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COMENTÁRIOS DA LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA

4º Trimestre de 2024 - TEMAS DO EVANGELHO DE JOÃO


Lição 2 – Sinais da divindade
Destaques do Pastor Eber Nunes #‎lesadv
A Bíblia é clara em afirmar que Jesus é Deus:
• “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1:1);
• “Ninguém jamais viu a Deus; o Deus Unigênito, que está no seio do Pai, é quem O revelou” (Jo 1:18);
• “Respondeu-Lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu” (Jo 20:28);
• “Acerca do Filho: o Teu trono, ó Deus, é para todo o sempre” (Hb 1:8);
• “Na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” (2ª Pe 1:1);
• “Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus” (Tt 2:13);
• “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e Ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)” (Mt 1:23).
Se Jesus houvesse sido criado pelo Pai, Ele teria sido o primeiro a nascer, o que contradiria todos estes textos, que declaram ser Ele Deus e, portanto, eterno.
• “Em Cristo, há vida original, não emprestada, não derivada. ‘Aquele que tem o Filho tem a vida’ (1ª Jo 5:12). A divindade de Cristo é a certeza de vida eterna para aquele que crê” (DTN, 423, 424);
• “Cristo é o Filho de Deus, preexistente, existente por Si mesmo. [...] Ao falar de Sua preexistência, Cristo conduz a mente ao longo de séculos incontáveis. Jesus nos garante que nunca houve tempo em que Ele não estivesse em íntima comunhão com o eterno Deus. Aquele cuja voz os judeus estavam então ouvindo havia estado com Deus como Alguém que vivera sempre com Ele” (EV, 426);
• “Não deem destaque às características da mensagem que condenam os costumes e práticas do povo, até que tenham a oportunidade de saber que somos crentes em Cristo, que acreditamos na Sua divindade e na Sua pré-existência” (OE, 405);
• “Ele era igual a Deus, infinito e onipotente. [...] É o Filho eterno, existente por si mesmo” (Ev, 426);
• “O Pai e o Filho têm ambos personalidade. Cristo declarou: ‘Eu e o Pai somos um’ (Jo 10:30). No entanto, foi o Filho de Deus que veio ao mundo em forma humana. Pondo de lado Suas vestes e coroa reais, revestiu da humanidade a Sua divindade, a fim de que as pessoas, mediante o infinito sacrifício por Ele feito, pudessem tornar-se participantes da natureza divina” (TPI, vl 9, 56).
O milagre do alimento para 5 mil
“Subiu Jesus ao monte e assentou-se ali com os seus discípulos. Ora, a Páscoa, festa dos judeus, estava próxima. Então, Jesus, erguendo os olhos e vendo que grande multidão vinha ter com ele” (Jo 6:1-14).
• João é o único dos 4 escritores dos evangelhos que nos diz que isso aconteceu perto da época da Páscoa. Talvez esta grande multidão fosse composta de peregrinos galileus a caminho de Jerusalém. A Páscoa está associada ao Êxodo e ao sustento de Deus para Israel no deserto. Jesus em breve sustentaria esta multidão no seu pequeno “deserto” com pão do céu – tanto literal como espiritualmente.
“Onde compraremos pães para lhes dar a comer? … Respondeu-lhe Filipe: Não lhes bastariam duzentos denários de pão, para receber cada um o seu pedaço” (Jo 6:1-14).
• Talvez Jesus tenha feito essa pergunta a Filipe porque ele era de Betsaida (Jo 1:44) e Betsaida era perto de onde o milagre aconteceu (Lc 9:10);
• A pergunta de Jesus a Filipe deixou claro que Jesus não fazia milagres por fazer. Para Jesus, não se tratava apenas de realizar um milagre, mas também de ensinar os discípulos no processo;
• Para Filipe, o problema estava dividido em pelo menos duas partes: 1ª, não tinham recursos, 2ª, mesmo que tivessem dinheiro, seria impossível um lugar onde encontrassem pão suficiente para alimentar todos.
