que ser realizada além das fronteiras do Egito;
• “Quem é o Senhor?” Faraó não tinha o coração certo, mas fez a pergunta certa. Moisés perguntou: “Quem sou eu?” (Êx 3:11). As perguntas relevantes não eram sobre Moisés ou Faraó, mas sobre “Quem é o Senhor?”;
• Essa pergunta retórica: “Quem é o Senhor?”, se conecta a 2 pontos anteriores na história. O 1º está na pergunta que Moisés fez ao ser chamado por Deus: “Quem sou eu para ir a Faraó?” (Êx 3:11). O contraste revela a arrogância das palavras do soberano egípcio. O 2º confirma essa realidade, pois o fluxo da narrativa anterior demonstrou o ímpeto de Deus em Se revelar a Moisés, destacando a ironia da situação: o humilde pastor hebreu conhecia mais o Senhor do que o arrogante monarca egípcio;
• Conhecer Deus é um tema chave em Êxodo (1:8; 6:3; 7:5; 8:10; 14:4). É uma questão relacional (e não intelectual) e envolve compromisso;
• O verbo yada’ (“conhecer”) é utilizado, ecoando Êxodo 1:8. Este é um termo significativo da história de Êxodo, pois representa uma percepção experiencial da realidade. Assim como seu antecessor que não se lembrava de José, o Faraó pensava estar ultrajando Deus ao afirmar que não O conhecia. Sua postura era a rejeição de um povo que havia abençoado sua terra por meio da liderança estratégica de um hebreu no passado e de seu Deus (Gn 47:10);
• A postura do Faraó colocou o Egito como representante dos povos e pessoas que se opõe a Deus, à Sua Palavra e ao Seu povo;
• Quando Abraão se viu em apuros devido à fome que assolava Canaã, foi buscar abrigo e alimento no Egito. Quando José foi vendido como escravo por seus irmãos, ele foi levado ao Egito. Foi no Egito que Moisés nasceu e cresceu como um príncipe, e para lá retornou como libertador de seu povo. Foi para o Egito que o anjo do Senhor orientou José a levar sua família, quando a vida do menino Jesus foi ameaçada pelo rei Herodes. Jesus passou os primeiros anos de sua infância tendo o Seu caráter moldado por seus pais em solo egípcio. Ainda que o Egito tenha sido palco das maiores manifestações de Deus na vida de Seu povo, sua principal marca é o ateísmo. “Hoje, muitos por sua conduta, estão a dizer como Faraó: não conheço o Senhor. “Isto é ateísmo” (GC, 120);
• O ateísmo é algo estranho, afinal, nem mesmo os demônios caíram nesse vício. “Os demônios também crêem e tremem” (Tg 2:19);
• “Eu entendo que um homem possa olhar para baixo, para a terra, e ser um ateu; mas não posso conceber que ele olhe para os céus e diga que não existe Deus” (A. Lincoln);
• Deus afirmou que Israel pertencia a Ele, não ao Faraó; e, portanto, eles deveriam ser livres. Aqueles que pertencem a Deus devem ser livres.
Um começo difícil
“Eles mesmos que vão e ajuntem para si a palha. E exigireis deles a mesma conta de tijolos que antes faziam; nada diminuireis dela; estão ociosos e, por isso, clamam… E foram açoitados os capatazes dos filhos de Israel” (Êx 5:3-23).
• Após o 1º encontro de Moisés e Arão com o Faraó, a vida dos israelitas piorou;
• O uso de palha na fabricação de tijolos no Egito durante esse período é confirmado pela arqueologia. Tijolos de todos os tipos foram encontrados no Egito, alguns com palha picada comum, alguns com raízes duras e restos, e alguns sem palha alguma. A palha picada era misturada com lama para tornar os tijolos mais maleáveis e fortes, primeiro ligando a lama e depois decompondo-a, liberando um ácido húmico;
• Um rolo de couro desse período diz como os trabalhadores foram designados para fazer 2000 tijolos por dia (algumas das pirâmides egípcias precisaram 24,5 milhões de tijolos!). A meta diária raramente era atingida e a punição vinha a seguir;
• O estilo de liderança do Faraó era o estilo do: “mais tijolos com menos palha”. Essa é uma filosofia que torna a vida das pessoas mais difícil. Temos de vigiar para ela não contagie e nem influencie nossa vida, afinal, Faraó não é o modelo a ser seguido;
• Faraó encheu a vida dos israelitas de trabalho;
• O termo atual para a estratégia do Faraó é torná-los Workaholic;
• Para um workaholic, o trabalho é a razão da vida, ele ocupa o lugar da família, da saúde das pessoas, e se torna um deus;
• Muitas vezes nossas vidas estão cheias de coisas boas, coisas aparentemente inofensivas, mas que nos distraem (trabalho, estudos, sono, séries, filmes, esportes, TV, preguiça);
• O trabalho nunca deve ter primazia sobre a ADORAÇÃO, mas Satanás enche-nos de ocupações e preocupações, para que não tenhamos tempo para o SENHOR (Mt 6:33).