“André, irmão de Simão Pedro, informou a Jesus: Está aí um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas isto que é para tanta gente?” (Jo 6:1-14).
• André apresenta Jesus mais uma vez a alguém. Primeiro foi a seu irmão Pedro (Jo 1:40-42), agora o apresenta a um menino com 5 pães de cevada e 2 peixinhos;
• Se Filipe acentua a falta de dinheiro para alimentar a multidão, André destaca a pequena provisão disponível para alimentar tanta gente;
• Nenhum dos 2 conseguiu discernir a disposição de Jesus para resolver o problema.
“Cinco pães de cevada e dois peixinhos” (Jo 6:1-14).
• A cevada sempre foi considerada um alimento muito básico, muitas vezes mais adequado para animais do que para pessoas, ela representava apenas 1 terço do valor do trigo no Oriente. O menino provavelmente vinha de uma família pobre;
• Enquanto os outros evangelistas usam a palavra regular para peixes (ichthys), João os chama de themosparia, indicando que eram 2 peixes muito pequenos (talvez preparados com sal) para serem consumidos como condimento junto com pão.
“Disse Jesus: Fazei o povo assentar-se; pois havia naquele lugar muita relva. Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil. Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os entre eles; e também igualmente os peixes, quanto queriam” (Jo 6:1-14).
• A Bíblia descreve 2 milagres de multiplicação de pães e peixes. Primeiro, Jesus multiplicou 5 pães e 2 peixinhos (Mt 14:13-21, Mc 6:30-44, Lc 9:10-17; Jo 6:1-15), depois, multiplicou 7 pães e alguns peixes (Mt 15:32-39 e Mc 8:1-10);
• Na 1ª multiplicação, a Bíblia relata a presença de 5 mil homens, sem incluir mulheres e crianças, que passaram o dia ouvindo os ensinos de Jesus. Mesmo entre os mais conservadores, defende-se a ideia de que não havia menos de 15 mil pessoas;
• Este 1º milagre da multiplicação dos pães e dos peixes é o mais documentado e o mais público dos milagres, é o único milagre, afora a ressurreição, que se encontra em cada 1 dos 4 evangelhos;
• Os únicos milagres mencionados por João, registrados também nos outros evangelhos são: a multiplicação dos pães e peixes e a ressurreição;
• De modo semelhante à experiência de Moisés, Jesus dá de comer às pessoas de forma miraculosa. Um novo profeta. Uma nova libertação. Um novo monte. Um novo teste. Um novo pão. O mesmo poder. O mesmo Eu Sou.
“Disse Jesus: Fazei o povo assentar-se; pois havia naquele lugar muita relva” (Jo 6:1 a 14).
• Poderíamos dizer que Jesus aqui cumpriu o papel do Bom Pastor do Salmo 23.
“Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca” (Jo 6:1-14).
• Os discípulos recolheram 12 cestos cheios de pães, 1 cesto para cada discípulo;
• O termo usado para ‘cesta’ (kophinos) geralmente denota uma cesta grande, como aquela que poderia ser usada para peixes ou objetos volumosos;
• Os recursos infinitos não são desculpa para desperdício;
• Quando o Senhor supre as necessidades, há abundância, não desperdício;
• Hoje temos mais de 8 bilhões de habitantes no planeta. Mais de 1 bilhão de pessoas vão para a cama com fome quase todos os dias. O problema do mundo não é falta de provisão, mas a distribuição injusta. O que falta no mundo não é pão, mas compaixão;
• Podemos dizer que o que é desperdiçado na mesa do rico é o que falta na mesa do pobre.
Destaques desse relato:
• Esse sinal se deu com a ajuda de um menino generoso e de sua mãe prudente;
• Certamente, foi uma boa refeição para o menino também, ele comeu à vontade;
• Nas mãos de Jesus, o almoço de um menino é suficiente para alimentar uma multidão;
• Todos comeram até ficarem completamente satisfeitos, inclusive o menino;
• Antes de realizar o milagre da multiplicação, Jesus mandou a multidão assentar-se. O milagre divino não dispensa a organização humana;
• Os discípulos não realizaram o milagre; eles distribuíram a obra milagrosa de Jesus;
• Sem o trabalho deles, ninguém teria sido alimentado;
• O milagre residia nas mãos de Jesus, não na distribuição;
• Não temos o pão, mas o distribuímos a partir das mãos de Jesus;
• A corrente começou com Jesus, mas o pão chegou ao povo através dos discípulos;
• O Pai abençoa o pão. Jesus dá o pão aos discípulos. Os discípulos o dão à multidão;
• Por que o Senhor não deu o pão diretamente à multidão? Porque no plano divino para redimir a humanidade, os discípulos devem ser “o meio de comunicação entre Cristo e o povo” (DTN, 342);
• Ele poderia ter criado pão e peixe no bolso ou na bolsa de cada pessoa, mas não o fez. Jesus escolheu deliberadamente um método que colocaria os discípulos para trabalhar;
• Entre um Deus compassivo e um mundo faminto pelo Pão da vida, estamos você e eu;
• Por nossos próprios meios não podemos satisfazer as necessidades de um mundo que perece, mas podemos transmitir o que recebemos de Cristo;
• Esses 5 pães (por um estranho tipo de aritmética) foram multiplicados por divisão e aumentados por subtração;
• Jesus recusou-se milagrosamente a fazer pão para se alimentar durante as tentações no deserto; mas ele fez pelos outros e com os outros o que não fez por si mesmo;
• Quem trabalha pelo Pão da Vida não ficará sem o pão de cada dia, a opção contrária pode não ser verdadeira;
• As pequenas coisas nem sempre são insignificantes. Tudo depende das mãos que as seguram.
Este é verdadeiramente o Profeta
“Vendo, pois, os homens o sinal que Jesus fizera, disseram: Este é, verdadeiramente, o profeta que devia vir ao mundo. Sabendo, pois, Jesus que estavam para vir com o intuito de arrebatá-lo para o proclamarem rei, retirou-se” (Jo 6:14-36).
• Essas palavras remetem às palavras de Moisés, que apontam para um tipo de Jesus: “O Senhor, seu Deus, fará com que do meio de vocês, do meio dos seus irmãos, se levante um Profeta semelhante a mim; a Ele vocês devem ouvir” (Dt 18:15);
• Moisés e Jesus compartilham semelhanças em suas missões de libertar as pessoas da escravidão. Moisés é também aquele que mais se assemelha a Jesus em Seu ministério de intercessão. Depois que Israel, no deserto, se rebelou contra Deus ao adorar o bezerro de ouro, Moisés se ofereceu para morrer em seu lugar, para ser o substituto do povo: “Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, peço-Te que me risques do livro que escreveste” (Ex 32:32). Contudo, apenas Jesus possui a justiça e a vida necessárias para substituir nossos pecados e a morte;
• Havia uma tradição de que quando o Messias viesse, faria cair novamente maná em uma Páscoa;
• Esse sinal revela, talvez mais claramente do que qualquer outra porção das Escrituras, o tipo de Messias que o povo queria, ou seja, alguém que tudo fizesse a fim de suprir as necessidades físicas do povo e tivesse poder para tanto.
No dia seguinte, uma quantidade ainda maior de gente passou a segui-Lo. Todos estavam interessados Naquele que oferecia pão em abundância. Então Jesus lhes disse: “Vocês estão Me procurando, não porque viram os sinais milagrosos, mas porque comeram os pães e ficaram satisfeitos” (Jo 6:26). Essas palavras foram seguidas por outras ainda mais duras. Como resultado, muita gente deixou de seguir a Jesus (Jo 6:66).