• Moisés, Arão e os israelitas esperavam uma rápida libertação da escravidão, isso porque seu Deus era o poderoso Criador que podia fazer coisas que ninguém mais pode fazer.
• A experiência de Moisés e Arão neste momento foi uma das experiências mais desconcertantes que podemos ter. Nós estamos certos de que Deus está nos levando a um caminho certo, mas, em seguida, o caminho acaba por ser uma rua sem saída.
“Olhe o Senhor para vós outros e vos julgue, porquanto nos fizestes odiosos aos olhos de Faraó e diante dos seus servos, dando-lhes a espada na mão para nos matar” (Êx 5:20 e 21).
• Os capatazes dos hebreus confrontaram Moisés e Arão e os acusaram: “nos fizestes odiosos aos olhos de Faraó” (Êx 5:21). A frase hib’ashtem ‘et-reyhenu be’eyney Par‘oh significa literalmente: “vocês fizeram nosso perfume feder diante dos olhos de Faraó”. Geralmente, essa expressão é usada no AT para falar da perda do favor de alguém (Gn 34:30; 1Sm 13:4; 27:12; 2Sm 10:6; 16:21; 1Cr 19:6). Aqui, ela parece ser usada de forma polêmica, pois o verbo ba’ash (“feder”) é empregado mais à frente para descrever o resultado de algumas pragas (Êx 7:18, 21; 8:10);
• Em sua aflição, os filhos de Israel não se voltaram para Deus; não se voltaram para Moisés. Em vez disso, foram a Faraó em busca de ajuda. Acreditavam que seu antigo fardo era melhor do que sua crescente miséria atual;
• Satanás às vezes parece amigável conosco quando aceitamos seu senhorio; mas quando começamos a ser livres em Jesus, ele tentará dificultar as coisas para nós;
• No caminho para Canaã haverá opressão, agressão, aflição e aparente demora;
• O cristianismo não promete isenção de tristezas;
• As coisas geralmente retrocedem para os fiéis antes de avançarem;
• O trigo cresce para baixo antes de crescer para cima;
• Quanto mais perto o livramento, mas se intensificará a opressão do inimigo.
O “Eu” divino
“Ó Senhor, por que afligiste este povo? Por que me enviaste? Pois, desde que me apresentei a Faraó, para falar-lhe em teu nome, ele tem maltratado este povo; e tu, de nenhuma sorte, livraste o teu povo” (Êx 5:22 e 23).
• Quanto mais Moisés fazia a vontade de Deus pior se tornava a vontade dos homens;
• Quando as pessoas se voltarem contra nós, temos que fazer como Moisés, nos voltarmos para Deus;
• A experiência dos “tijolos sem palha” é a mais verdadeira prova de fé. Quando nada mais parece fazer sentido, ficamos com apenas uma questão central: Será que nós realmente confiamos em Deus? Será que vamos ficar com ele tempo suficiente para ouvi-Lo dizer: “Agora você vai ver” (Ex 6:1)?
• Será que vamos permitir que Deus transforme um doloroso capítulo 5 num poderoso capítulo 6?
“Falou mais Deus a Moisés e lhe disse: Eu sou o Senhor. Apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu nome, O Senhor, não lhes fui conhecido. Também estabeleci a minha aliança com eles, para dar-lhes a terra de Canaã” (Êx 6:1-8).