• As pessoas queriam o que Jesus não podia dar; e o que ele oferecia, elas não queriam receber;
• Ainda hoje há pessoas que seguem a Jesus pelo pão que Ele dá, e não pelo Pão que Ele é.
A cura do cego – parte 1
“Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença” (Jo 9:1).
• Nos Evangelhos, esse é o único milagre relatado no qual se diz que alguém sofria desde seu nascimento;
• É verdade que as pessoas também viam este cego todos os dias, mas quem o notou? Jesus viu neste homem o que os outros não viam: o seu rosto. Este é um dos atributos únicos de nosso Senhor: Ninguém é invisível para Ele. Não importa quão grande fosse a multidão ou quão difíceis fossem as circunstâncias ao seu redor, Ele sempre via rostos e em cada rosto um ser humano, um filho, uma filha de Deus.
“Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?” (Jo 9:1-16)
• O pensamento da época era simples: “Não há morte sem pecado, e não há sofrimento sem iniquidade” (Talmude);
• “Geralmente, acreditavam os judeus que o pecado é punido nesta vida. Toda enfermidade era considerada como o castigo de qualquer mau procedimento, fosse da própria pessoa, fosse de seus pais. É verdade que todo sofrimento é resultado da transgressão da lei divina, mas esta verdade fora pervertida. Satanás, o autor do pecado e de todas as suas consequências, levara os homens a considerarem a doença e a morte como procedentes de Deus – como castigos arbitrariamente infligidos por causa do pecado. Daí, aquele sobre quem caíra grande aflição ou calamidade, sofria além disso o ser olhado como grande pecador. … Deus dera uma lição destinada a evitar isso. A história de Jó mostrara que o sofrimento é infligido por Satanás, mas Deus predomina sobre ele para fins misericordiosos. Mas Israel não entendera a lição. O mesmo erro pelo qual Deus reprovara os amigos de Jó, repetiu-se nos judeus em sua rejeição de Cristo” (BS, 21);
• Os doentes eram levados a acreditar que até mesmo Deus os olhava com desfavor;
• Esse equívoco também estava na mente dos discípulos. Em seu anseio por atribuir culpa, eles se assemelhavam a cristãos bem-intencionados, porém equivocados, nos dias de hoje. Da mesma forma, os amigos insensatos de Jó tentaram atribuir a culpa a ele por sua tragédia e doença terrível;
• É inegável a relação do sofrimento com a realidade do pecado, mas nem sempre se aplica a matemática simples de causa e efeito. Existem elementos ocultos aos olhos humanos que interferem. Muitas perguntas sem respostas;
• A pergunta dos discípulos sugeria a possibilidade de pecado mesmo antes de nascer;
• Os discípulos não demonstraram interesse em ajudar o homem, mas apenas em discutir a causa de sua condição;
• Jesus não se deteve no enigma teológico, mas sim em ajudar o homem.
“Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais” (Jo 9:1-16)
• Jesus disse que a cegueira do homem não foi causada por um pecado específico da parte do homem ou dos seus pais.
“Foi para que se manifestem nele as obras de Deus” (Jo 9:1-16)
• Esta declaração tem sido mal interpretada, para alguns é como se ela ensinasse que que uma criança inocente tinha sido visitada com a cegueira por anos para que Deus pudesse revelar Seu grande poder. A tradução para o português tende a apoiar esta compreensão. Contudo, a conjunção “para que” (do gr. hina), que introduz a sentença, embora frequentemente expresse propósito, também pode muitas vezes expressar consequência ou resultado (Lc 9:45; G1 5:17; lTs 5:4; 1ª jo 1:9). Se hina, em João 9:3, for interpretada como expressando resultado, então o problema causado por este versículo fica eliminado; e o versículo pode ser parafraseado da seguinte forma: “Nem este homem pecou, nem seus pais: mas como resultado de seu sofrimento as obras de Deus serão manifestadas nele.” Assim, Jesus “não explicou a causa da aflição do homem, mas disse-lhes qual seria o resultado” (DTN, 471). Para aqueles que O amam, Deus faz com que todas as coisas, inclusive as aflições originadas pelo inimigo, cooperem para o bem (Rm 8:28). Na providência de Deus, os sofrimentos infligidos pelo inimigo são revertidos para o bem;
• A questão era que, já que ele estava naquela situação, era uma oportunidade de fazer as obras de Deus;
• Para nós, a questão não deveria ser de onde vem o sofrimento, mas o que faremos com ele;
• “Sempre que você vê um homem com dor e angústia, a maneira de encarar isso é não culpá-lo e investigar como ele chegou lá, mas dizer: ‘aqui está uma oportunidade para o grande amor de Deus” (Spurgeon).
“Cuspiu na terra e, tendo feito lodo com a saliva, aplicou-o aos olhos do cego” (Jo 9:1-16)
• Jesus usou o que foi sem dúvida um dos seus métodos mais inusitados para realizar um milagre. Assim como Deus usou o pó da terra e o barro para fazer a obra da criação em Gênesis, Jesus também fez uma obra de criação com o pó e o barro para este homem. Jesus considerou importante mudar os seus métodos de cura para que ninguém pudesse fazer uma fórmula dos seus métodos;
• O poder estava em Deus, não em um método;
• Acreditava-se que a saliva, e especialmente a saliva de algumas pessoas ilustres, possuía certas propriedades curativas. Marcos registrou duas outras curas que Jesus realizou com o uso de sua saliva (Mc 7:33, 8:23);
• “Cristo fez uso dos simples agentes da natureza. Se, por um lado, Ele não encorajava o uso de medicamentos compostos de drogas, por outro lado, aprovou o uso de remédios simples e naturais” (DTN, 662).
“Vai, lava-te no tanque de Siloé (que quer dizer Enviado). Ele foi, lavou-se e voltou vendo” (Jo 9:1-16)
• Neste milagre, Jesus tomou toda a iniciativa. Jesus foi até o cego; O cego não se aproximou dele. Ainda assim, ele esperava que o cego respondesse com uma ação cheia de fé. A cura não ocorreria a menos que o homem respondesse com essas ações cheias de fé;
• Mesmo sendo cego, ele teve que encontrar o caminho até o tanque de Siloé e entrar nele. Ele provavelmente poderia pensar em uma dúzia de razões pelas quais esta era uma tarefa tola, mas ele foi e se lavou com fé e obediência;
• Esta é a 1ª vez no registro bíblico que uma pessoa cega de nascença foi curada da sua cegueira. De Gênesis a João, nenhum profeta, sacerdote ou apóstolo jamais deu visão aos olhos de um homem cego de nascença;
• Visto que curar os olhos dos cegos é obra do Senhor, isso nos mostra que Jesus é Deus: Jeová abre os olhos dos cegos (Sl 146:8);
• Abrir os olhos dos cegos foi uma obra profetizada do Messias (Is 35:5).
“E era sábado o dia em que Jesus fez o lodo e lhe abriu os olhos” (Jo 9:14).
• Os judeus eram proibidos de cuspir no chão durante esse dia sagrado. A “lógica” da regra era a seguinte: se a saliva caísse sobre uma semente plantada, a pessoa que cuspiu estaria regando o solo, e regar é um tipo de trabalho. Isso não podia acontecer no dia de repouso. Para você ter uma noção, no sábado, os judeus não podiam andar mais do que 1 quilômetro, carregar algo mais pesado que um lenço, acender uma lamparina, olhar-se no espelho, e assim por diante;
• Alguns dizem que Jesus não guardou o sábado. Na verdade, Ele não se submeteu às várias convenções religiosas de Sua época em relação ao sábado. Jesus veio ensinar a maneira certa de guardar esse importante mandamento;
• Obras de necessidade e misericórdia nunca poderão ser proibidas naquele dia por aquele cujo nome é misericórdia e cuja natureza é amor; pois o sábado foi feito para o homem; Se fosse o contrário, o sábado seria mais uma maldição do que uma bênção.