• Moisés ficou desanimado porque estava muito impressionado com o Faraó e não o suficiente com Deus;
• A resposta de Deus a Moisés mostrou que Ele queria que ele soubesse que o Senhor estava no controle de tudo;
• Deus utilizou uma fórmula de apresentação muito comum em documentos reais do Antigo Oriente Médio: “Eu sou o Senhor” (Êx 6:2);
• Essa fórmula: “Eu Sou o Senhor”, é repetida 15 vezes em Êxodo, especialmente na parte que trata das pragas (Êx 6:2, 6, 7, 8, 29; 7:5, 17; 10:2; 12:12; 14:4, 18; 15:26; 16:12; 29:46; 31:13);
• Deus Se apresentou como um monarca superior, com autoridade sobre o Egito;
• Os patriarcas conheciam o nome Javé (usado cerca de 160 vezes em Gênesis); mas a grande aplicação do nome se referia a Deus, que guardou e cumpriu a aliança;
• Deus lembrou Moisés de alguns fatos importantes:
(1) “Eu sou o Senhor”;
(2) “apareci” aos patriarcas;
(3) “estabeleci a Minha aliança com eles”;
(4) prometi “dar-lhes a terra de Canaã”;
(5) “ouvi os gemidos dos filhos de Israel”;
(6) “Me lembrei da Minha aliança” de dar a vocês a terra prometida (Êx 6:2-5).
Cada um desses verbos está no passado (pretérito perfeito) em vez do futuro, porque Deus estava tão certo de seu cumprimento que eram vistos como se já tivessem sido cumpridos.
A esperança do povo de Deus referente ao futuro está firmemente baseada no que Ele fez por seu povo no passado.
Pela 1ª vez, Moisés diria a Israel o que Deus havia prometido, não apenas libertá-los da escravidão egípcia, mas também dar-lhes a terra prometida aos patriarcas.
“Dize aos filhos de Israel: eu sou o Senhor, e vos tirarei de debaixo das cargas do Egito, e vos livrarei da sua servidão, e vos resgatarei com braço estendido e com grandes manifestações de julgamento. Tomar-vos-ei por meu povo e serei vosso Deus; e sabereis que eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tiro de debaixo das cargas do Egito. E vos levarei à terra a qual jurei dar a Abraão, a Isaque e a Jacó; e vo-la darei como possessão” (Êx 6:1-8).
O Senhor enfatizou 4 ações redentivas diferentes para os hebreus e lhes prometeu o seguinte:
1. “Eu os tirarei [forma hifil de yatsa‘, que significa “fazer sair”] de debaixo do jugo dos egípcios”;
2. “Eu os libertarei [forma hifil de natsal, que significa “resgatar”, “arrebatar”, “libertar”, “salvar”] de serem escravos deles”;
3. “Eu os redimirei [ga’al] com braço estendido e com poderosos atos de julgamento”;
4. “Eu os tomarei [laqakh] como Meu próprio povo, e serei [hayah] seu Deus.”
Essas promessas culminam com a fórmula da aliança que ressalta o relacionamento íntimo e a unidade amorosa entre o Senhor e Seu povo. Esse relacionamento é o cumprimento da promessa de Deus a Abraão em Gênesis 17:7 e 8. (Na liturgia do sêder da Páscoa dos judeus, essa passagem bíblica exerce papel fundamental e é simbolizada pelas 4 taças que os participantes bebem ao celebrar a redenção da escravidão no Egito). Então, pela 1ª vez no livro de Êxodo, o Senhor proclama: “Vocês (ou seja, os israelitas) saberão que Eu Sou o Senhor, seu Deus” (Êx 6:7). Antes, era sempre o Senhor quem conhecia a opressão, o sofrimento e a aflição de Seu povo, mas agora Seu povo saberia quem é Deus.
O Senhor acrescentou mais duas promessas: (1) “Eu os levarei para a terra que jurei dar a Abraão, a Isaque e a Jacó” (Êx 6:8); e (2) “Eu darei essa terra a vocês como herança” (Êx 6:8).
A repetição destacada do divino “Eu” foi a garantia clara de que a palavra de Deus aconteceria. 4 vezes, em Êxodo 6:2 a 8, apareceu a fórmula de reconhecimento: “Eu Sou o Senhor”.
Moisés falou aos israelitas, mas eles estavam tão desanimados que não ouviram as palavras tranquilizadoras do Senhor que: “não atenderam a Moisés” (Êx 6:9).
Não sei falar bem
“Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo: Vai ter com Faraó, rei do Egito, e fala-lhe que deixe sair de sua terra os filhos de Israel. Moisés, porém, respondeu ao Senhor, dizendo: Eis que os filhos de Israel não me têm ouvido; como, pois, me ouvirá Faraó? E não sei falar bem” (Êx 6:9-13).