A cura do cego – parte 2
“Não é este o que estava assentado pedindo esmolas? … Como te foram abertos os olhos?... Onde está ele?” (Jo 9:8 a 12).
• Em 1º lugar, os vizinhos queriam saber quem havia sido curado. A essa altura, o próprio homem curado esclarece: “Sou eu!”;
• Em 2º lugar, eles querem saber como. Como os teus olhos foram abertos? O cego mendigo, agora curado, não tinha respostas claras, mas informou o que sabia: O homem que se chama Jesus era o autor desse poderoso milagre. E aproveitou o ensejo para narrar todos os detalhes da sua cura: o ato de Jesus, a ordem de Jesus e o resultado maravilhoso de sua obediência;
• Em 3º lugar, eles querem saber onde. Sendo informados de que o homem Jesus era o protagonista da extraordinária façanha, os vizinhos quiseram saber onde Ele estava.
“Levaram, pois, aos fariseus o que dantes fora cego” (Jo 9:13).
• O ex-cego é tratado como uma espécie de criminoso. Interrogado duas vezes. Sua família é trazida e colocada na parede. E quanto maior a resistência da elite religiosa para aceitar a realidade dos fatos, maior notoriedade o milagre ganhava. A ironia do milagre está na postura dos homens cegados pela incredulidade. A condição deles era pior do que a situação do homem impedido de ver desde o seu nascimento. Um coração orgulhoso, tomado pelo preconceito, inspira muito pouca esperança. E quanto mais fortes são os apelos divinos, quando resistidos, tornam a pessoa mais rebelde e obstinada;
• É mais fácil para Jesus curar a cegueira dos que não enxergam do que a cegueira dos que enxergam;
• É uma prova de sua perplexidade e divisão o fato de terem perguntado ao homem o que ele pensava de Jesus. Normalmente eles nem sequer sonhariam em fazer uma pergunta sobre um assunto religioso a um homem assim;
• De acordo com uma máxima judaica, um profeta poderia passar sem observar o sábado. Se eles concordassem que Jesus era um profeta, então, mesmo no sentido deles, ele poderia violar a lei do sábado e ser inocente;
• Mas os judeus não acreditavam que ele tivesse sido cego e que tivesse recebido a visão: era mais fácil para os líderes religiosos acreditar que o homem nunca tinha sido realmente cego do que acreditar que Jesus o havia curado.
“Não acreditaram os judeus que ele fora cego e que agora via, enquanto não lhe chamaram os pais e os interrogaram” (Jo 9:17 a 34).
• Os pais conseguiram identificar o filho e que ele nasceu cego. Eles não discutiram a questão de como ele foi curado por medo da ameaça de excomunhão (visto que os judeus já haviam concordado que se alguém confessasse que Jesus era o Messias, seria expulso da sinagoga);
• Havia 3 graus de excomunhão: o primeiro durava 30 dias; Seguia-se então uma “segunda advertência” e, se o culpado não se arrependesse, era punido por mais 30 dias; e se ainda assim não se arrependesse, aplicava-se o Cherem ou expulsão, que era de duração indefinida, e que o afastava completamente da interação com os outros. A pessoa era tratada como se fosse leprosa;
• Os pais ficaram tão assustados com a ameaça de excomunhão que fizeram tudo o que puderam para desviar a atenção de si mesmos e devolvê-la ao filho.
O homem que estava cego mostrou uma consciência crescente de Jesus:
• Jesus é: um homem (Jo 9:11); um profeta (Jo 9:17); Deus (Jo 9:33); o Filho de Deus (Jo 9:35-38); aquele em quem confio (Jo 9:38); aquele que eu adoro (Jo 9:38).
“Se fôsseis cegos, não teríeis pecado algum” (Jo 9:39 a 41).
• Há uma grande diferença entre alguém que é cego e sabe disso e alguém que simplesmente fecha os olhos.
O homem é interrogado pelos vizinhos (Jo 9:8-12); pelos fariseus duas vezes (Jo 9:13-17 e 24 a 34); até os pais dele foram interrogados (Jo 9:18-23). Esse é um dos milagres mais bem documentados nas Escrituras, pois os vizinhos, os pais e os opositores precisaram admitir que, de fato, o homem era cego de nascença e agora estava enxergando.
A ressurreição de Lázaro
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?” (Jo 11:25 e 26).
• Não há paralelo para a ressurreição de um homem que estava morto há 4 dias e cujo corpo começou a se decompor;
• A ressurreição de Lázaro é o grande sinal ou o milagre final deste Evangelho. É o maior de todos. Alguns críticos desacreditaram-no, dizendo que se realmente tivesse acontecido, os Sinópticos teriam algo a dizer sobre isso;
• Alguns pensam que os outros 3 evangelistas escreveram as suas histórias enquanto Lázaro estava vivo; e que eles não mencionaram isso por medo da malícia existente dos judeus contra eles;
• A menção separada das 3 pessoas provavelmente pretende enfatizar a afeição de Jesus por cada uma delas individualmente. Ele não amava apenas a família. Ele amava Marta, amava Maria e amava Lázaro;
• No evangelho de João há 3 ocasiões em que um ente querido de Jesus lhe pede para fazer algo (Jo 2:11, 7:1-10). Em cada um desses casos, Jesus respondeu da mesma maneira. Jesus recusou-se a atender seu pedido e então o atendeu depois de mostrar que faz as coisas de acordo com os tempos e a vontade de Deus, não do homem. Através de suas ações Jesus demonstrou que seus atrasos não eram negações. Eles trariam mais glória a Deus;
• Jesus poderia ter ressuscitado Lázaro à distância. Devido à oposição dos líderes religiosos, a Judéia era um lugar perigoso para Jesus. Contudo, Jesus estava disposto a ir novamente para a Judeia – apesar dos avisos dos seus discípulos;
• Esse milagre, mais do que qualquer outro, aponta para Jesus como o doador da vida, como o próprio Deus. Ele dá um forte apoio ao tema de João de que Jesus é o divino Filho de Deus, e que, crendo, podemos ter vida por meio Dele (Jo 20:30, 31);
• A história da “não cura” e da ressurreição de Lázaro contém uma lição muito importantes. A casa dos amigos de Jesus também é visitada pela morte. Conhecer Jesus e ter um relacionamento com Ele não nos coloca em uma redoma inviolável, não nos protege das tristezas e tragédias. Amigos de Jesus também batem o carro, perdem as chaves de casa, recebem diagnósticos desfavoráveis, são traídos e sepultam gente querida;
• “Homens de Deus permanecem homens” (Spurgeon);
• Quando chegamos ao final dessa história incrível (Jo 11:45- 54), na qual muitos que viram creram (Jo 11:45), desenvolve-se uma ironia poderosa, mas triste: Jesus mostra que é capaz de trazer os mortos de volta à vida, e, ainda assim, aquelas pessoas pensam que conseguiriam detê-Lo matando-O.
Conclusão:
Quando o pão foi multiplicado e a multidão atendida com fartura, muitos não creram e não perceberam. Quando o cego foi restaurado de sua condição, outros se recusaram a ver, permanecendo em sua cegueira. E ao ressuscitar Lázaro, devolvendo-lhe a vida, uma parte das testemunhas planejou matar Jesus e o próprio Lázaro. O tamanho do milagre acaba não sendo suficiente porque a indisposição para crer resiste a qualquer fato.
Louvo a Deus pelas maravilhosas lições que podemos aprender de Sua Palavra e é por isso que sou apaixonado pela Escola Sabatina! #lesadv