• Ezequiel 20:5-9 mostra porque Deus parecia tão pequeno e Faraó tão grande no coração de Israel durante esse período. Ezequiel explica que eles confiavam nos deuses de seus opressores e adoravam os deuses dos egípcios. Essa é a razão pela qual eles não confiavam em Deus nem em Seu mensageiro, Moisés.
• A situação inicialmente difícil levou Moisés a retornar ao seu foco dominante: seus próprios defeitos;
• Moisés queria desistir após o 1º revés;
• Moisés sentiu que sua abordagem não conseguiu persuadir nem mesmo o povo de Israel, como funcionaria com o Faraó?
• Deus falou firme com Moisés;
• Você pode até não saber falar, mas é imprescindível saber ouvir;
• A passagem seguinte é uma das melhores descrições da função de um profeta. Nela, Deus parece reconhecer que as coisas, de fato, não seriam fáceis. Ao assumir como obra Sua o efeito que ocorreria no coração de Faraó, Deus aponta para a necessidade de não se alimentar expectativas irreais quanto ao cumprimento da missão. A desmoralização que Moisés enfrentava estava enraizada em suas percepções equivocadas de uma libertação simples;
• Deus queria que Moisés fosse persistente em sua obediência; que não olhasse para o Faraó, nem para os filhos de Israel, nem mesmo para si mesmo, mas que olhasse somente para Deus.
Antes de convencer Faraó ou mesmo os Judeus, Deus precisava convencer Moisés.
Moisés: como Deus sobre o Faraó
“Então, disse o Senhor a Moisés: Vê que te constituí como Deus sobre Faraó, e Arão, teu irmão, será teu profeta. Tu falarás tudo o que eu te ordenar; e Arão, teu irmão, falará a Faraó, para que deixe ir da sua terra os filhos de Israel” (Êx 7:1-7).
• Já poderíamos esperar que Deus estivesse farto de Moisés. No entanto, Deus nem sequer o puniu; Ele simplesmente lhe disse o que fazer e o preparou para fazê-lo. Este é um claro exemplo da riqueza da misericórdia de Deus;
• Faraó havia rejeitado qualquer contato direto com Deus (Êx 5:2): Portanto, Deus lidaria com Faraó por meio de Moisés;
• Moisés deveria comparecer perante Faraó no lugar de Deus, não apenas transmitindo Suas mensagens, mas acompanhando-as com atos de poder;
• Essa ideia se estende ao Novo Testamento, especialmente quando Paulo escreveu que os crentes são como cartas escritas por Jesus que todos leem (2ª Co 3:2-3). Pessoas que não veem a Deus nos veem; aqueles que não leem a Bíblia leem nossas vidas;
• Um profeta é aquele que representa Deus para o homem e, como tal, todo o povo do Senhor é profeta;
• Moisés deveria ser como “deus” para Faraó, e Arão deveria ser o “profeta” de Moisés, seu porta-voz para Faraó;
• Assim como Moisés não deveria agir por iniciativa própria, mas esperar pela direção de Deus, Arão não deveria agir por iniciativa própria, mas esperar pela direção de Moisés;
• Moisés estava relutante em aparecer pela 2ª vez diante do faraó, que era tão superior a ele do ponto de vista humano. Mas Deus lhe relembrou que, como representante do Deus dos céus e da Terra, ele era superior ao faraó. O poder do rei era apenas humano, o dele era divino.
“Tu falarás tudo o que eu te ordenar” (Êx 7:1-7).
• Este é o dever de cada servo de Deus.
Conclusão:
“Era Moisés de oitenta anos, e Arão, de oitenta e três, quando falaram a Faraó” (Êx 7:7).
• Deus levou 80 anos para construir o líder Moisés;
• Quando Deus quer fazer um cogumelo, Ele o faz da noite para o dia; mas quando quer fazer um carvalho gigante, leva 100 anos;
• Quando Habacuque ficou deprimido porque Deus não estava agindo rápido o suficiente, Deus lhe disse: “Essas coisas que planejei não acontecerão imediatamente. Devagar, firmemente vai se aproximando o tempo em que a visão será cumprida. Se parecer demorar muito, não se desespere, porque tudo vai acontecer mesmo! Seja paciente! O cumprimento dessa promessa não chegará nem um dia atrasado” (Hc 2:3).
Louvo a Deus pelas maravilhosas lições que podemos aprender de Sua Palavra e é por isso que sou apaixonado pela Escola Sabatina! #lesadv